capítulo 29

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Lana e Alice precisaram passar aquela noite no hospital, a mais velha estava feliz pois seria a última noite que elas passariam naquele quartinho frio que fora um verdadeiro cenário digno de filme de terror nos últimos dias.

Lana esperou até que sua Alice dormisse, para que pudesse sair do quarto, ela estava apertada para ir ao banheiro.

— moça, eu sinto muito muitíssimo, mas não posso deixar que a senhora entre no quarto de um paciente. volte amanhã no horário de visitas! - a enfermeira que ficava detrás do balcão estava conversando com uma mulher alta, de cabelo castanho-claro que segurava na mão de uma menininha que teria por volta dos seus oito anos.

— por favor, ele é meu namorado, pai da minha filha. tente entender o meu desespero!

— eu entendo, mas não depende só de mim, é preciso da autorização da polícia pois ele está sob supervisão.

— isso só pode ser um terrível engano! ele NUNCA faria isso que estão o acusando. - a mulher aumentou o tom de voz, já estava alterada.

"polícia?" - Lana pensou. "não é possível que essa mulher seja namorada do Francis."

— moça, se a senhora não se retirar eu serei obrigada a chamar os seguranças. - a enfermeira continuava calma.

Lana já até havia esquecido do banheiro, ela estava mais interessada naquela conversa do que na sua bexiga.

já a suposta mulher de Francis estava tão alterada que sequer percebeu que a menininha havia soltado sua mão e se afastado lentamente.

ao perceber o movimento da garotinha, Lana foi atrás dela em suaves passos. a menina só estava com sede, mas não alcançava o bebedouro.

Lana: você precisa de ajuda? - perguntou com cuidado para não assustar a criança, que por sua vez não respondeu.

a mulher então pegou um copo descartável, encheu com água e então entregou para a menina.

— obrigada. - respondeu com uma vozinha doce. era uma criança muito bonita, tinha grandes olhos azuis brilhantes e os cabelos dourados como o sol.

Lana sorriu em resposta.

Lana: qual o seu nome? - perguntou ao ver que a menina já havia acabado de tomar sua água.

— Shirley.

Lana: que lindo nome. - sorriu. — agora volte pra perto de sua mãe e nunca mais fale com estranhos novamente, combinado? - perguntou e a menina afirmou com a cabeça antes de voltar para a mãe.

com um sorriso de vitória no rosto, Lana foi em direção ao quarto onde Francis estava internado. ela acabara de ter uma ideia brilhante.

Fred: aonde a senhorita pensa que vai? - parou a mulher antes que ela chegasse ao quarto.

Lana: você não sabe o que eu acabei de descobrir, Fred...

Fred: então me diga.

Lana: mas antes eu preciso saber se tem algum outro paciente que está sob supervisão policial.

Fred: pelo o que eu saiba não. - entortou a cabeça. — por quê?

Lana: acho que ele possa ter uma família... uma mulher e uma filha.

Fred: como você descobriu isso, Lana?

Lana: elas estão aqui. - disse sem preocupação.

Fred: então eu vou lá falar com elas. - disse já na intenção de sair, mas Lana o parou.

Lana: mas antes eu preciso que você me deixe falar com Francis.

Fred: não posso, isso eu não posso. - disse com relutância.

Dançando com o Caos Where stories live. Discover now