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Tom Hernández

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Tom Hernández

Domingo. Eu nunca gostei de domingo. Motivo? Odiava o jeito que domingo era um dia monótono, chato e sem graça. Mas por incrível que pareça, domingo me lembrava dela. Domingo me lembrava Olivia Williams.

Ela era chata, monótona e sem graça, mas mesmo assim, nada disso me impediu de apaixonar-me por ela. Eu sei, sei que pareço um tolo por gostar de uma garota que não dá a mínima para mim, e que provavelmente me vê como um amigo - um amigo que não era tão amigo assim. Isso me chateou? Demais! E mesmo ainda tendo sentimentos em se tratando de Olivia Williams, não podia apenas ignorá-la como Henry recomendou-me, então apenas continuei a tratá-la como sempre tratei; afinal, ela não tinha nenhuma obrigação de gostar de mim.

E não fico triste com isso! Eu já gosto de mim mesmo e já me amo. Dois beijos!

- Tomás Jones Hernández!

Não pretendia contar nem tão cedo, mas KABUM! Meu nome é Tomás Jones Hernández, mais conhecido como Tom Hernández; Jones é o sobrenome de minha mãe e Hernández é o sobrenome de meu pai - minha mãe é americana e meu pai é americano-mexicano, um pouco confuso né? E não, não é como se eu odiasse o meu nome, eu apenas gosto de ser chamado de Tom; é simples e curto. Tom!

- Tô aqui em cima! - gritei em resposta, colocando meu celular na cômoda e olhando para o teto.

- Desça, por favor! - gritou de novo.

Levantei-me e desci as escadas correndo, deparando-me com meu pai assistindo uma partida de tênis e com Cat, apelido de Catherine, minha irmã mais nova, jogada no tapete da sala com suas pernas no sofá, lendo algum livro que ganhou de presente de uma amiga próxima. Estava estranhando. Aqui em casa, normalmente, é muito barulhento! Principalmente quando Cat começa a tocar sua guitarra - ela me fez odiar qualquer tipo de instrumento.

- Você estava planejando ficar quanto tempo trancafiado naquele quarto, mocinho? - indagou minha mãe, saindo da cozinha com um pedaço de bolo.

- Mamá, não tem nada pra fazer aqui. - resmunguei, deitando em um sofá e começando a prestar atenção na televisão.

- O que aconteceu, filho? - antes que eu pudesse responder, a intrometida da minha irmã se meteu no meio.

- Ele tá desiludido, mamá. - fechou o livro - A menina que ele gosta, beijou um tal de Mike e agora parece que eles tão namorando. - concluiu com um sorrisinho cínico em seus lábios.

- Porra! Para de ser fofoqueira! - joguei uma almofada nela.

- Pede uns conselhos pra mamãe, bunda mole! - retrucou, voltando a prestar atenção em seu livro. Intrometida, eu hein.

- Você não pediu um conselho pro papá quando começou a namorar aquele molenga da sua sala, né Catzinha? - soltei a bomba, vendo nosso pai olhá-la em estado de choque. Coitado do meu véio.

E se olhar matasse, com toda certeza eu já estaria morto. Ela ia me odiar por algumas semanas? Sim. Mas depois iria sentir falta do irmãozão dela; querendo ou não, ela gosta da minha companhia, assim como eu gosto da dela. Coisa de irmãos.

- Catherine Jones Hernández, que conversa é essa? Quer dizer que você tá namorando e nem pensou em contar pra gente? - apontou para si mesmo e para minha mãe, que apenas desviou o olhar - Beth, não me diga que você já sabia disso? - minha mãe enfiou o resto do bolo em sua boca, levantando e indo colocar o prato sujo na pia, tentando fugir daquela conversa.

O homem de meia idade estava olhando-nos incrédulo, tentando digerir o que estava acontecendo, enquanto Cat tentava explicar detalhe por detalhe, mostrando-me o dedo do meio sem que nosso pai visse; parece que o Hernández 1 ganhou da Hernández 2. O gosto da vitória é lindo!

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Agora era por volta das 21:00h e a poeira aqui em casa já tinha baixado. Papá entendeu o motivo de Catherine não ter lhe contado ainda sobre o seu namorado da escola, e falou para ela convidá-lo para o jantar um dia desses. Ó, eu vou dar a minha humilde opinião: ele não é bom o suficiente para minha irmã. Jeremiah Johnson é o nome desse tal moleque, já vi ele pessoalmente e o bicho é feio! Sem querer ofender, eu juro! Ele é tão sem personalidade e me parece uma barata tonta, juro que não sei o que a minha irmã viu nesse menino. E o pior é que ela consegue coisa melhor! Mas é como dizem, o amor é cego.

Então acho melhor comprar um par de óculos para Cat, o mais rápido possível.

Escutei o toque do meu celular, indicando que alguém havia me mandado mensagem. Era Henry.

[✓]

Henry
Ou
Tá bem?

Você
Porque não estaria? ;)

Henry
Ah, sei lá
Nem sei se era pra eu ter te contado
Sobre o lance da Olivia e do tal Mike
Não queria te ver mal :|

Você
Eu não tô mal não, Hen
Nem se preocupa com isso
Quem é Olivia? hehe

Henry
Tá bom
Vou fingir que acredito, Tommy
A gente se vê amanhã na escola
Tchau!!

Você
Byeeeee


Será que Henry tem algum sexto sentido? Ou será que ele me conhece bem demais ao ponto de saber por uma simples mensagem, que eu não estava bem? Bizarro. Mas mesmo tentando esconder, eu estava malzão com o ocorrido. Mesmo não estando presente ontem na praça, Henry, que estava lá na hora, me mandou uma foto dos dois abraçados, sorrindo um para o outro. Fiquei sem reação ao abrir a foto, mas apaguei-a logo em seguida, tentando dormir.

Eu sabia que não ia adiantar nada ficar me lamentando pelos cantos - bom, não posso negar que lamentei um pouco -, aliás, ela gostava dele e pelo visto ele também gostava dela. Boom! O final feliz deles chegou! Felicidades ao casal, correto galera?

- Tom - meu pai entrou no meu quarto, jogando-se em minha cama - que tal a gente pedir uma pizza? - sugeriu, vendo o vídeo que passava na tela do meu computador.

- Queijo e pepperoni? - respondi com um sorriso em meus lábios.

- Eu quero uma de abacaxi! - Cat disparou, encostando-se na porta. Tá vendo? Essa garota aparece do nada!

- Papá, tem certeza que essa coisa é dessa família? Porque não é possível gostar de abacaxi na pizza! Sai daqui cabrita! - falei, jogando um papel amassado que tinha ali no canto em sua direção.

- Tá vendo, não é? - ela apontou para mim - Depois eu que sou a errada! - agarrou uma camiseta que tinha ali, jogando em minha direção.

- Querem saber?

Olhamos para ele.

- Eu vou falar pra mãe de vocês escolher o sabor!

- Martín!

Gritamos o nome de nosso pai em uníssono, que nos repreendeu com um olhar. É, pelo menos eles me fazem esquecer da Olivia; um bom passo!






Notas da autora
O Tom é irritante? É! Mas não deixa de ser meu xodó!!
Sou #TeamMike ainda, sorry Tom!
Tchau <3

Diferente De Um Jeito Bom (Reescrevendo - HIATOS )Onde histórias criam vida. Descubra agora