Olivia Williams não esperava que nada de especial fosse acontecer em sua vida, apenas achava que terminaria seu último ano do ensino médio com sua mesma rotina. Ela só não imaginava que Tom Hernández, Mike Cooper e Philipe Laviolette, fossem ser os...
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Olivia Williams
Lembram que eu disse que me voluntariava em uma casa de idosos às vezes? Bom, hoje é o dia em que vocês vão conhecer velhinhos (nem tanto) adoráveis! Não contei isso antes, mas pessoas de idade são meu ponto fraco; ninguém sabe disso, apenas Daryl, que aproveita-se dessa informação para me chantagear, obviamente — coisas de irmãos.
Estava atrasada, e por isso, nem consegui me despedir de meu pai, que estava trancado em seu escritório, trabalhando em alguma apresentação importante de seu trabalho. Como minha avó sempre diz, ele é um homem de negócios — não, ele não é um mafioso, eu juro.
O lugar chama-se Garden Alive, foi fundado em 1987 por Liam Tremblay, um empresário bem sucedido nos anos 70 e 80. Sua vida pessoal nunca foi exposta pela mídia, já que de acordo com a população, ele pagava uma grande quantia de dinheiro para conseguir privar sua vida — e a vida de sua família —, assim, evitando qualquer tipo de escândalo.
Quando o Sr. Tremblay veio a falecer, empresas milionárias ofereceram grandes quantias de dinheiro para a família Tremblay, com a intenção de comprar o Garden Alive, mas de acordo com a direção da casa, os filhos do falecido recusaram todas as ofertas, decididos a continuarem cuidando do legado de seu pai.
— Olivia! Que bom ver você por aqui novamente — fui recebida com um abraço apertado vindo de Carol.
— Eu também tô feliz! Não consegui vir semana passada porque estava um pouco ocupada, mas pode deixar que agora venho toda quinta sem falta! — sorri.
— Okay, confio na sua palavra.
— Oli, Oli! Você voltou! — corri até a senhora que dava pulinhos de alegria.
— Voltei, Sra. Garfield!
Nora Garfield. Uma idosa de 87 anos. Mudou-se para cá, no Garden Alive, com 82 anos; segundo ela, estava cansada de morar sozinha em sua casa, sem ter a companhia de ninguém para assistir novelas, fazer crochê ou fofocar.
Sempre que vinha aqui, Nora contava-me algo novo sobre a família Tremblay — é, acho que Liam Tremblay esqueceu de pagar a Sra. Garfield para não divulgar suas informações. E como sou curiosa por natureza, escutava tudo com atenção, até mesmo a parte em que ela alegava que Julie Moron, a esposa de Tremblay, supostamente havia traído seu marido. Chocante!
— Você não sabe! — ela começou, puxando-me para mais perto — Semana passada, a terceira filha do Tremblay veio aqui. Ela tinha uma cara pouco amigável, mas você tinha que ver, ela era um amor de pessoa! — sorriu — Eu sempre achei gente rica metida, mas ela era um amorzinho, parecia até minha filha.
A terceira filha de Liam Tremblay, como Nora referia-se à mulher, chama-se Leonor Tremblay. De acordo com o que Nora me falava, ela era alta. Tinha uma aura forte e parecia sempre confiante. Seu cabelo era curto, continha leves ondulações e tinha uma coloração escura — talvez um preto azulado, não sei ao certo. Seus olhos eram escuros, mas com o reflexo da luz, ganhavam uma coloração caramelizada. Sempre andava bem vestida, com saltos elegantes e roupas de marca; sua marca registrada, era sua maquiagem marcante.
Segundo Nora, qualquer um se apaixonaria por Leonor Tremblay. E mesmo sem nunca ter visto-a antes, posso concordar com essa afirmação.
— Finalmente vocês vão se conhecer — escutei a voz de Carol — achei que isso nunca fosse acontecer, já que o horário de vocês nunca condizem.
— Pois é.
Calma. Eu conhecia aquela voz. Será que era ele?
— Oli esse é o Tom, nosso novo ajudante!
Vi quando o garoto me olhou incrédulo, evitando olhar para o meu rosto. Ri desacreditada.
Parece que agora ele é pai de vovós.
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— Tom, você vai falar comigo ou vai continuar com esse comportamento infantil?
— Comportamento infantil? Eu só tô indo pra minha casa, e parece que você quer ir pra lá também. Mas infelizmente não vou te convidar pra entrar, só quando a gente tiver um lance sério. — provocou, apertando minha bochecha.
— Sonha!
— Já sonhei!
Se controla Olivia. Não vale a pena se irritar com Tom Hernández. Paciência.
— Então quer dizer que Tommy está sendo uma boa pessoa? Juro que não imaginava que você fosse se voluntariar no Garden Alive, pai de vovós! — ironizei, chutando a bunda dele.
— Porra, Olivia! — reclamou, afastando-se — E para de ser sem criatividade. Pai de vovós, eu hein. Não tem criatividade nem pra criar um apelido.
Ele riu. Eu ri.
— Pode ir se preparando, a prova de álgebra é amanhã!
— E com certeza eu vou ter uma nota melhor que a sua! — me gabei.
— Ô avatar em miniatura, sonha! — ele disse, dando um peteleco em minha testa e correndo.
Ele estava ferrado. E era bom ele correr, correr como se a vida dele dependesse disso.
Infelizmente, acho que o placar empatou. Olivia 1, Tom 1.
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Cheguei em casa por volta das 17:40h. Estranhei o silêncio, mas lembro que papai disse que estaria na empresa a partir das 16:00h — ele avisou que Daryl iria brincar na casa de um amigo da escola, e que Charlie estaria na casa da tia Krys.
Uma boa hora para assistir algum filme de terror — tenho medo? Sim! Mas a gente só ignora esse fato.
Senti meu celular vibrando. Sorri sem perceber ao ver de quem se tratava.
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Tommy Tommy Ou, desculpa se eu falei alguma coisa errada Mas a proposta ainda tá de pé, sabe Sobre um lance entre a gente ;)
Você Que cara de pau a sua, bobão Se algum dia você se transformar no Mike Quem sabe eu não te dou uma chance ;)
Tommy Tommy Porra, Ollie O Mike não tá nem aí pra você Perdeu a chance de ter uma obra de arte como eu
Você Vai dormir que amanhã é outro dia
Não. Não temos nada. Apenas gostamos de nos provocar. Aliás, é isso que os rivais fazem. E sim, Tom era narcisista, assim como Philipe — mas ele era a versão suportável, enquanto Philipe era a versão insuportável.
Notas da autora Oioi :) Esse capítulo tá um pouco curto, mas acho que consegui colocar tudo que eu queria O próximo capítulo vai ser com o ponto de vista do Kyle É isso, tchau <3
