Capítulo 20

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Já fazia três dias que Maite estava presa, ela passava o tempo todo deitada no fino colchão fedorento e sujo que ali tinha.

- Chegou o almoço. - Disse o carcereiro.

- Não quero. - Respondeu.

- Maite?

Ela rapidamente se sentou ao reconhecer de quem era a voz, era William.

- O que faz aqui?

- Os policias me procuraram, dizendo que não está comendo e nem bebendo. Preciso lembrá-la que está grávida?

- Exatamente, quem está grávida sou eu. Não preciso de palpites seu.

- É uma egoísta mesmo, não pensa no próprio filho.

- Seu desgraçado, eu amo meu filho acima de qualquer coisa! Se hoje estou nessas circunstâncias foi porque não queria que ele tivesse a mesma vida sofrida que eu tive sem a proteção de um pai. Você vai se arrepender William, a mentira nunca fica  encoberta para sempre e uma hora a verdade virá a tona, e aí não vai adiantar chorar porque será tarde demais. Portanto, se veio aqui apenas para me infernizar faça o favor e vá embora que eu já estou sofrendo o suficiente, na verdade sofro desde o dia que tive a infelicidade de conhecer os Levy's.

- Se me quer longe espero que coma essa comida que está aqui, senão amanhã voltarei. Afinal, é também um Levy que carrega no ventre e me preocupo com a sua segurança, mesmo que você seja a mãe.

- Essa criança não lhe pertence.

- Me pertence desde o dia em que aceitou se casar comigo.

- Te odeio, tomara que Kathy te mate também! - Gritou nervosa.

- A assassina já esta presa. E não permitirei que ofenda lady Kathy novamente, ela é uma mulher digna que merece respeito.

- Para o Inferno vocês dois. - Respondeu virando as costas para não deixar que ele visse as lágrimas que escorriam por seu rosto.

E quando ele já havia partido a mulher se deitou na cama e se permitiu chorar mais um pouco, era apenas isso que sabia fazer dia e noite.

Quando William voltou sua cunhada o esperava sentada na sala.

- E aí, como foi?

- Péssimo, ela continua se recusando a comer, e em tão pouco tempo já dá para notar o quanto emagreceu, temo pela vida daquele bebê. Se tivesse descoberto a verdade em outras circunstâncias, com certeza eu saberia lidar melhor, teria esperado a criança nascer e a denunciado só depois. Deveria ter me contado no particular Kathy, e não feito aquela cena toda. - Disse cansado se sentando no sofá.

- Vai colocar a culpa em mim agora?

- Não, estou apenas dizendo que... A deixa para lá, agora já foi.

- Quando irá anular o casamento com ela?

- Não irei.

- O que? Como assim não irá? - Questionou surpresa e nervosa ao mesmo tempo.

- Com a anulação o bebê deixará de ser meu também, e sabe Deus para onde o  enviarão. Vou deixar as coisas como estão, quando... Executarem Maite me tornarei de qualquer modo um homem viúvo e livre novamente.

- Por que se preocupa com aquele bastardo?

- É que... Pera aí, como sabe que ele é um bastardo e não meu filho de verdade? - Questionou desconfiado.

A loira deu uma leve arregalada nos olhos quando percebeu o que havia dito, mas rapidamente tentou contornar a situação

- Eu não sabia, apenas chutei pela forma rápida com que se casaram. Pensei que ela já estava grávida quando isso aconteceu, também pelo fato de claramente a barriga dela estar maior que a minha que supostamente engravidei antes. E lamento que minhas suspeitas estavam certas. - Reapondeu fingindo inocência e William acabou engolindo aquela história.

- É apenas um ser indefeso Kathy, me importo mesmo que não seja meu.

- Admiro você, não é qualquer um que faria isso. - Falou sentando ao lado dele.

A mão dela apertou a do homem, e com isso trocaram alguns olhares, o que bastou para ela se aproximar e o beijar. Porém, como se tivesse caído em si o Duque se afastou.

- Não Kathy, definitivamente não.

- E por que não? Você está livre, eu estou livre. Além disso, estou grávida de um filho do Henry, é super normal os irmãos assumirem a posição de marido de suas cunhadas, quando o outro irmão falece.

- Eu não tenho sorte para o amor, veja com Margareth e agora com Maite. Eu não nasci para isso, o casamento com Perroni foi a última vez que me envolvo sério com alguém.

- E quem disse que precisa ser sério entre nós?

- Você é uma dama.

- Eu não quero ser dama, eu quero ser sua, apenas. - Disse se levantando e se aproximando novamente.

Naquela noite William levou Kathy para seu quarto, e fez sexo com ela. Fora a transa mais fria que já teve em toda sua vida, e só quando terminou se deu conta de que só conseguiu chegar até o fim porque a todo momento imaginava sendo Maite ali. Mas quando o orgasmo atingiu seu corpo, restou apenas culpa por ter se imaginado transando com a assassina do seu irmão e o corpo gelado e rígido de sua cunhada.

Aos Cuidados de um Duque Tahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon