15- Momentos

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Assim que Win entrou em casa, deu de cara com Bright colocando a camisa.
- Meu dia melhorou 100% agora - disse ele, encostado na parede.
Bright balança a cabeça.
- Você é um idiota - disse Bright terminando de passar as mãos no cabelo molhado.
Win sorriu e antes de falar alguma coisa, um cheiro vem até o seu nariz.
Ele ergue as sobrancelhas questionando o outro.
- Achei que fosse minha vez de preparar o jantar...
- Não se acostume, você teve sorte hoje. Como cheguei primeiro resolvi agilizar, apenas isso.
O sorriso de Win aumenta e ele se aproxima do marido, o abraçando por trás.
- Isso por acaso não tem nada a ver com eu ter dito que adoro sua comida?- sussurrou ele.

- É claro que não. Amanhã você vai cozinhar sem falta, não se preocupe.
Win solta uma risadinha e acarencia o peitoral de Bright por cima da camisa.
- Hum, querido - diz Win suavemente.
- Oi?- respondeu Bright com os olhos fechados e aproveitando os toques do outro.
- Você disse que iria me desestressar hoje... - sussurrou Win passando a mão por baixo da camisa.
Bright engole em seco quando sente a mão macia de Win o explorando.
- Win...
O outro começa a beijar a região do pescoço de seu esposo, aprofundando os beijos até serem chupões, isso sem deixar de alisar cada pedaço de Bright.

Bright se sentia no céu com Win o tocando daquele jeito. Estava quase pedindo para que ele explorasse seu corpo inteiro quando a campainha toca e Win bufa.

Bright da risada e se vira, divertido.
- Parece que não vai ser agora - cantarolou.
Win olha irritado pra ele.
- Você não vai escapar tão fácil, querido.
Bright sorri maliciosamente, se aproxima dele e cochicha em seu ouvido.
- E quem disse que eu quero escapar?
Para provar seu argumento, Bright aperta com as duas mãos as nádegas de Win.
- Você é um puta gostoso, Metawin - conclui ele mordiscando os lóbulos da orelha do esposo.
Em seguida, com um sorriso no rosto vai até a porta e a abre.
- Ketlyn?- diz Bright surpreso.
Win suspira e vai até a porta ver a mãe
- Mãe?
- Oi, queridos - diz ela sorridente.

Ambos deixam ela passar.
- Muito bom te ver também, mãe. Mas algum motivo pra vir visitar? A gente já ia se ver amanhã...
Ketlyn revira os olhos.
- Você é um filho ingrato, Metawin. Já faz tempo que não nos falamos. E bem, precisei verificar se você está vivo né? Se vocês dois não andaram se matando.
- Não se preocupe. As coisas estão decentes, até - disse Win.
- Estou vendo... E que cheiro delicioso é esse?
- Invenção do Bright. Ele é o cozinheiro de casa.
- Nem venha, senhor espertinho. Você se livrou hoje, mas já disse que amanhã quem vai cozinhar é você.
Win ri.
- Viu só? A senhora não tem com que se preocupar. Estou até passando a me alimentar melhor.

Ketlyn olha de um pro outro e balança a cabeça.
- Quando foi que ficaram amigos? Jurava que vocês iam se matar.
- Seu filho quando quer, sabe ser uma boa pessoa - disse Bright, fazendo Ketlyn rir e Win fazer careta pra ele.
- Isso é verdade. Pelo visto eu estava enganada, Metawin.
- Sobre?
Ketlyn sorriu ainda mais.
- Você soube ser esperto - disse ela piscando para ele - bom, agora tenho que ir, estou cansada
Win olha abismado pra mãe.
- Não quer jantar conosco? Está quase pronto - sugeriu Bright.
- Outro dia querido. Algo me diz, que logo surgirá novas oportunidades...
Ketlyn os beija novamente e logo em seguida vai embora, os deixando sozinhos.

- Sua mãe é um amor - disse Bright, depois de fechar a porta.
Win balança a cabeça.
- Ela sabe.
- Do que?
- Da gente. Eu tenho certeza que aquela danada sabe.
Bright riu
- É claro que sabe. Está escrito na sua testa que você é louco por mim...
Win revira os olhos.
- Deixa de ser convencido. Você não tinha que ver ser se a janta tá intacta ainda?- provocou.
- Shiu. De comida eu entendo - rebate Bright.
Win ri.
- Arruma a mesa - disse Bright.
- Sim, mamãe.
O outro revira os olhos.
- Seu abusado. Continue me tratando assim e você não comerá.

- Vai ter coragem de deixar seu amado esposo com fome?
- Sem dúvidas.
- Credo, Bright, não sabia que era tão rancoroso.
- Pois é amor ,eu sou.
Win sorri feito um bobinho.
- Amor é?- provocou.
- Não se ache. Falei na ironia.
Win bufa.
- Sem graça.
- Você está louco pra que eu te chame de amor, não está?- provocou Bright colocando o jantar na mesa.
- Você está pensando demais, querido - rebateu Win.
- Bem, já que você não quer, vou rabiscar esse apelido do meu vocabulário.
Win dá de ombros.
- Fique a vontade, querido.
- Você é mesmo impossível.

- Você que está aí me provocando - resmungou Win, abrindo a panela.
- Macarrão com frango a milanesa. Uau. Parece que alguém estava inspirado.
Bright finge o olhar indignado.
- Já estou me arrependendo. Alguém anda muito mal criado pro meu gosto...
- Tão dramático, Bright.
Um silêncio confortável surge entre eles.
- Nossa - suspirou Win comendo - isso realmente está muito bom.
- Claro. Eu que fiz - rebateu Bright provocando.
Win bufa.
- Céus. Não vou falar mais nada também.
- Aí você não vai ganhar mais jantar também - respondeu Bright.

Win franze o cenho.
- Onde está o Bright amável? Eu quero ele de volta.
Bright riu com gosto e Win sorriu com a gargalhada gostosa que o outro deu.
- Devia tá bom mesmo - disse Bright - você até repetiu.
- Estou tendo um incentivo a mais para me alimentar melhor - respondeu Win.
- Você é tão irresponsável consigo mesmo. Não tem vergonha nessa cara , não? Precisa se cuidar.
- Preocupado comigo, Bright?- cantarolou Win
- Ah, vai catar coquinho, Metawin.
O outro ri.

Um tempo deles, Win termina de lavar a louça e guardar.
- Sabe, você está merecendo uma recompensa - começou Win se aproximando de Bright.
O outro ergue as sobrancelhas.
- Recompensa? Pelo que?
Win mordisca o lóbulo da orelha de Bright.
- Por estar sendo tão atencioso, mesmo quando finge que não está sendo. - sussurrou Win, voltando a passar a mão pelo corpo de seu marido.
Bright se arrepia e Win sorri, vitorioso.
- Venha - disse enquanto puxava um Bright arrepiado.

Casamento ArranjadoWhere stories live. Discover now