Em milésimos de segundos é possível mudar toda a trajetória da sua vida... para melhor ou para pior. Mas não importa, porque tudo termina no "eu te amo".
Ou...
Onde Louis é um bibliotecário com a vida completamente comum e tem sua vida virada de cab...
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*Capítulo com gatilhos de suicídio e automutilação*
Assim que saio já me arrependo de ter vindo sozinho. Existe a possibilidade de eu apenas estar indo visitar minha irmã que eu não encontro faz anos ou descobrir que ela é e stalker que vem me ameaçando e matando aqueles que eu amo. Se a segunda opção acontecer, eu estou fodido porque eu conheço muito bem a Amy e ela não se parece nem um pouco com a minha irmã doce. Se Gemma realmente for ela, eu estou morto por estar indo para a sua casa sozinho com apenas uma arma e uma faca.
Agora já é tarde demais. Vou com toda a coragem do corpo e espero que não seja ela. Não sei se eu irei aguentar saber a verdade que meus pais estavam certos esse tempo todo.
Coloco no GPS o endereço que Adam me passou e sigo em direção com os dedos batucando inquietamente o volante. Sempre que desvio o olhar para a tela que indica que estou cada vez mais perto, meu sangue gela. Rezo para forças, as quais nem acredito, para que eu apenas reencontre minha irmã e não descubra que ela é minha maior inimiga.
Acredito ter chegado e estaciono o carro. Olho pelo o vidro vendo a casa de classe média, com um tom claro de azul nas paredes e tenho certeza que aqui é a casa dela. Azul sempre foi a cor favorita de Gemma. Escorrego meu corpo no banco e me encolho prendendo as lágrimas. Estou enrolando pra ir até lá por medo. Não medo de Amy, eu a temo, mas já me acostumei com suas ameaças e sei que ela não me fará nenhum mal físico. Tenho medo de Amy ser Gemma.
Olho para a porta de madeira e fecho os olhos tentando controlar meus tremores. Ando em direção a casa com a arma destravada em mãos. Sinto o metal gelado e engulo em seco pensando que talvez daqui a alguns segundos eu atire na minha própria irmã.
Bato na porta, ninguém atende e suponho estar vazia. Me alivio um pouco sabendo que ela não está, poderei vasculhar tudo sem me preocupar em ferir aquela que tanto amo. Utilizo uma técnica que Zayn me ensinou de quebrar as fechaduras para conseguir entrar em casas e rapidamente já estou do lado de dentro.
Assim que entro sinto um cheiro de algo apodrecendo no nariz e prendo a ânsia de vômito. Gemma precisa fazer uma limpa em sua geladeira. Está tudo escuro, a única luz que ilumina é aquela vinda da porta que acabei de abrir. Não acho o interruptor, por isso ligo a lanterna do meu celular e fico atento a qualquer coisa, preciso me lembrar que estou provavelmente na casa de Amy.
Ando calmamente pela sala iluminando os detalhes para ver se encontro algo que me faça ter certeza de sua identidade. Vejo um sofá preto com almofadas floridas em cima e um tapete de pelinhos. Vejo uma televisão na parede e quando ilumino uma prateleira tenho a confirmação de que realmente Gemma mora aqui. É um porta-retrato que faz meus olhos encherem de lágrimas. É do mesmo ensaio fotográfico que fazíamos todo o ano para o Natal, só que mamãe e papai estavam cortados da imagem, ela deixou apenas eu e ela. Gemma ainda me ama, ela não me esqueceu durante todos esses anos assim como eu não a esqueci.
