Capítulo 14

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Maite estava dormindo quando ouviu barulhos vindo lá de baixo, ela então rapidamente se levantou para ver do que se tratava. Quando desceu as escadas se deparou com William trombando nos móveis de tão bêbado, e resmungando uns palavrões que a mulher jamais ousaria repetir.

- Meu Deus, ficou maluco? Olha seu estado, que deplorável. - Disse nervosa.

- Olha só... Se se não é a minha... Bela esposa. - Respondeu gaguejando e rindo.

- Sente-se vou lhe trazer um chá para ver se te ajuda, está podre de bêbado. - Falou se aproximando do homem e o guiando até o sofá.

O mesmo caiu sob o estofado feito uma manga madura, sem conseguir apresentar qualquer resistência.
A morena seguiu rapidamente para a cozinha e preparou um chá bem forte para o "marido". Quando retornou o mesmo já dormia pesadamente, mas ela o cutucou até que despertasse.

- Me deixe dormirrr. - Murmurou arrastado e irritado. 

- Bebe o chá primeiro, e depois poderá dormir novamente.

Com o auxílio da jovem ele tomou todo o líquido da xícara, e segundos depois ela percebeu que o rosto do homem começou a ficar esverdeado, e como enfermeira ela sabia muito bem o que viria a seguir. A mulher correu e conseguiu trazer um balde a tempo dele colocar tudo para fora. Ela o ajudou segurando sua testa com uma mão e apoiando seu tórax com a outra, era uma técnica que ela sempre utilizava para evitar um possível engasgo, não era um método comprovado, mas durante todos seus anos cuidando de doentes sempre a utilizou e sempre deu certo.

- Melhorou? - Perguntou quando o homem voltou a ficar com as costas eretas e respirou fundo.

- Mais ou menos, ainda vejo as coisas rodando... E meu estômago está péssimo, que merda...

- Não se preocupe, amanhã estará pior. - Respondeu irônica. - Vou te ajudar subir para o quarto, não pode ficar aqui na sala. - Falou já pegando em seu braço para o levantar.

William era pesado, mas Maite já estava acostumada a lidar com homens com um físico parecido com o dele, então apesar de parecer pequena e frágil ela tinha uma força que deixava as pessoas surpresas.
Quando finalmente chegaram nos aposentos do Duque ela o sentou na cama e tirou suas roupas que fedia a bebida barata, para atentar mais ainda seus hormônios gestacionais ele se encontrava sem nada por baixo das calças, e ela precisou de muito auto controle.
Depois de passar um pano úmido e perfumado por seu corpo ela colocou a força dentro de sua boca uma folha de hortelã que ele guardava em um pequeno potinho ao lado da cama, para tirar o gosto e o cheiro de vômito que devia estar na boca do mesmo, não era a coisa mais higiênica a se fazer, mas era o que dava no momento. Depois o ajudou a se deitar e cobriu seu corpo com uma pesada coberta, afinal fazia bastante frio naquela noite.
Quando estava abrindo a porta para ir para o seu quarto ele a chamou.

- Fica. - Pediu já com os olhos fechados.

Maite não sabia se tinha ouvido direito, a voz dele não passava de um sussurro. Ela ficou parada alguns instantes refletindo, e por fim decidiu ficar, ficou com medo dele ter ânsia dormindo e se asfixiar. Então ela deitou na pontinha da cama, para evitar qualquer possível contato entre os dois.

Aos Cuidados de um Duque Where stories live. Discover now