Trinta e cinco

879 104 82
                                    

Ana Beatriz

No final do dia, deixei a vinícola e fui até a casa de Rômulo, onde costumávamos nos encontrar. Não saíamos juntos para não chamar atenção.

Cheguei primeiro. Não havia ninguém na casa. Fui até a cozinha e ia pôr água para ferver, quando senti os braços dele me envolverem por trás. Rômulo encostou seu corpo no meu, beijando minha nuca. Enquanto eu segurava a chaleira embaixo da torneira aberta, ele subiu as mãos por dentro da minha blusa e cobriu meus seios, acariciando-os.

—  Passei o dia todo doido para fazer isso.

Comecei a rir, ao lembrar daquela manhã, quando eu tinha passado ali justamente para uma sessão de sexo matinal, dando de cara com Vinícius e Ariana.

Não era sempre que podíamos nos encontrar, por causa da neura dele de sermos descobertos por meu pai.

A chaleira encheu e começou a transbordar. Rômulo retirou as mãos e fechou a torneira, tirando a chaleira das minhas mãos e colocando na bancada. Me virou, segurando firmemente a minha cintura, me pressionando contra a pia. Senti seu pau duro comprimindo a minha barriga. Levantei o rosto procurando sua boca, os lábios grossos se apossando dos meus, sequiosos.

Ele foi subindo as mãos lentamente, juntamente com a minha blusa, arrancando-a e jogando de lado. Baixou as alças do sutiã sem deixar de me beijar, abriu o fecho e atirou a peça longe. Arrancou a própria camisa pela cabeça sem abrir os botões. Em seguida me puxou, chocando nossos corpos. Enlaçou meu quadril me suspendendo, girou, colocando-me sentada na mesa. Fui escorregando o corpo até me apoiar nos cotovelos e mordi o lábio inferior, o que deixava ele louco.

Sem perder tempo, abriu o botão da minha calça, puxando-a rapidamente. Apoiei os pés na borda da mesa e abri as pernas, provocando-o, sem tirar os olhos dos seus, vendo-o respirar com dificuldade. 

Ele não deixou barato.

Afastou a calcinha para o lado, sem tirá-la; com o polegar, começou a massagear o clitóris com movimentos circulares. Não resisti, desabei sobre a mesa, ofegando. Ele colocou um dedo dentro de mim, sem parar os movimentos, enfiando-o fundo. 

Me masturbou até eu gozar, depois arrancou a minha calcinha, me virando de bruços e sapecando uma palmada na minha bunda. Em seguida se afastou, sentando no sofá. Abriu as calças e tirou o pau ereto para fora.

—  Venha.

Tirou uma camisinha do bolso, rasgou o invólucro e colocou-a. Desci da mesa enquanto ele me olhava esfomeado, me aproximei, subi no seu colo e desci no seu pau lentamente, sentindo-o deslizar para dentro de mim, até tê-lo por completo. Comecei a cavalgar devagar, até suas mãos no meu quadril acelerarem os movimentos.

Nossa respiração, os gemidos e o barulho dos nossos corpos se chocando eram os únicos sons presentes. No auge, ele prendeu firmemente o meu quadril, cessando os movimentos, gozando com um gemido rouco. 

—  Assim você acaba comigo, princesa — ofegou.

—  É para você saber que é só meu.

—  Só seu, de mais ninguém.

—  Verdade?

Ele fez uma pausa, o suficiente para uma luzinha acender na minha cabeça.

—  Tem mais alguém?

Dessa vez ele não vacilou:

—  Não.

Me levantei, comecei a recolher minhas roupas, espalhadas pela cozinha. Ouvi ele levantar e fechar a calça. Em seguida me envolveu por trás.

Segredo de FamíliaWhere stories live. Discover now