capítulo 22

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James.

Longos três meses de merda, tudo parecia estar dando errado e me estressando de um nível absurdo.

Parece que todas decidiram se virar contra mim, e quebrarem o acordo que havíamos feito, os prostíbulos haviam voltado, e agora estava ainda pior, estavam pegando jovens de dezesseis anos, antes era a partir do dezoito, o pior de tudo, é que eu não tinha como fazer nada.

Todos estavam querendo minha cabeça em uma bandeja, era aceitar ou morrer.

Óbvio que não posso deixar esse tipo de coisa continuar acontecendo, mais agora não a nada que posso fazer.

Estavam ameaçando Luana, Felipe e já sabia de Cecília.

Como que sabia dela eu não faço a mínima ideia, mais tirar eles de risco era minha prioridade no momento.

Até minha vingança que tinha tudo para acabar agora, tive que deixar de lado, não posso voltar a me dedicar a ela por enquanto.

Juro que tentei me afastar de Cecília para que ela não ficasse em perigo, mais essas últimas semanas foram as piores, ficar longe dela foi uma tortura, da pior tipo.

Eu estava completamente, loucamente apaixonado por ela, e cada mínimo detalhe de seu pequeno ser.

Ela nela que eu pensava na hora de acordar e até na hora de dormir, e por incrível que pareça eu estava conseguindo dormir, como nunca havia conseguido antes.

Estava no meu escritório no bar, fumando um cigarro e bebendo um pouco de uísque, Jason entra com uma cara nada boa.

- O que aconteceu?

- Estão marcando um jantar hoje... Com todas as gangues.- ele me olha preocupado.

Nesses jantares sempre acabava mal, algum morria ou saia extremamente ferido, ninguém tinha paciência pra essa merda.

Não estava nem um pouco afim de me expor dessa forma, mais se eu quisesse pelo menos dar um jeito que me deixassem em paz, para que eu terminasse minha vingança, já estaria ótimo.

- Não vamos abrir o bar hoje, avise a todos para ficar em alerta, vamos nesse jantar, vamos só eu e você, o resto fica.

- James você sabe que sempre da merda.

- Eu sei, mais não temos outra escolha, ou você quer que continuem me ameaçando e me perseguindo como se eu fosse o errado?

- Tecnicamente você é o errado, já que é um dos único que quer acabar com toda essa merda.

- Sim, mas estou disposto a oferecer um acordo.

- Acordo?

- Sim, você vai saber na hora...

Ele me lança um olhar cismado, mais não fala nada, ele sai do escritório me deixando sozinho novamente.

E minha mente vaga para minha tão doce namorada.

Agora precisa proteger não só a mim, mais como a eles todos, essa parte da cidade era minha, e não podia deixar que aquelas filhos da puta, façam o que quiserem.

Já era de tarde, e eu estava terminando de me arrumar.

Usava um terno sob medida preto, uma gravata da mesma cor, e os sapatos também, estava literalmente um homem de preto.

Preto era como eu via o muito, sem cor, sem esperança, amargo, como um café sem açúcar, eu gostava de preto, por ele representa tudo aquilo que eu era por dentro, morte, vingança, dor. E muitos outros sentimentos que me faziam gostar de usar apenas essa cor.

James Miller Where stories live. Discover now