capítulo 29

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Cecília.

Acordo e abro os olhos com uma certa dificuldade, minha cabeça doía demais, e minha vista estava turva.

Assim que consigo abrir por completo e ver aonde de estava, me lembro de tudo que aconteceu.

Dos três caras na loja, que eu nunca nem sequer vi na minha vida, um deles me colocando no carro, depois disso não sei mais de nada.

Olho ao redor vendo que estava em um quarto, ele era todo branco, tinha um guarda roupa, a cama e um criado mudo ao lado da cama, todos da cor preta, havia uma porta que acredito ser a de sair, e uma outra que acredito ser o banheiro.

Sinto meu estômago revirar, e um mal estar terrível tomar conta de mim, corro para a porta que acreditava ser o banheiro, que por sorte era mesmo.

Me debruço sobre o vaso e vômito tudo que havia comido, até não restar mais nada no meu estômago.

Quando termino, dou descarga, e vou até a pia lavar a boca, e jogar uma água no rosto ver se aquele mal estar passava.

Me olho no espelho, e vejo meu rosto pálido, sem vida.

Talvez o que colocaram para me fazer apagar, possa ter me causado mal.

Volto para o quarto e tento abrir a porta, mas estava trancada como imaginava, me deitei de volta na cama, para ver se alguém aparecia.

Tudo que eu queria era estar em casa, devia ter contado a alguém sobre todas as ameaças que eu estava recebendo, mais fui burra o bastante para pensar que não era nada demais.

E olha aonde vim parar, em um lugar aonde não faço a mínima ideia, pelo menos a cama é macia.

Estava quase pegando no sono quando escuto abrirem a porta, me sento na cama e vejo os três mesmo brutamontes da loja entrarem pela porta, a fechado em seguida.

Vejo um se aproximar e outros dois ficarem parados feito estátuas na porta.

- Você está bem garota? Está pálida.- fala calmo parando na minha frente, me analisando com o olhar.- Me chamo Kevin e vamos passar um tempinho juntos até conseguir o que quero, o dá esquerda é Ariel, e o do nada direito Neto, o que precisar é só pedir para eles, vão ficar grudados em você por vinte e quatro horas.

E não, não estava nem um pouco bem, parece que o cheiro do perfume dele, estava me fazendo me sentir ainda pior.

Tento ignorar a bile que subiu na minha garganta.

- O que você quer? Por que estou aqui?

- De você eu não quero nada, mas do seu namorado, espero que ele aceite a regras, caso queira ter você de volta, se ele não colaborar, terei que começar e tomar medidas drásticas, e infelizmente machucar você.

- Me deixem em paz, idiota.

- Vamos deixar as coisas bem claras, tentou fugir morre, fez graça morre, me irritou morre, entendeu?.

A única coisa que eu entendi foi a vontade de mandar aquele babaca se foder, mas me controlo.

- Sim.

- Ótimo, outra coisa se tentar alguma gracinha todas as mordomias que estou de dando vão acabar em um piscar de olhos, e você vai implorar para que eu te mate, então comporte- se, há roupas no guarda roupa, para você se vestir, tome banho e dessa para jantar.

Ele se vira e vai até a porta ameaçando de sair em seguida.

- Kevin?- chamo.

- Sim?

- Será que pode me dar um remédio para dor de cabeça.- peço meio constrangida.

- Claro, depois que você jantar, você toma.-

Ele sai em seguida, fechando a porta em seguida, mas dessa vez ele apenas a fecha, sem trancar.

Bom podia usar ao meu favor aceitar as regras daquele cara, assim posso conseguir sair daqui por conta própria o mais rápido possível.

Só espero que a essa altura James já saiba de tudo que está acontecendo, e venha me tirar logo daqui.

Esse cara com boas intenções não me engana, por que se fosse tão bom assim não tinha me trazido aqui contra a minha vontade.

Tomo um banho demorado e quente, sentindo meus músculos relaxarem, e a tensão sair um pouco.

Até o mal estar que estava sentindo passou, minha cabeça ainda doía mais também era menos.

Saio do banho enrolada na toalha, e vou até o guarda roupa, abro e vejo várias roupas.

A maioria que olhei eram do meu tamanho, acho que esses caras estavam me observando a algum tempo.

Pego um conjunto de lingerie e um vestido soltinho, termino de me vestir, passo a mão no cabelo vendo se estava tudo no lugar.

E saio do quarto, encontro Neto na porta parado.

- Vem vou te levar até a sala de jantar.- fala quando saio do quarto.

Ele era o mesmo que puxou meu cabelo.

- Ok.

- E desculpa por ter puxado seu cabelo daquele jeito.- fala baixo me levando pelo enorme corredor.

Não respondi nada, não quero conversa com nenhum deles.

Fomos andando, descemos uma escada longa, e chegando a uma sala muito bonita, a casa parecia ser bem grande e muito bonita, paro de olhar quando chegamos a sala de jantar.

Tinha uma grande mesa no meio, e já estava com a comida servida.

Me sento duas cadeiras depois da que Kevin estava, e olho pra ele que já me olhava.

- A o vestido ficou bom.- fala fingindo indiferença.

- Sim.

- Pode comer o que quiser.

Olho para tudo que tinha, e acabo pegando um pouco de arroz, e um pedaço de lasanha.

Como em silêncio, a comida estava boa, e tinha gosto de comida bem caseira.

Depois de terminar de comer, bebo o remédio que Kevin mandou um dos empregados me darem, peço licença e subo para o quarto, com Neto atrás de mim como um carrapato.

Entro fechando a porta em seguida, coloco um pijama que achei no armário, e me deito na enorme cama.

Deixando a cordina aperta para que o quarto não ficasse tão escuro.

Fico observando a lua, que estava muito bonita, e sinto saudades de casa.

Não sei o que seria de mim dá li pra frente, mas sei que coisa boa não era.

....

James Miller Onde histórias criam vida. Descubra agora