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Olivia Williams

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Olivia Williams

Era sábado, finalmente!

Já perceberam que quando estamos com planos para tal dia em específico, parece que o tempo paralisa? Eu odeio isso. É irritante — para vocês terem noção, nem consegui me concentrar direito nas aulas de quinta e sexta, principalmente na de sexta-feira. Lembram daquela prova de álgebra? É, foi nessa sexta-feira. Fiquei tão ansiosa pelo final de semana, que não lembrei quase nada do conteúdo. Estava ferrada. Não queria admitir que perderia, digamos assim, para Tom.

Mas a esperança é a última que morre. Ou seja, talvez eu tenha me saído melhor que ele.

— Oli, será que foi uma boa ideia? — a ruivinha indagou, abraçando o balde de pipoca e vendo o cartaz em exposição.

— Provavelmente não, Jen. Mas vamos tentar! Não vejo a hora de assistir esse filme! — encorajei-a.

Bom, nesse exato momento iríamos assistir "Não! Não corra!", um filme de terror que estávamos loucas para ver. Eu conseguia assistir filmes de terror? Não. Jen conseguia assistir filmes de terror? Também não. Por isso, nada melhor que duas pessoas medrosas assistirem um filme desse gênero juntas. O que poderia dar errado?

Tudo.

O filme começou por volta das 20:00h; até aí tudo bem. Nos primeiros minutos a pipoca já estava acabando — provavelmente porque estávamos ansiosíssimas — ou seja, perderíamos alguns minutos do filme para comprar mais. Mas aí é que vocês se enganam. Como vocês sabem, somos Olivia e Jenny, uma dupla um tanto quanto peculiar. Temos sorte? Não. Temos medo? De sobra! Tanto que fomos expulsas do cinema porque nossos gritos, não propositais, estavam atrapalhando.

— Porque a gente queria assistir esse filme mesmo?

— Pela experiência, Jen. Pela experiência.

— Experiência de merda.

Nos entreolhamos. Caímos na gargalhada.

— Que tal irmos comer alguma coisa e depois irmos à praça da esquina ? — ela sugeriu, segurando minha mão enquanto caminhávamos.

— Eu topo!

Fomos a uma lanchonete ali perto; pedimos nossos lanches e nos sentamos no meio fio da calçada, conversando sobre, praticamente, tudo. Desde questões políticas, até os reality shows que estávamos assistindo no momento. Era ótimo saber que teria Jenny ao meu lado por um bom tempo; era ótimo ter Jenny como amiga.

Ficamos ali por pelo menos uns 10 minutos, o que foi tempo suficiente para devorar os nossos sanduíches recheadissímos; e bota recheado nisso. Caminhamos lado a lado até chegarmos à praça, já reconhecendo as vozes de um grupinho de meninas e meninos que estavam ali. A maioria era do grupo de basquete do bairro, outros eram do colégio.

Diferente De Um Jeito Bom (Reescrevendo - HIATOS )Onde histórias criam vida. Descubra agora