— Valeu mãe — você agradece e se junta com ela, sentando-se em uma cadeira próxima da dela.
— Com toda essa bagunça do primeiro dia ficou impossível de cozinhar, mas amanhã prometo te fazer uma refeição saudável — ela coloca o celular sobre o mármore e abre uma das sacolas tirando os hambúrgueres.
— Tá tudo bem, mãe — respondeu você de imediato para tranquilizá-la. — Não precisa se explicar, eu sei que anda tudo muito corrido pra você.
A mais velha apenas esboçou um sorriso sem monstrar os dentes e se pronunciou:
— Ansiosa pro primeiro dia de aula? — ela pergunta enquanto tira o restante da comida das sacolas. — Soube que lá é uma boa escola, pode fazer amigos.
— Você sabe que sou péssima pra me socializar, vou procurar não arrumar encrenca com ninguém — disse contra gosto, e pegou seu hambúrguer, dando uma mordida generosa neste.
— Adolescentes conseguem ser muito cruéis quando querem, se algum deles te tratar mal, você me precisa me avisar, ok? — orientou sua mãe enquanto comia as batatas.
— Claro — respondeu forçando um sorriso triste, pois lembrar da escola te causava náuseas só de pensar que amanhã estaria em um ambiente totalmente desconhecido e com pessoas desconhecidas.
Ambas comeram enquanto conversavam animadamente, sua mãe apesar de trabalhar muito nos seus projetos, sempre procurava te dar atenção e ser uma boa mãe nas horas vagas, e por mais que sua ausência seja grande, ela sempre conseguia compensar você quando tirava algumas horas do dia para te fazer companhia. Depois do seu pai sofrer um trágico acidente de trabalhando caindo de um prédio de quase vinte andares, sua mãe carregou para si o dever de fazer o papel de mãe e pai para você em uma esperança de preencher o vazio paterno no qual você sentia toda vez que lembrava do seu pai, quando ele faleceu você ainda era muito pequena — quando tinha apenas sete anos —, mas conseguia lembrar perfeitamente da voz dele e do gosto que as panquecas de banana dele tinham, foram memórias na qual você jurou nunca esquecer.
Seus pensamentos são interrompidos por um suspiro de frustração ser emitido pela sua mãe, ao visualizar a tela de seu celular que não parava de vibrar.
— Trabalho? — perguntou você como se pudesse adivinhar. — Tá tudo bem, mãe. Eu entendo.
Atraída por sua fala, sua mãe rapidamente direciona um olhar para você e se adianta para se explicar:
— Não, não é isso, filha — ela diz de forma rápida, e torna a explicar: —, é só o John de novo, parece que ele não desiste — ela finaliza com um tom exausto e frustrado.
— Ele parece ser um cara legal — você diz, tomando um pouco do seu milk-shake. — Deveria dar uma chance, sabe... Você precisa sair e se divertir de vez em quando.
Sua resposta se resumiu em um riso baixo e cansado vindo de sua mãe, e em seguida a mesma se pronuncia:
— Você sabe que não pretendo nada com ninguém, tô bem sozinha — ela larga o celular de volta na bancada, e se concentra a voltar comer suas batatas.
— Ah, para — você responde preguiçosamente, e acrescenta: —, qual é mãe, não custa tentar... Se ele ligar de novo, atende; tenho certeza que vai ser divertido sair um pouco — incentivou você, esboçando um sorriso para passar segurança para ela.
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IMAGINES • AHS
FanfictionImagines dedicados aos personagens interpretados pelo Evan Peters. Obs: Leia os avisos antes de começar. (Sinopse e 1° capítulo "Avisos!"). ⚠️ Os personagens e acontecimentos citados nesse livro são de autoria de Ryan Murphy e Brad Falchuk, American...
TATE LANGDON | PART I
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