𝗧𝗲𝗿𝗺𝗶𝗻𝗮 𝗻𝗼 "𝗲𝘂 𝘁𝗲 𝗮𝗺𝗼" - 𝗙𝗮𝗻𝗳𝗶𝗰 𝗟𝗮𝗿𝗿𝘆

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Meu corpo é colocado sentado na pia eu sinto que vou derreter a qualquer momento com seus toques. Qual é o meu problema? É apenas um beijo! Mas sinto que posso chegar no meu ápice apenas com a sua língua entrelaçando na minha. Estou tão inerte do mundo externo, tudo está se encaixando tão perfeitamente que me assusto ao ouvir batidas brutas na porta. Toda a bolha quente e envolvente que nos cercava é estourada e olhamos para trás assustados com o barulho alto inesperado.

─ Se não destrancar essa porta agora, eu vou ser obrigado a chamar a polícia! ─ Escutamos a voz brava que eu suponho ser de Liam e ao ver a cara de Louis tenho a confirmação.

Ajeitamos nossas roupas amarrotadas e, pelo menos eu, abro a porta completamente envergonhado. Um Sorriso maldoso brota em Liam quando nos vê saindo de mãos dadas do banheiro. Este que estava até então com um semblante sério e braços cruzados começa a gargalhar e nega com a cabeça.

─ Vocês dois não tem dinheiro para um motel? Tem que fazer suas saliências no meu banheiro mesmo? As pessoas precisam mijar, não dá para vocês ficarem se pegando aí para sempre.

─ Desculpe, Li. Não vai mais acontecer. ─ Louis responde tímido abaixando a cabeça e sinto sua mão apertando a minha com força.

E eu, nessa altura já estou igual um tomate e não consigo dizer nenhuma palavra sem gaguejar. Me sinto um idiota me comportando desse jeito.

Depois de Liam ir embora e deixar dois tapinhas orgulhosos nas costas do amigo, Louis começa a rir e negar com a cabeça o que também me faz ir.

─ A gente tá parecendo um casal de adolescentes se pegando em qualquer lugar. ─ Ele diz e eu o surpreendo com um abraço cravando meu rosto em seu pescoço e sinto cheirinho gostoso que ele emana.

─ Quer ir lá para casa? ─ digo contra a sua derme e sinto os pelinhos de seu pescoço se arrepiarem contra meus lábios.

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Não consigo raciocinar após abrir a porta principal da minha casa porque logo Louis está me prensando novamente contra a parede e me beijando com força. Andamos trombando em diversos móveis e soltando risadas quando isso acontecia até pararmos no sofá. Minha panturrilha bate no sofá indicando que não tem mais para aonde andar, e mesmo assim, Louis continua jogando seu peso para frente que me faz cair deitado no sofá. A luz que entra pelas janelas que vão do chão até o teto, criam uma penumbra maravilhosa com os traços de Louis quando ele sobe em cima de mim.

Ele beija com tanta intensidade, com tanto desejo que sinto minhas pernas bambas. É oposto de tudo que eu já experimentei. Pela primeira vez me sinto tocado com sentimento, e não de forma carnal. Seus beijos são uma linha tênue entre o amor e o desejo e me perco na ambiguidade sem saber o que é real e o que é fruto de minha cabeça.

Meu organismo rapidamente se esquenta e eu começo a suar sentindo uma necessidade tremenda de retirar minhas roupas para ter esses toques diretamente em minha pele. Empurro Louis no sofá trocando nossas posições e subo em cima dele sentando em cima de seu colo. Quando ameaço tirar a blusa, Louis morde os lábios claramente me desejando, mas coloca as mãos em cima das minhas e nega com a cabeça. Achei que ele não queria anteriormente por estarmos em um banheiro, mas agora estamos na minha casa.

─ Não me diga que você decidiu esperar até o casamento? ─ pergunto realmente com medo porque ele já não bebe álcool, para ter feito uma promessa a Deus pouco custa.

Como resposta, obtenho uma risada e uma negação com a cabeça antes de dizer:

─ Não é isso gatinho, eu só não quero apressar as coisas, quero fazer do jeito certo.