Olivia Williams não esperava que nada de especial fosse acontecer em sua vida, apenas achava que terminaria seu último ano do ensino médio com sua mesma rotina. Ela só não imaginava que Tom Hernández, Mike Cooper e Philipe Laviolette, fossem ser os...
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Kyle Williams
Eu estava com uma dor de cabeça insuportável. Não era como se fosse alguma novidade claro, já que de certa forma, ficar a maior parte do dia e da noite na frente da tela de um computador, tinha lá as suas consequências. E mesmo querendo evitar, não conseguia, já que meu emprego exigia ficar horas e horas olhando para alguma tela — seja a de um computador, a de um tablet ou a de um celular.
Na real, é impossível fazer qualquer coisa sem utilizar a tecnologia.
— Isso aqui tá uma porcaria, Sr. Williams! — meu supervisor gritou, jogando os papéis em cima da mesa. Talvez os gritos semanais dele, possam ter sido o que me deixou com essa dor de cabeça também.
— Mas Sr. Collins, eu refiz esse projeto mil vezes, adicionei tudo o que faltava e deletei as partes que estavam incoerentes. — falei, evitando olhá-lo.
Ele riu.
— Certo. — começou — Apresente. Vou assistir de bom grado a própria CEO te demitindo depois desse projeto fracassado, Kyle.
David Collins era uma cobra. Nunca lhe fiz nada, mas desde que pisei meus pés dentro dessa empresa, ele sempre tentava me humilhar — não que isso me afetasse. Talvez só um pouco, não tanto. Ah, e só mais um detalhe! Fomos colegas de classe no ensino médio e também fizemos parte do time de futebol da escola. Eu era o capitão, obviamente.
Não quero me gabar, mas esse homem aqui — eu no caso — na casa dos quarenta, era o melhor daquela época.
— Deve ter sido por isso. — escutei-o falar.
— O que?
— Que ela foi embora.
Riu.
— Ela devia tá cansada dessa sua incompetência.
Peguei minha papelada — É. Talvez tenha sido por isso, David. — concordei em um tom irônico, saindo dali.
Como eu disse, David Collins é uma cobra.
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Estava nervoso. Tinha acabado de apresentar meu projeto para a CEO da empresa, a Sra. Tremblay, o que me deixou nervoso.
Durante a apresentação, senti um frio em minha barriga — de acordo com o que meus filhos dizem, eu senti borboletas em meu estômago — com o olhar indecifrável da mulher, que parecia escutar tudo com atenção, sem demonstrar qualquer tipo de emoção. Na minha visão, ela me pareceu muito antipática. Como quase todas as pessoas ricas — a Sra. Monteiro era uma exceção.
— Kyle Williams? — era ela.
— Sim, sou eu mesmo. — falei, esticando minha mão para cumprimentá-la — Prazer em conhecê-la, Sra. Tremblay!
