A mulher a sua frente soltou um suspiro longo e estampou um sorriso convencido em seu rosto.
— Tá certo, garotinha... Eu atendo se ele ligar de novo.
— Isso! — exclamou você entusiasmada por ter conseguido convencê-la.
— Não comemora tão cedo, isso não vai dar em nada — ela diz convicta.
— Aposto que vai — insistiu você, voltando a se concentrar no seu hambúrguer.
O jantar se estendeu com vocês duas conversando sobre coisas aleatórias — e em alguns momentos sobre os projetos que estavam em desenvolvimento da sua mãe —, quando estavam cansadas o suficiente, vocês duas organizaram a cozinha de forma rápida jogando as embalagens do fast food fora, e foram cada uma para seus quartos.
Já passava da meia-noite quando você decidiu tomar um banho antes de dormir, precisava tirar todo aquela sensação grudenta do seu corpo pós-mudança, entrou no banheiro com seus produtos de higiene e fechou a porta atrás de si, se despediu, rumou até o box do banheiro e abriu o registro do chuveiro. Permitiu-se relaxar seu corpo conforme a água quente batia contra sua pele causando uma sensação gostosa de limpeza e ao mesmo tempo era como se ela massageasse seus músculos deixando uma sensação gostosa de relaxamento. Fechou os olhos por alguns segundos deixando a água escorrer pelo seu rosto e por fim molhando seus cabelos.
Sentiu uma sensação gélida se apossar do seu peito fazendo-a franzir a testa por alguns segundos, a sensação era como se tivesse mãos próximas ao seu rosto, podia sentir uma energia estranha a sua frente como se tivesse alguém de verdade ali, no mesmo instante você tirou o rosto da água passando suas mãos de forma desesperadora em seu rosto para tirar o excesso de água e por fim abrir os olhos. Olhou ao redor encolhendo suas mãos próximas ao seu peito, sentindo seu coração disparar de forma leve. Olhou pelo box de forma rápida apenas para se assegurar, e como esperado estava sozinha, passou uma das suas mãos no vibro embaçado e seus olhos varreram a extensão do banheiro, soltou um supiro de alívio ao constatar que estava sozinha.
"Claro que você tá sozinha, quem mais estaria aqui? Gasparzinho?"
Zombou a si mesma em sua mente.
— Idiota... — murmurou para si mesma. — Nova regra: não ficar de baixo da água com olhos fechados... Isso causa uma sensação muito esquisita — concluiu seu pensamento alto e tratou de voltar a se concentrar no seu banho.
Passou alguns minutos no chuveiro até terminar seu banho, ao finalizá-lo tratou de desligar o registro do chuveiro e se secar com uma toalha; enrolou a toalha em volta do seu corpo, saindo do banheiro em seguida.
Após entrar no seu quarto olhou as horas no seu celular com preguiça, tinha apenas cinco horas de descanso até ter que acordar pela manhã e enfrentar aqueles estranhos. Colocou seu pijama, e secou o cabelo de qualquer jeito, trataria de dar um jeito nele pela manhã.
Quando terminou de organizar tudo para o dia seguinte, você praticamente se jogou na cama e puxou os cobertores para si, cobrindo seu corpo por inteiro deixando apenas a parte do seu nariz em diante exposta. Não demorou muito para que finalmente caísse no sono profundo devido ao cansaço de toda a mudança.
Se remexeu na sua cama desconfortavelmente, estava tudo muito quente e seu cabelo estava úmido de suor, assim como seu rosto que minava pequenas gotículas de suor principalmente em sua testa; ouvia tiros e muitos gritos, mas no seu sonho estava tudo escuro como se você não pudesse ver nada, deixando-a perdida em um mar de muito medo e desespero. De repente tudo ficou silencioso, você se forçava para acordar daquele pesadelo que estava sendo mais real do que gostaria, podia sentir seu corpo repousado sobre a cama, mas era impossível conseguir movimentá-lo por mais que tentasse, era como só uma parte do seu cérebro funcionasse e o restante ainda estivesse adormecido, tentava abrir os olhos a todo custo começando a se desesperar a medida que tentava se mover, e de repente você ouviu mais barulhos de tiros e dessa vez você sentiu eles atravessarem o seu corpo te causando mais desespero. Você tentou gritar, tentou berrar, mas não conseguia, a sensação de sentir as balas sendo pressionadas no seu corpo não causavam dor, mas era uma sensação desesperadora de tão ruim, eram muitas para que você pudesse contar, e tinha certeza que aquilo seria o suficiente para ser fatal — no sentido para matar alguém.
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IMAGINES • AHS
FanfictionImagines dedicados aos personagens interpretados pelo Evan Peters. Obs: Leia os avisos antes de começar. (Sinopse e 1° capítulo "Avisos!"). ⚠️ Os personagens e acontecimentos citados nesse livro são de autoria de Ryan Murphy e Brad Falchuk, American...
TATE LANGDON | PART I
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