Aos Cuidados de um Duque

Capítulo 19

Kathy ficou furiosa quando soube que Maite havia negado que ela montasse o quarto do seu bebê ali na casa, sua intenção não era partir quando a criança nascesse, mas sim continuar ali.
Ela decidiu ir tirar satisfação com a mulher, quando chegou na porta do quarto viu que a mesma estava meio aberto. Ela a empurrou silenciosamente, a morena não se encontrava no cômodo.
Foi então que ela entrou, e começou a mexer nas coisas da jovem. Ela queria ver se ela possuía jóias ou outras coisas de valor, foi então que notou uma ponta de um saco preto que estava sob o guarda roupa, ela pegou pacote e viu que se tratava das roupas e da faca que ela havia enterrado a alguns dias atrás.

- Miserável... - Murmurou enquanto guardava o saco no mesmo lugar.

Ela saiu novamente e dessa vez em busca de Levy, o encontrou no escritório.

- Cadê a Maite? - Perguntou entrando sem nem bater na porta.

- Isso são modos lady Kathy?

- Desculpa, mas não há tempo para formalidades.

- O que houve? - Questionou preocupado.

- Eu descobri quem matou Henry.

- Quem?

- Me acompanhe.

O homem então começou  a segui-la até chegarem no quarto de Maite, onde a mesma se encontrava agora sentada em sua cama com alguns livros ao redor.

- Que falta de privacidade é essa? Dei permissão para invadirem meu quarto dessa forma? - Perguntou irritada.

- Olhe em cima do guarda roupa, William.

- O que? Pra que? - Questionou a enfermeira nervosa.

- Houve um equívoco, vamos sair Kathy.

Ele já estava virando para sair, mas a mulher pegou o saco e jogou no chão.

- Veja William, olhe só o que eu encontrei.

Perroni arregalou os olhos no mesmo instante, enquanto o Duque olhava dentro do pacote.

- O que significa isso, Maite?

- Isso não é meu, é de Kathy! - Respondeu na defensiva.

- Se fosse dela o que fazia em seu quarto?

- Eu a vi enterrando isso a alguns dias atrás, e fui ver do que se tratava...

- Para de mentir, eu amava meu marido, como pôde destruir nossas vidas assim? - Perguntou Kathy fingindo chorar.

- Sua covarde, ASSUME SEUS ERROS, PILANTRA! - Gritou Maite tentando partir pra cima dela, mas William entrou na frente a segurando.

- Eu me sacrifiquei pela senhorita, me casei para poder te ajudar. Te dei um teto, comida, roupas... Te dei meu sobrenome! E por causa de um amor doentio não superado decidiu jogar tudo no lixo! E pensar que eu estava me apaixonando por você. - Riu nervoso.

- Acredite em mim, William. Por favor, eu jamais seria capaz de tirar a vida de alguém. - Disse em prantos, enquanto caia ajoelhada nos pés do homem.

- Kathy corra até a cidade e chame o delegado, eu ficarei aqui com ela para evitar que escape.

- Tudo bem. - No mesmo instante que ela virou as costas para fazer o que lhe foi pedido um enorme sorriso brotou em seus lábios.

Enquanto a mulher não chegava com a polícia, Maite continuou sentada no chão encolhida no canto, e William sentado na cadeira com um olhar desolado.

- Sei que não importa o que eu diga você não irá acreditar em mim, então só quero te pedir uma coisa. - Disse a morena quebrando o silêncio. Como o homem apenas a encarou sem dizer nada, ela prosseguiu. - Não deixe que me matem antes do meu filho nascer, por favor...

- Jamais permitiria que executassem uma mulher grávida, não sou um ser asqueroso como você! - Respondeu nervoso.

Naquele momento Maite se condenou mentalmente, óbvio que ele não permitiria que matassem Kathy enquanto ela estivesse grávida. Porém, era tarde demais não adiantava chorar pelo leite derramado.
Logo os policiais chegaram e ela saiu algemada da casa, mas antes ela olhou dentro dos olhos de William.

- Não fui eu, juro pela criança que carrego em meu ventre.

O homem apenas desviou o olhar e virou as costas voltando para dentro da mansão.