Não a saída.

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Harry estava sentado ao lado da cama do Blasio enquanto ouvia o lobo resmungar de dor e xingar os humanos que o feriram. Draco se mantinha em silêncio perto da porta, seu olhar perdido era um sinal de que ele nem mesmo estava prestando atenção no que o lobisomem dizia.

- é verdade que Victor trouxe um humano com ele? – perguntou depois de muito reclamar.

- sim, ele está lá na casa do alfa, eles estão discutindo a melhor forma de manter o Cedrico seguro e confortável aqui. – disse Harry. – além de estarem discutindo se vão ou não transformá-lo.

- Cedrico? – perguntou franzindo a testa.

- esse é o nome do humano. – disse Harry.

- ah! E esse... Cedrico... estava no ataque? – perguntou estreitando os olhos.

- sim, mas não porque ele queria. – disse ao ver os olhos do lobo escurecerem. – ele não te machucou Blas, ele não machucou ninguém, ele nem queria estar lá.

- você é um de nós agora. Porque está defendendo ele? – perguntou emburrado.

- eu acabei de vir de lá, eu falei com Victor e o Cedrico, eles explicaram o que aconteceu. – disse Harry e acrescentou quando o outro bufou. – Cedrico se colocou na frente da arma do meu primo para salvar o Victor. – disse e viu a surpresa passar nos olhos do amigo ferido. – Duda queria mata-lo assim que ele foi capturado, mas Cedrico entrou na frente e disse para levá-lo vivo, isso deu a Victor a chance de fuga, que o Cedrico ajudou também.

- ta, tá, tá... Já entendi, ele é um bom rapaz, parabéns pra ele. – falou revirando os olhos e cruzando os braços. Draco riu.

- você fica muito ranzinza com dor. – disse o loiro finalmente olhando para os outros dois ocupantes do quarto. Um sorriso torto e debochado se abriu em seus lábios. – será que devo chamar uma certa raposinha para lhe dar uns beijinhos e sarar seus dodóis mais rápido? Isso te deixaria menos resmungão?

- Harry, meu braço está ferido. – começou Blasio com um olhar suplicante. – poderia então, dar um soco nele por mim?

- nem machucado vocês dois param? – Harry riu enquanto Draco mostrava a língua para o lobo acamado.

Harry ficou mais um tempo com o amigo, e quando estava voltando para a mansão, Sirius e Remus apareceram para acompanhá-los.

O caminho foi feito rapidamente, porém com menos pressa do que quando Harry achou que um inocente poderia ser morto.

Eles chegaram na mansão que estava silenciosa. Harry e Draco não haviam ficado muito tempo fora, cerca de umas três a quatro horas.

- Pads, acho que você acaba de perder uma aposta. – falou Remus com um largo sorriso sugestivo para o companheiro ao ver que o lugar estava calmo.

- ele não está aqui, então ele não sabe que o Harry saiu. – disse Sirius se defendendo. – e por isso não podemos considerar que perdi a aposta.

- isso faz sentido. – disse Draco e o sorriso de Sirius aumentou.

- bem, ele ainda pode, ou não, surtar quando souber, depois que eu contar. – Remus deu ombros.

- ai... – disse Harry imitando o jeito dramático de Sirius. – essa apunhalada doeu, Remi.

Eles riram e entraram na mansão brincando uns com os outros até que Draco foi o primeiro a parar, seu nariz farejando o ar e seus olhos ficando vermelhos.

- Draco? – Harry perguntou assustado pela mudança repentina no comportamento do amigo. E então ele viu Sirius e Remus assumirem atitudes semelhantes. – gente? O que foi?

BloodWhere stories live. Discover now