TATE LANGDON | PART IV

Start from the beginning
                                        

Olhou para o rosto do seu namorado que estava contorcido em uma expressão triste. Sentiu seu coração se apertar com o rosto de cachorro abandonado dele, e se aproximou dele, segurando seu rosto com as mãos.

— Eu volto, pode ficar aqui em casa me esperando se quiser.

— Vou te esperar — ele murmura te olhando nos olhos.

Sorriu com o comentário dele e se aproximou dele, deixando um selinho demorado em seus lábios.

— Volto daqui algumas horas — piscou para ele, e rapidamente se retirou do quarto.

Sua mãe já estava do lado de fora da casa e dentro do carro te esperando, rapidamente você entrou no banco passageiro e colocou o cinto. A viagem foi silenciosa até o parque, sua mãe estacionou o carro na vaga de frente ao parque, e desceu do carro sendo acompanhada por você.

Caminharam até uma barraquinha de cachorro quente, compraram os lanches e sentaram em um banco do parque.

— Então... O que anda acontecendo mãe? — perguntou você em um tom baixo para que ela não se sentisse pressionada.

— Acho que tô ficando louca — ela diz sem cerimônia, dando uma mordida generosa no seu cachorro quente. — Aquela casa, ela... Ela não é normal.

— Tá falando das pessoas que viu dentro da nossa casa?

— Não são pessoas, eles... Eles estão me fazendo mal, entende? — ela deu uma pausa, e logo deu continuidade: — eles me acordam de madrugada, sussurram coisas no meu ouvido, e teve uma vez que tentaram me jogar da escada!

Arregalou levemente os olhos com o testemunho da sua mãe, você presenciava alguns eventos estranhos na casa, mas nada chegava a ser comparado aquilo.

— Eu sempre achei que nossa casa era assombrada, mas pensei que era tudo fruto da minha imaginação por ter medo — justificou você olhando para sua mãe. — Eu não sabia que os fantasmas poderiam ser agressivos dessa forma.

— A gente precisa se mudar daquela casa, eu não tô mais aguentando. Sinto que vou enlouquecer se continuar lá — seu tom saiu carregado de súplica e cansaço. — E ainda tem aquela coisa medonha na porra do porão... As coisas estão saindo do controle. Você precisa acreditar em mim, eu tenho certeza do que tô vendo naquela casa.

Segurou uma das mãos da sua mãe com firmeza e se pronunciou:

— Eu acredito em você, mãe. Eu sempre vou acreditar em você — confortou você. — Eu também vi coisas estranhas acontecendo lá, mas acontecem quando eu tô sozinha, o que isso é raro de acontecer. Me desculpa não ter notado antes que as coisas estavam ruins, eu deveria ter prestado mais a atenção que precisava de mim.

A mulher de meia idade acariciou seu braço, um gesto silencioso para mostrar que tudo estava bem, ela esboçou um sorriso pequeno em seu rosto e se pronunciou:

— Não peça desculpas, eu que deveria ter te contado antes; mas eu não quis te preocupar, ainda mais agora que você anda em uma boa fase namorando o Tate, ele te faz bem, e isso me deixa feliz — se explicou sua mãe, e complementou: —, por isso eu fui ver uma casa pequena pra gente alugar, fica perto da sua escola — ela rapidamente se corrige: —, quero dizer, antiga escola, esqueço que agora é formada. Bem, assim não vai atrapalhar o namoro de vocês.

IMAGINES • AHSWhere stories live. Discover now