IMAGINES • AHS

TATE LANGDON | PART I

Mal conversou com sua mãe durante o dia, ela estava ocupada organizando as coisas da mudança e você resolveu fazer o mesmo em seu quarto. Apesar da sua mente estar trabalhando a milhão no acontecimento de madrugada, você procurou adiantar as coisas para manter tudo no mínimo organizado.

Ouvia uma playlist com suas músicas favoritas enquanto guardava suas roupas no armário, apesar de apreciar as canções dos artistas você mal conseguia prestar a atenção nas letras por estar perdida ainda pensando no que aconteceu, seus pensamentos e movimentos automáticos são interrompidos pela sua mãe que entrou em seu quarto enquanto te chamava.

— Querida, você tá bem? — sua mãe questionou e se aproximou de você preocupada. — Se sente mal?

Piscou algumas vezes olhando para a sua mãe, finalmente saindo do seu transe de pensamentos por completo, e tratou de responder:

— Sim, por que a pergunta? — devolveu a pergunta, tentando entender a expressão preocupada da sua mãe.

— Eu bati várias vezes na porta antes de entrar e te chamei, você não me respondeu. Quando entrei no seu quarto você parecia estar longe — ela diz se referindo a sua mente, e complementa: —, fiquei um tempo te chamando até você voltar, seu primeiro dia na escola foi tão ruim assim? — ela tornou a perguntar e se sentou do seu lado na cama, tomando cuidado para não derrubar a pilha de roupas que você havia dobrado.

Olhou para sua mãe por breves segundos e pediu para que a Alexa parasse de tocar a playlist; soltou um longo suspiro e tratou de se explicar:

— Na verdade eu nem sei o que aconteceu direito na escola hoje, eu não dei muita atenção pro que acontecia ao meu redor... — respondeu de forma sincera olhando para sua mãe. — Aconteceu uma coisa essa madrugada que me deixou perturbada.

— O que aconteceu? — a mais velha tornou a perguntar com a testa enrugada, demonstrando preocupação.

— Eu tive um sonho muito realista, não consegui entender muito bem como aconteceu, mas pareceu muito real — respondeu você de imediato, olhando para sua mãe.

— Ah querida... — sua mãe diz com uma entonação calma, e acaricia seus cabelos levemente. — Isso pode ser seu cérebro te pregando peças por estar em um ambiente totalmente desconhecido e novo, as histórias dessa casa te deixaram assustada no começo, lembra disso?

As palavras da sua mãe fez com que sua mente ficasse menos nublada, levando aquilo como um argumento válido e que fazia muito sentido para você.

— Tem razão, só pode ter sido isso — você diz de imediato. — Mas é normal sonhar com quem nunca vimos na vida dessa forma?

— Isso é um mistério, existem algumas teorias que explicam isso. Alguns dizem que são pessoas que vimos na rua e nosso cérebro guarda a fisionomia, mas não lembramos deles de fato, e isso pode aparecer em nossos sonhos como uma lembrança — explica sua mãe de forma calma, e acrescenta: —, não esquenta sua cabecinha com isso, não passou de um pesadelo, ok?

Após escutar as palavras de conforto da sua mãe, se sentiu mais aliviada e menos pertubada com o que aconteceu; se contentou em esboçar um sorriso pequeno em seus lábios e confirmar com um leve aceno com a cabeça.

— Ótimo — sua mãe diz, também mais tranquila. — Agora vamos descer, preparei um jantar descente pra gente hoje.

— Tá bom — concordou você com um sorriso mais aberto dessa vez e se levantou da cama. — Eu tô mesmo morrendo de fome!