70- Primeiro dia...

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Duas semanas se passaram e o casal voltou a rotina normal de trabalho. Ketlyn e Catherine se dividiram para ficar com o menino dia sim, dia não, sendo que elas mesmas iam até a casa deles o buscar. Vitor sempre ia animado, estava adorando passar um tempo com seus avós, que o mimava de todas as maneiras possíveis, comprando diversas coisas para o neto, até levar ele para os mais diversos restaurantes.

Bright e Win sabiam que seus pais estavam extrapolando um pouco, mas sabiam que era por que estavam muito animados, então resolveram deixar para lá, já que Win realmente matriculou Vitor no mesmo colégio que Theo e Lily. Assim que Ketlyn passou o contato de Elena, mãe das crianças , Win entrou em contato e eles marcaram para se encontrar.

O casal se encantaram com Elena, uma mulher muito simpática , carinhosa que também apoiava a amizade dos três, ela vivia dizendo que Theo falava de Vitor para cima e para baixo e que não era diferente com Lily, os dois já queriam encontrar com o outro o mais rápido possível.
Win abriu um sorriso enorme e começaram a conversar sobre a escola, Elena contou muitos pontos positivos sobre ela e alguns negativos, mas felizmente nada que fosse atrapalhar a educação deles. Depois disso eles foram visitar o colégio, Win queria que Bright fosse junto, era algo que precisavam decidir juntos e realmente dentro de outros colégios que o acastanhado tinha pesquisado, aquela parecia uma excelente opção que vinha junto de dois amigos de Vitor, não levou muito tempo para a matrícula ser realizada.

- Você está a coisa mais linda de uniforme - falou Win chorando.
Vitor riu.
- Papai você está mesmo chorando?
- É claro que eu estou!- falou Win enquanto limpava as lágrimas - é a primeira vez que estamos te levando para escola , é um momento único amor - disse ele puxando o garoto para mais um abraço apertado. Provavelmente o milésimo do dia.
Bright riu com gosto e colocou a mão no ombro do acastanhado.
- Se continuar assim , vai encharcar a roupa dele, querido - falou provocando.
Win suspirou e por fim o soltou.
Vitor sorriu e beijou todo o seu rosto.
- Você é muito fofo papai!
Win sorriu e apertou o nariz dele.
- Você é muito mais, minha vida. Está pronto pro seu primeiro dia de aula?

- Sim! Vou encontrar com o Theo e a Lily.
- Vai sim, vão ser da mesma sala - falou Bright com um sorriso.
- Eu amo essa pulseira que o Theo me deu - suspirou Vitor - ele disse que significa que seremos amigos para sempre! Lily tem uma também mas a dela é rosa e a minha e do Theo é igual.
- Gosta mesmo deles não é meu bem?- perguntou Win, com um sorriso bobo.
- Gosto muito, sinto que realmente gostam de mim. Diferente das crianças do orfanato.
- Deixe esses pensamentos tristes para trás, hum?
Vitor concordou.
- Por falar em orfanato, podemos ir visitar a Jane depois? Estou com saudades. Uma pena que ela não conseguiu ir no meu aniversário.
- Realmente querido. Mas você sabe que ela só não foi por que ficou doente, certo?
Vitor concordou.
- Eu sei. Ela me disse.
- Depois podemos ir lá ver ela, não se preocupe- falou Bright e logo foram para a escola.

- Não esqueça o que eu disse, hum?- falou Win firme para o garoto - se tiver algum problema, é só falar para a professora certo?
Vitor concordou.
- Mas não vou ter. Vou estar com os meus amigos.
Bright se abaixou e o puxou para um abraço.
- Estou morrendo de orgulho de você, meu anjo. Você vai arrasar! Aproveite,,fique com seus amigos, faça novos amigos e no fim do dia vamos vir te buscar, viu?
Vitor retribuiu o abraço dele
- Vou morrer de saudades de vocês papais, mas posso esperar até o final do dia. Prometo que vou me divertir.
- Muito bom, rapazinho - disse Win sorrindo e depositando mais um beijo em sua testa - acho que está na hora de ir , hein?- falou com o coração apertado.

Ele ficava muito mais tranquilo por saber que seu filho estava com seus pais do que agora, em um ambiente novo. Mas Win sabia que era necessário deixar Vitor explorar o mundo, conhecer novas pessoas para o seu próprio bem, e é claro investir na educação. Entretanto, mesmo assim ele ficava com um vazio no peito, preocupado com ele e rezando para que seu menininho se desse bem na escola. Ele mais que ninguém merecia isso, depois de tudo que passou.

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