O fim e o começo andam juntos.

Start from the beginning
                                    

- não é possível. – disse Severos enquanto Draco escondia seu rosto no peito do pai. – era uma maldição de sangue, só poderia ser passada para você se você tivesse o sangue amaldiçoado.

- achamos que seu pai tinha sangue Black, essa é a única explicação. – disse Tom.

- então... E-eu vou morrer? – Harry perguntou enquanto sentia o gosto de sangue ficando mais forte em sua boca, seus pulmões pareciam estar cheios de pedras pesadas que impediam de puxar o ar e queimavam a cada tentativa.

- é claro que não, meu amor. Eu nunca permitiria isso. – Tom  segurou o rosto de Harry entre suas mãos, tomando toda a atenção do humano. Pensar no que ele faria a seguir era a única coisa que o impedia de surtar no momento. – Harry, querido, eu vou precisar te transformar antes do previsto.

- oh! Como... não pensei... nisso. – Harry sentiu a esperança florescendo novamente em seu interior. Ele não iria morrer, ele ia continuar aqui pra sempre com seu Tom. – tudo bem, Tom... Estou pronto.

- Severos, leve Nagini para sua cabana, por favor, ela ainda está ferida e não queremos que Harry a ataque sem querer. – Tom  instruiu.

- leve... a-a Edwiges também... – disse Harry em um murmúrio cansado e então sorriu para Snape, um sorriso mínimo. – por favor... não quero machuca-la.

- certo, eu as levarei. – disse com uma leve reverência.

- Harry, nos vemos depois. – Draco disse.

Ele não conseguia deixar de se sentir culpado. No fundo ele ainda achava que eles eram culpados por Harry ter adoecido. E se culpava ainda mais por não ter notado os sinais antes.

- não... Se preo- cupe Dray... Vai ficar... Tudo bem. – Harry se sentia mais cansado a cada minuto.

E vendo como estava mais e mais difícil para o humano respirar os vampiros se adiantaram e saíram rapidamente da mansão, deixando apenas Harry e Tom, e o prisioneiro do qual foi esquecido diante da urgência.

- isso vai doer um pouquinho, tudo bem? – tom perguntou enquanto se sentava no sofá e ajeitava o humano para se sentar em seu colo com o peito virado para o seu peito.

- tudo bem, Tom. Eu confio em você. – Harry falou lentamente com um sorriso cansado.

Seus olhos estavam pesando e todo seu corpo estava ficando dormente. Ele sentia que perderia a consciência logo. Seus olhos se fecharam sem força apenas para se abrirem em seguida pela pontada aguda de dor em seu pescoço.

Suas mãos agarraram frouxamente os vestes de Tom enquanto ele sentia o vampiro sugando, causando uma dor misturada com outras sensações que fazia seu estômago gelar e se contorcer.

Harry não teve muito tempo para explorar essas sensações, pois Tom logo soltou seu pescoço, e com os olhos turvos e molhados por lágrimas que Harry não percebeu, ele viu o maior rasgar seu próprio pulso com as presas salientes.

E quando o vampiro colocou o pulso aberto próximo aos lábios pálidos do humano, foi rapidamente aceito e Harry fez seu melhor para não perder nem uma gota. O gosto era levemente adocicado com o já conhecido gosto de ferro. O sangue descendo por sua garganta parecia fazer carícias em seu interior.

Seus pulmões já não pesavam, seu corpo formigava de uma forma diferente, e ele nem percebeu quando deixou um gemido prazeroso escapar dos lábios manchados de vermelho.

Quando o pulso foi levado para longe, Harry quis protestar, mais qualquer palavra ficou presa em sua garganta quando seu corpo começou a queimar, como sem brasas vivas percorre em suas veias, seu coração pulsando forte como se a qualquer momento fosse parar.

Harry mordeu os lábios se recusando a gritar. Tom observou tudo enquanto fazia carinhos leves nas costas de seu companheiro. E quando o corpo tenso de Harry relaxou, Tom sabia que já havia passado. Agora era só esperar sua noiva despertar.

Tom abraçou carinhosamente o pequeno corpo e sorriu. Seu próprio corpo estava experimentando sensações boas. Depois de beber o sangue de seu companheiro ele pode sentir o poder inundando novamente suas veias e circulando por seu corpo. Uma sensação que a muito tempo ele não sentia.

Era viciante, prazeroso e magnífico. E tudo era graças a seu amado companheiro.

.

.

.

Alastor estava a um passo de rasgar a garganta do Dusley apenas para calar suas reclamações. O lobisomem havia fugido, não tinha mais o que fazer. Ele levou um rapaz na fuga. Uma pena, mas não tinha mais o que fazer quanto a isso também. A essa altura o garoto já está morto, não importa o quanto o pai do garoto choramingue na sua porta, ele nunca mais verá seu filho.

E desde o dia que o lobo fugiu, Dusley não lhe deu um único minuto de paz. Sempre reclamando, mandando e sendo insuportável.

Moody sorriu animado ao pensar que ele não precisaria mais aguentar isso por muito tempo. Durante a manhã, o caçador recebeu uma carta de Dumbledore, o avisando que o velho iria ao seu encontro. Sendo assim, Dusley só tinha uma última utilidade.

- pare de reclamar na minha cabeça, porra. – disse Alastor perdendo a paciência.

- então faça algo de útil. – devolveu com raiva. – traga-me Harry aqui agora.

- eu vou fazer melhor. – Alastor sorriu torto enquanto uma veia pulsava em sua testa diante da vontade louca de arrancar o coração daquele babaca petulante. – eu vou levar você até ele.

- o que? – Duda parou de andar de um lado para o outro ao registrar o que o outro disse. – certo, vou juntar os homens e...

- não. – cortou a falação. – seus homens são uns inúteis bundões. Eles só vão nos atrapalhar, vai ser só eu e você.

- mas e os lobisomem? Como nós dois vamos passar por eles? – questionou sentindo a adrenalina correr.

- apenas faça o que eu disser. – disse sem querer dar mais explicação.  – agora, pegue seu casaco e vamos. Não quero estar lá quando escurecer.

Duda estava tão empolgado quanto uma criança na manha de natal. Ele seguiu o caçador de perto, viu quando o homem tirou do bolso um pequeno pote com uma pasta e passou em seus pulsos e pescoço e depois passou para Duda que fez igual.

Quando entraram na floresta, ela estava calma e silenciosa. Não demorou muito para Alastor notar a mudança, logo mudando sua abordagem também, ele era um caçador muito bom e atento, era fácil para ele se adaptar.

E driblar as aranhas foi mais difícil, porém ele conseguiu com sucesso, e logo estava guiando Duda para o caminho que levaria até a mansão.

O palerma nem suspeitando dos planos do caçador, Alastor se sentia muito contente com seu plano.Ele jogaria Duda em direção a mansão, testaria a proteção dos vampiros da residência, além de avaliar o lugar.

Na carta Dumbledore comentou que havia mandado um de seus bichinhos para pegar o humano, mas depois de dias sem sombra do bicho, Alastor jugou que ele havia sido pego e morto.

E por isso, Duda seria um teste, o caçador precisava saber quanto tempo levaria para o humano ser destroçado depois de entrar na mansão, assim quando o velho filho da puta chegasse, eles teriam um plano. E claro, Alastor se livraria do primo insuportável, ele só se lamentava de não poder ser ele quem mataria o porco Dusley.



Olá abelhinhas.

Feliz Natal 🎉🎉🎉

E até a próxima abelhinhas 🐝🐝🐝

BloodWhere stories live. Discover now