capítulo 62 (+18)

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era dez horas da noite de um domingo quando Lana finalmente conseguiu colocar os filhos para dormir, logo após isso ela vestiu um robe curto de cetim marrom que combinava com a sua camisola e desceu as escadas com cuidado para não fazer barulho.

ao chegar na cozinha da casa, ela olhou pela porta de vidro, que dava acesso à praia, e não pôde deixar de notar a silhueta das costas de Sean se destacando na margem do mar, sob o céu azul escuro, sem muitas estrelas, apenas uma linda lua cheia tão brilhante que parecia ter sido ladeada por pequenas amostras de ouro branco.

após a morte do pai, Sean precisou ficar em Londres por uma semana. poucas mensagens foram trocadas pelo casal durante aquele período de sete dias.

Lana: ainda pensando no seu pai? - questionou ao abraçá-lo por trás.

Sean: não, dessa vez não. - respondeu sem mostrar nenhuma reação. — acho que já estou bem melhor do que estava há uma semana.

o homem estava vestindo apenas uma calça cinza de tecido confortável e uma regata branca.

Lana: entendo... - disse pensativa.

ele se desfez do abraço e a rodou, colocando-os um de frente para o outro.

Sean: mas sabe o que foi o pior de tudo isso? - disse sem esperar resposta. — ter de ficar longe de você e dos nossos filhos por mais tempo.

ele segurou no rosto dela, acariciando-o, enquanto a olhava com os azuis brilhantes dos olhos e um sorriso de canto no rosto.

Sean: eu senti tanta falta de vocês...

havia uma nítida tristeza no tom de voz do homem.

Sean: completamente sozinho, naquela casa enorme, tendo que resolver os inúmeros assuntos que meu pai deixou pendente, longe de você e dos nossos pequenos... - sacudiu a cabeça, tentando afastar as memórias da semana anterior. — enfim, eu estava à beira da loucura.

ele a puxou para ainda mais perto de si, fazendo com que ela deitasse a cabeça em seu peitoral coberto pela regata, podendo sentir o calor dos dois corpos e o cheiro inebriante e doce que vinha das madeixas castanhas.

Sean: queria saber em que momento eu me tornei tão viciado e dependente de você. - assumiu em voz baixa, para que apenas ela ouvisse.

mesmo sabendo que ele não podia vê-la, Lana abriu um sorriso tímido, se sentindo levemente corada. ela não queria admitir, mas também era viciada em tê-lo para si. somente para si.

com os braços envolvidos no quadril do homem, a morena ergueu um pouco o queixo para encarar as orbes azuis do marido.

sorrindo fechado, Sean a encarou de volta, podendo visualizar os olhos castanhos brilhantes. os mesmos que via em seus pequenos.

não disseram nada, não ressaltaram sobre o quanto amavam um ao outro. apenas se encararam em silêncio e deixaram que os olhares se encarregassem de dizer aquilo que o coração estava gritando.

Lana fechou os olhos ao sentir a mão dele tocando em seu queixo e selando seus lábios com delicadeza, em um selinho demorado.

eles voltaram a se encarar sorrindo por alguns segundos, como se fossem dois adolescentes que tinham acabado de dar o primeiro beijo do colegial, até Sean beijá-la novamente, dessa vez com mais vontade, num beijo de verdade.

a morena levou as mãos até os ombros malhados e definidos do louro e os apertou, arfando durante o beijo quente.

Sean aproveitou para passear com seus dedos pelo corpo dela até encontrar o nó do robe, que ele desfez e rapidamente se livrou da peça marrom.

Dançando com o Caos Donde viven las historias. Descúbrelo ahora