capítulo 39

87 7 44
                                    

pela primeira vez em anos, Lana se viu desesperada em plena véspera de Natal, pois ela iria receber a visita de Alice Jones, sua ex-sogra, mãe de Duke.

há uma semana a Senhora Jones havia mandado uma carta. sim! uma carta! avisando que iria para Los Angeles conhecer sua neta. eis o surto de Lana Parrilla!

Lana: Sophia, meu amor... os enfeites maiores ficam em baixo e os menores em cima.

Sophia: eu sei como se monta uma árvore de natal, tia! - disse expressando sua leve insatisfação com o temperamento de Lana naquele dia.

Lana: Alice, será que você pode ajudar sua prima com os enfeites, por favor?! - pediu impaciente.

Alice: foi mal, mãe. estou ajudando a vovó na cozinha. - disse saindo da sala e indo para o cômodo em que sua avó materna estava.

Sophia revirou os olhos sutilmente e procurou o último enfeite que faltava. ela olhou para os lados e viu que Millo estava sentado no chão brincando com o tal enfeite.

Sophia: oi, Millo! - o ruivinho a encarou. — a tia vai precisar dessa bolinha aí, será que você topa fazer uma troca? eu te dou essa bengala doce pela bolinha que você está brincando. - tentou uma negociação com a criança, que não hesitou em entregar o enfeite e ficar com a bengala doce. — pronto, agora ela está perfeita! - disse admirando o pinheiro todo decorado depois de colocar o último enfeite.

Sean: acho que você está esquecendo disso. - se referiu ao enfeite de estrela na cor prata que ele segurava em uma das mãos. — toma. - entregou a estrela para a mais nova. - lembra quando eu precisava te erguer pra você colocar a estrela no topo?

Sophia: lembro. - sorriu se recordando dos velhos tempos. ela colocou a estrela bem no topo do pinheiro.

às vezes Sophia sentia que Sean preenchia um vazio dentro dela, um vazio que fora criado pela ausência do próprio pai. ela tinha mais memórias positivas com o seu tio de criação do que com seu pai, que por muitos anos morou na mesma casa que ela.

Bex: Sean, onde você colocou o... - antes de terminar a pergunta, a ruiva ouviu o choro de um certo bebê muito adorável, de pele alva e cabelos escuros, que outrora estava adormecido no carrinho de bebê, ao lado do sofá.

Lana: vai dar de mamar para o seu bezerrinho, Bex. deixa que eu cuido disso. - pegou o pisca-pisca que a ruiva segurava nas mãos.

Sean: tá louca, mulher?! - ele foi rápido em impedir que sua esposa subisse mais um degrau daquela escada móvel. — imagina se você cai e se machuca... deixa que eu faço isso, vai...

Lana: mais que droga! - disse visivelmente alterada. — vocês não me deixam fazer nada! - seu grito fez com que todos parassem de fazer o que estavam fazendo. até mesmo Max parou de chorar. — me sinto uma inútil!

Dolores: gente, o que tá acontecendo aqui? - indagou ao ver sua filha em estado de aflição. — Lana, você precisa se acalmar. lembre-se que o bebê sente tudo que você sente!

Alice: você quer que eu te acompanhe num passeio pela praia, mãe? pode ser bom para desestressar.

Lana respirou fundo. eles estavam certos. ela estava muito estressada e muito ansiosa com tudo.

Sean: deixa que vou com ela. vem cá, meu bem. - a segurou pela mão. — quero te mostrar uma coisa.

Sean levou sua esposa até os fundos da casa, local em que ele passou a maior parte do outono.

Lana não disse nada, apenas se deixou ser guiada. ela estava com vergonha de si mesma por ter dado aquele showzinho na frente de todo mundo.

ao chegar na garagem da casa, Lana não pôde deixar de notar a presença algumas ferramentas de marcenaria e muita, muita bagunça. havia também um lençol branco cobrindo algo que ela não soube identificar.

Dançando com o Caos Onde as histórias ganham vida. Descobre agora