Maite ainda estava sentada no chão ao lado de Kathy com o bebê nos braços quando viu duas carruagens se aproximando, ela viu quando William desceu correndo e foi até ela seguida por policiais.
- O que aconteceu? - Perguntou enquanto a abraçava com cuidado. - Está tudo bem?
- Sim, estou bem. Mas Kathy...
Só então William notou o corpo da mulher.
- Já passou. - Disse a puxando para seus braços novamente.
Maite caiu no choro, ela se permitiu desabar no abraço do Duque por alguns minutos.
- Vamos sair daqui.
O homem a guiou até a carruagem e a colocou sentada no cochoado enquanto lhe entregava um pouco de água, só após ela terminar e respirar fundo o delegado surgiu.
- Preciso que me conte o que houve, senhora Levy.
- Senhor Blindey, por favor, dê um tempo a ela. - Pediu William.
- Não, está tudo bem, eu falo. Eu estava voltando para casa quando fui raptada por dois homens, eles me cedaram e quando acordei já estava dentro dessa casa com Kathy. Ela estava maluca, jogou álcool por todo lugar até nela mesma e colocou fogo.
Eu estava amarrada, mas consegui me soltar destroncando minha mão. - Falou estendendo o braço para eles verem, e não passou despercebido a preocupação de Levy. - Com muito esforço consegui sair e tirar Kathy de lá, ela inalou muita fumaça, sua pulsação estava muito fraca e sua bolsa havia estourado. Nessa manhã eu havia feito um parto chamado cesareana, onde corta a barriga da mulher e tira o neném... Eu fiz o mesmo com ela, o desespero para salvar a vida da criança falou mais alto. Eu não sei se ela iria sobreviver ou não, mas independente de qualquer coisa eu não me arrependo, porque entre aquela vaca e esse ser inocente eu escolheria ele outras mil vezes. Como me encontraram?- Uma pessoa viu você sendo sequestrada, e já imaginamos que tinha um dedo de Lady Kathy nisso, e sabíamos que ela tinha a posse dessa casa de campo. - Respondeu o policial.
- Dê um jeito disso tudo ser acobertado, delegado. Diga a todos que lady Kathy morreu enquanto dava a luz e fim, não quero o nome da minha esposa na boca do povo novamente.
- Pode deixar, cuidaremos de tudo.
Depois de uma rápida despedida William entrou e se sentou junto com a mulher para voltarem para casa.
- Assim que chegarmos chamarei o médico para cuidar de sua mão e ver se está tudo bem com o bebê.
- Apesar de prematuro ele aparenta estar esbanjando saúde. - Falou sorrindo enquanto fazia carinho na cabecinha do pequeno que dormia tranquilamente.
- Ele é a cara do pai, o que acha de homenagearmos o Henry e dar o mesmo nome a ele? - Sugeriu o homem.
- Acho incrível, Henry ficará muito feliz esteja onde estiver.
- Seremos bons pais para ele.
- William, você sabe que logo eu vou embora.
- Maite, não faça isso comigo. Eu preciso de alguém, não vou conseguir cuidar sozinho de uma criança.
- Você tem a ajuda dos criados.
- Eu quero ser pai dele, e ele precisa de uma mãe também.
- Tenho certeza que tendo um pai presente que lhe dê muito amor será o suficiente.
- Não é a mesma coisa.
- Eu não consigo e não posso mais ser sua esposa, as coisas já estavam ruins e Kathy me contou o que aconteceu entre vocês. - Falou nervosa.
- Não significou nada, eu me deixei ser levado... Fui um completo idiota, ela me seduziu sem escrúpulo algum.
- Escrúpulos? E por acaso você teve algum? Querendo ou não ainda estava casado comigo.
- Eu sei...
Assim que a carruagem parou Maite colocou o bebê nos braços de William e desceu logo em seguida, o pequeno Henry era responsabilidade do Duque e como ela logo iria partir não queria criar muitos laços para não sofrer depois.
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Aos Cuidados de um Duque
FanfictionMaite era uma simples enfermeira que cuidava dos feridos na guerra, e foi no caos que conheceu Lorde Henry Lewys, filho de um Duque. O mesmo havia sido ferido com uma espécie nova de bomba, e ela foi a responsável por seus cuidados. A recuperação do...