03

40 16 47
                                    

Olivia Williams

Oops! Această imagine nu respectă Ghidul de Conținut. Pentru a continua publicarea, te rugăm să înlături imaginea sau să încarci o altă imagine.

Olivia Williams

Quarta-feira. Meu dia favorito. Gostava do jeito que quarta não era nem o começo, nem o final da semana; quarta era o meio. E eu amava o meio da semana.

Eu e Jenny assistimos Meninas Malvadas pela primeira vez quando tínhamos 8 anos, e desde então, virou uma tradição nossa assistir esse filme, em todas as festas do pijamas. E como boas fãs, em todas as quartas-feiras nós usamos rosa!

Estava sentada em uma mesa no fundo do refeitório, esperando Jenny aparecer. Em minha bandeja tinha um sanduíche recheado de sei lá o que e um refrigerante; em cima da mesa tinham dois livros de álgebra abertos em páginas aleatórias — precisava estudar o máximo que podia, já que infelizmente apaguei a foto que continha o conteúdo que precisava.

— Chegamos! — Jenny falou, sentando-se do meu lado — Trouxe o Ethan e o Philipe pra comerem com a gente hoje. — apontou para os garotos que se acomodavam em nossa frente. Sorri.

Philipe Laviolette. Pai francês e mãe brasileira. Ele não era muito alto. Seus olhos eram em um tom de azul da cor do oceano, seu cabelo era um loiro claro — quase platinado —, que brilhavam com o reflexo da luz, sua pele era branca, tão branca que assustava-me; era como se ele fosse um boneco de porcelana. Seus lábios vermelhos destacavam-se em seu rosto pequeno; em minha visão, ele era a Branca de Neve na versão masculina.

— Oi. — Philipe falou. Curto e grosso.

— Oi. — respondi, incomodada por sua presença.

— Oli, eu tava comentando com a abelhinha hoje cedo, sobre a gente do terceiro fazer uma festa. Todo mundo junto, o que você acha? — Ethan disse, tentando quebrar o clima desconfortável enquanto fazia carinho na mão de Jen. Fofos.

— Eu acho bacana. — dei uma mordida em meu sanduíche — Mas vocês já decidiram o local e o dia? Porque acho que ia ser legal numa sexta-feira à noite, aí a gente meio que podia relaxar, já que todo mundo vai tá de mau humor por causa da prova da Sra. Hunter. — sugeri, vendo os olhos do casal ao meu lado iluminarem.

— Perfeito! — falaram em uníssono.

— Oli, fica aqui que a gente já volta! — Jen disse, puxando Ethan pela mão e saindo correndo dali.

Agora estava sozinha com esse carinha, que definitivamente não foi com a minha cara.

— Então... — comecei, coçando minha garganta e estendendo meu sanduíche em sua direção — você quer um pouco? — sorri.

— Não. Se eu quiser, eu mesmo compro. — ironizou.

Já falei que ele é um chato, sem educação, grosso, narcisista, otário, idiota, sem personalidade, babaca, que se acha por ter dinheiro? Não? Então agora falei.

— Desculpa aí, riquinho. — respondi em um tom sarcástico, começando a guardar minhas coisas.

— Vê se não esquece nenhuma porcaria sua aqui viu, por que ninguém merece ter que ver essas coisas que valem no máximo 50 centavos. — riu.

Eu jurei para mim mesma que seria uma boa pessoa esse ano, mas é impossível quando um babaca começa a te provocar. Desculpa, pai!

Larguei minha mochila em cima da mesa e soquei a cara daquele moleque com tanta força — força essa que eu não sabia da existência. O agarrei pelos cabelos, e antes que pudesse fazer alguma coisa, senti duas mãos puxando-me para trás; comecei a me debater, gritando todos os xingamentos existentes enquanto mostrava o dedo do meio para Philipe, que olhava-me com um sorriso cínico em seus lábios. Idiota.

— Mãe de vovós, se acalme! — escutei a voz de Tom.

— Não vem se intrometendo onde você não é chamado, bobão! — gritei, tentando me soltar de seus braços — Eu ainda não terminei com você, seu narcisista idiota! Eu ainda te pego na saída! Tenta a sorte pra você ver! — ameacei, sendo arrastada dali a força.

Agora o rosto de porcelana de Philipe, teria um hematoma por um tempo.

<>

Estava sentada ao lado de Philipe novamente, não por vontade própria, mas sim porque a diretora mandou. E quem sou eu para ir por cima da palavra dela? Não quero mais problemas nas minhas costas não.

Meu pai saiu acompanhado da mãe de Philipe, ambos desculparam-se mil e mil vezes, falando a todo momento que aquilo não iria se repetir e blá blá blá. Coisa que todos pais fazem.

— Querida, desculpa pelo comportamento do Philipezinho. — a mulher, aparentemente mãe de Philipe, falou — Caso isso aconteça novamente, pode me ligar e contar tudo, okay? Aqui o cartão com o meu número. — sorri em agradecimento.

Ela era gentil, diferente do filho dela. Ela era um diferente bom. Pelo que estava escrito no cartão em miniatura, seu nome era Melise Monteiro — para os mais próximos, Mey —, mas todos em Ottawa e em outras regiões do Canadá, conheciam-a como Mulher Rosa.

A Sra. Monteiro era dona de uma linha famosíssima de cosméticos; de acordo com um site na internet, ela veio para o Canadá ainda muito nova, e com o passar do tempo, começou a demonstrar interesse em perfumes, maquiagens, produtos de skincare e tudo relacionado à beleza. Ela casou-se com um francês e após alguns meses do casamento, Philipe nasceu. Quando Philipe tinha 2 anos, eles se separaram da noite para o dia — Melise sempre negou-se a revelar o motivo do divórcio, e por incrível que pareça, a mídia respeitou sua privacidade e não foram atrás de mais detalhes.

Ela era linda. Seu cabelo era em um tom de loiro mais escuro, era cacheado e harmonizava com seu rosto marcante. Seus olhos eram a mistura de um castanho escuro e um castanho claro, na medida certa. Ela era alta. Vestia-se de rosa da cabeça aos pés. Parecia a própria Barbie na vida real. E antes que eu me esqueça, ela era como o arco-íris em um dia chuvoso.

— Eu digo o mesmo, Sra. Monteiro — meu pai falou, com um sorriso simpático em seus lábios, enquanto entrelaçou seu braço no meu — vou ter uma conversa séria com essa garotinha, para que isso nunca mais se repita.

Nos despedimos e saímos da escola.

— Essa é a minha garota. — meu pai sussurrou, fazendo um joinha — Dá próxima vez, faz isso fora da escola, Oli.

Ri, entrando no carro e ligando o som. Agora entendi porque meu pai obrigou-me a ir naquelas aulas de boxe.

Notas da autora
Sou eu dnv :)
Philipe é um dos personagens, que como eu falei no capítulo anterior, foi criado por duas amigas minha
Vou tentar não ficar tanto tempo sem postar, e se caso eu estiver com MTA criatividade em um dia só, provavelmente atualizarei a estória com 2 ou mais capítulos.
Só pra vcs saberem, sou #TeamMike!
Tchau <3

Diferente De Um Jeito Bom (Reescrevendo - HIATOS )Unde poveștirile trăiesc. Descoperă acum