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Olivia Williams

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Olivia Williams

— Ele foi tão gentil, tão carinhoso, tão perfeito! — ela disse, com um sorriso bobo em seus lábios, caminhando saltitante ao meu lado — Foi o melhor encontro da minha vida! — exclamou, sorrindo de orelha a orelha.

Sorri para ela, enquanto fuçava na galeria do meu celular, procurando a bendita foto que continha o conteúdo que cairia na prova de álgebra. É, se por algum motivo eu acabei apagando a foto sem querer, eu estava ferrada em todas as línguas existentes.

Aliás, meu nome é Olivia. Olivia Williams. Tenho 17 anos e moro em Ottawa no Canadá. Moro com meu pai, Kyle Williams, e meus dois irmãos, Charlie e Daryl. Estudo na East Pole High School e sempre que posso, me voluntario em uma casa de idosos; minha vida não tem muita emoção, apenas vivo a mesma rotina todo dia e não tenho do que reclamar, já que de certa forma, essa foi a adolescência que planejei durante minha infância. É, posso dizer que amo minha vida.

— Terra chamando Olivia. — Jenny balançou suas mãos, tentando chamar minha atenção, o que funcionou — Você me escutou ou não? — cruzou seus braços, esperando uma resposta.

Jenny McCarthy era seu nome. Ela sempre foi minha amiga desde que eu me entendo por gente. Sempre fizemos tudo juntas, desde acampar até matar as aulas insuportáveis de história. Nós éramos a nossa própria felicidade, quando estávamos juntas, o mundo parecia parar e quando estávamos separadas, tudo parecia ficar chato, monótono, sem graça. Éramos como o Sol e a Lua — Jenny era o meu sol e eu era a lua dela.

— Ah! Óbvio que escutei! — menti — Você tava falando sobre o quão adorável o Ethan é, certo? — indaguei com um tom esperançoso.

Ela suspirou — Eu falei isso antes, Oli. Agora eu tava falando sobre o filme que a gente queria assistir juntas, lembra? Aquele lançamento! — sorriu.

— Lembro! Vamos ao cinema esse fim de semana então, que tal? — estava animada com a ideia e comecei a gritar quando Jenny balançou a cabeça em sinal de confirmação.

— Vamos fazer desse o melhor final de semana! — ela disse, me dando um abraço desengonçado e correndo para sala dela assim que escutou o sinal tocar.

É, como eu disse antes, nós somos a própria felicidade.

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— Turma, silêncio por favor! — a Sra. Johnson pediu, dando leves batidinhas em sua mesa — Prestem atenção na aula, porque tudo que eu vou falar, vai ajudar vocês no trabalho semestral, okay? — falou, recebendo um sim em uníssono — Então vamos começar.

Estava tentando me concentrar na explicação, mas parecia impossível. Não era como se fosse culpa da própria Sra. Johnson, eu apenas não tinha o menor interesse em entender aquela matéria insuportável, também conhecida como literatura.

Olhei para o relógio pendurado na parede, contando os minutos que faltavam para aquela aula acabar. 41 minutos.

— Ô mãe de vovós. - escutei alguém me chamar, já imaginando quem poderia ser — Não fica aí viajando na maionese e presta atenção na aula. Porque eu não vou fazer esse trabalho sozinho de novo não, viu? — deu um empurrãozinho no meu braço.

Tom Hernández. Descendente de mexicanos. Mudou-se para Ottawa na quinta série e desde então, sempre importunou minha vida monótona na época.

Tom é o típico garoto daqueles filmes clichês americanos: alto, pele um pouco bronzeada, com fios ondulados castanhos, olhos cor de mel, lábios aveludados e traços fortes. Como todas as meninas da escola diziam: ele era o pacote completo.

Apesar de charmoso, ele nunca foi alguém que chamou minha atenção — mesmo depois dele ter declarado-se para mim no baile de formatura da nona série. Nossa relação era um pouco bagunçada, já que ao mesmo tempo que éramos uma incógnita na vida um do outro, também éramos inseparáveis - não de uma forma legal, obviamente.

32 minutos.

— Não é como se eu nunca tivesse te ajudado a fazer algum trabalho, seu bocó. — respondi, anotando alguns livros que a professora citava.

Ele soltou um riso — Mas não é como se você soubesse alguma coisa de literatura, Ollie. — ironizou.

— Eu já falei pra você não me chamar assim... — tentei me controlar. Ele sabia que me tirava do sério com apenas algumas palavras. Principalmente quando a palavra em específico era Ollie.

— E quem disse que você manda em mim, Ollie? Não é porque você falou pra eu não te chamar assim, que eu vou parar. — falou cutucando meu ombro, com aquele sorriso irritante em seus lábios.

Como eu disse, somos inseparáveis. Eu era o coadjuvante dele e ele era o meu; éramos como Tom e Jerry, éramos como amigos que não falavam-se mais e ele sabia muito bem disso.

Era como se fossemos rivais.

15 minutos.

— Por que você não vai puxar assunto com a Jessie ou com o Henry? Certeza que eles têm mais interesse em te ouvir, do que eu tenho. — ironizei, fazendo um biquinho enquanto o olhava.

Mordeu a parte interior de sua bochecha, olhando-me incrédulo — Quer saber? Foda-se. — coloquei a mão em meu peito, fingindo estar ofendida.

— Nossa, que boquinha suja a sua, Tommy! Acho que para um aluno exemplar, você tá muito rebeldezinho! — provoquei, apertando seu nariz.

O vi ficar vermelho de raiva e sorri satisfeita. Bingo! Olivia 1, Tom 0.

5 minutos.

Comecei a guardar meu material, mordendo meus lábios e sentindo-me ansiosa a cada tic-toc do relógio. Os 5 minutos pareciam uma eternidade.

O sinal tocou, e antes que a Sra. Johnson pudesse falar alguma coisa, todos saíram correndo da sala de aula. Inclusive a minha pessoa. Meu celular vibrou em meu bolso e li aquela mensagem em completo choque.

Corri para o lado de fora, querendo encontrar Jenny o mais rápido possível — queria ver com meus próprios olhos se era verdade o que eu tinha acabado de ler. Pisei meus pés no estacionamento e analisei o local, procurando os cachos ruivos brilhosos naquela multidão de adolescentes. Sorri quando a encontrei e corri em sua direção.

Ela estendeu sua mão para mim e agora eu tinha certeza absoluta.

— Eu não acredito nisso! — gritei animada, olhando para o anel prateado na mão dela — Minha melhor amiga tá namorando! — abracei ela — Eu tô tão feliz por você! — entrelaçamos nossas mãos e começamos a dar pulinhos de alegria.

— Eu ainda tô em choque, Oli! — ela falou, com um sorriso estampado em seu rosto.

Sorrimos. Como eu amava vê-la feliz.

— Agora falta você aceitar o coraçãozinho do Tom, e aí vamos poder ter um encontro duplo! — disse em um tom sugestivo.

— Nada haver, Jen. E nem vem falando que ele se declarou pra mim, porque isso faz um tempão já. — falei, entrelaçando meu braço no dela, começando a caminhar em direção ao refeitório.

— Okay, okay. Mas não tem como negar que vocês dois tem sim uma conexão. E que conexão! — riu.

Nada haver. Como eu disse, somos apenas rivais. Bons rivais.

Notas da autora
Oioi, vocês podem me chamar de Liz :)
Tive a ideia de escrever "Diferente De Um Jeito Bom" após assistir uma série bem clichê. E como eu amo filmes, séries, livros e tudo que tenha temas clichês, decidi escrever esse romance que conta a estória de Olivia e seus pretendentes.
Muito provavelmente, alguns acontecimentos desse fic será baseado em fatos reais.
Do fundo do meu coração, espero que gostem e que dêem muito amor a essa estória <3

Diferente De Um Jeito Bom (Reescrevendo - HIATOS )Onde histórias criam vida. Descubra agora