Capítulo 4

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No dia seguinte Maite estava em seu quarto lendo um livro qualquer quando uma das criadas foi chamá-la informando que o Duque estava na sala principal a esperando.
Ela estranhou, mas nada disse e seguiu para onde o homem estava.
Na porta da sala ela se deparou com William sentado no sofá, as pernas cruzadas e um buque de tulipas em mãos. Sua expressão como sempre estava séria, ele estava todo trajado de preto e Campbell não conseguiu não admirá-lo, o homem era um pecado de tão bonito. Deveria ter várias mulheres malucas para se casar com ele, afinal além de bonito possuía o titulo de um Duque. Ela entendeu a raiva dele, o mesmo estava sendo forçado por sua consciência  a se casar com ela, uma enfermeira, sem dote, sem honra, grávida e que nem era tão atraente, apenas uma beleza comum.

- Bom dia, vossa graça. - Por fim decidiu entrar logo e ver o que o homem queria com ela.

- Bom dia, onde está sua acompanhante?

- Eu não tenho uma, e esta é uma sala aberta não haverá problemas.

Ele então deu de ombros e caminhou até ela, o Duque pegou a mão da mulher e a levou até os lábios para depositar um rápido beijo.
A jovem estava sem luva, o que só deixou o contato mais íntimo. E ambos sentiram uma corrente com aquele toque, mas nenhum ousaria confessar, e apenas se afastaram tão rápido quanto se tocaram.

- Te trouxe essas flores. - Falou a entregando o enorme arranjo.

- Obrigada, são muito lindas. Irei as colocar aqui sob a mesa para depois arrumar um vaso.

William voltou a se sentar no sofá que estava no início e Maite se sentou na poltrona.

- Bom, ao que devo a visita?

- As pessoas precisam acreditar no nosso romance, e isso só acontecerá se fazermos coisas que casais normais fazem.

- Entendo.

- William, querido. Por que ninguém me avisou que estava aqui?

Maite se segurou para não revirar os olhos diante o charminho de Kathy, ela se jogou nos braços de Lewys de uma maneira muito pouco apropriada.

- Peço que me perdoe cunhada, hoje vim fazer uma rápida visita para minha noiva.

- Claro. - Respondeu torcendo o nariz. - Ofereceu alguma coisa para o Duque, queridinha?

- Não precise se incomodar, estou bem.

- Imagina, senhorita Campbell faça a gentileza de ir até a cozinha pedir chá e biscoitos.

- Onde estão os criados? - Perguntou o homem visivelmente desconfortável com aquela situação.

- Devem estar ocupados, senhor. Não se preocupe, não é trabalho nenhum para mim. Com licença.

Maite saiu e deu graças a Deus por isso, depois daquele encontro desastroso com Kathy agradecia cada segundo por estar longe dela.
Chegando na cozinha não havia ninguém, apenas uma fornada de bolachinhas em cima da mesa. A jovem  nunca dependeu de ninguém para lhe servir, então colocou água para ferver e ela mesma faria o chá, sempre cozinhou então não é agora que deixaria de fazê-lo.
Estava arrumando as xícaras que levaria para a sala quando ouviu passos se aproximando, pensou que seria a cozinheira que havia chegado.

- O que está fazendo?

Para sua infelicidade era Henry.

- Chá, seu irmão está aí e não tinha ninguém para preparar.

- O que William faz aqui?

- Está me cortejando.

- Como? - Perguntou nervoso.

- Oras, as pessoas precisam acreditar que somos um casal apaixonado.

- Esse casamento vai me deixar louco, como que vou disfarçar que te amo quando meu coração falta saltar pela boca quando te vejo? Como vou ver meu filho chamando outro de pai? Não irei conseguir suportar isso...

- Pensasse nisso antes. - Disse William surgindo na cozinha. - E parem de ficar de graçinhas por aí, quem ouviu toda essa balela agora fui eu, mas amanhã pode ser um criado ou Deus nos livre lady Kathy.

O barulho do bule quando a água ferveu chamou atenção de todos.

- Ela será sempre minha! - Disse Henry apontando um dedo para William antes de sair pisando firme.

- Ele eu sei que não tem juízo algum e caso um escândalo aconteça ele não sofrerá nenhum tipo de consequência, mas a senhorita sabe que com você será muito diferente. Era para a esposa dele ter vindo verificar o motivo da demora, mas eu me prontifiquei para vir. Muitas coisas estão em jogo para a senhorita, então pense bem na próxima vez que ficar por aí trocando juras de amor.

- Não troquei juras de amor com ninguém, ele que insiste em ficar me procurando. - Falou enquanto servia o líquido nas xícaras. Ela estendeu a mão para lhe entregar uma, mas ele recusou com a cabeça.

- Demorou demais, meu tempo é curto assim como minha paciência.

E então partiu deixando a mulher bem irritada para traz.

Aos Cuidados de um Duque Where stories live. Discover now