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ALEXY
29 de Junho
09:40 a.m

Me olhava no espelho, havia tomado banho estava nua me observando. Quando começaria a crescer? Me perguntava a todo momento.

- África - A voz falou atrás de mim, pelo reflexo vi And entrar - O que acha? - Me olhou e paralisou por segundos ao ver minha mão na barriga.

- Bom - Respondi sorrindo tirando a mão de onde estava.

Voltei ao espelho e And se aproximou me abraçando por trás.

- Logo vai começar a aparecer. - Sussurrou e concordei - Estou ansioso para ver.

- Sério? - Me virei para olha-lo feliz.

- Sim - Sorriu - A ideia me parece boa, eu você e um bebê, nosso bebê.

- E quanto a África? Por quê? - Questionei.

- Longa história. - Beijou minha bochecha.

- Os outros concordam? - Ele assentiu - Então vamos acabar com isso.

AUTORA
28 de Junho
23:18 p.m

Depois de dar os depoimentos os quatro sobreviventes foram levados a um hotel onde ficariam com uma escolta.

A Van que os levava ia devagar, respeitando o limite de velocidade.

Mike se mantinha focado na janela, vendo a garoa fina que caia se espalhar por todo lugar.

O que estariam fazendo agora? Provavelmente dormindo, perguntou e respondeu a si mesmo.

Sua mente puxava acontecimentos marcantes em sua vida, buscando respostas para tudo aquilo até que em meio a confusão algo clareou.

Se lembrou com perfeita exatidão do homem problemático que conheceu, o ser que arrancou selvagemente a orelha de seu pai. Qual era o nome? Se perguntou.

Centenas de nomes lhe vieram na mente até que um se associou com perfeição ao rosto do ex-parceiro, Kevin Lee. Cerrou os punhos e se manteve frio esperando o momento certo para agir.

EVELYN
29 de Junho
00:37 a.m

As ruas eram frias, o clima estava mudando novamente. Anteontem frio, ontem quente e hoje frio novamente.

Suspiro e coloco as mãos no bolso do casaco longo que usava. Estava embaixo da cobertura de um hotel aberto, vendo a chuva cair e molhar minhas botas de couro, a minha frente e a esquerda o hotel se fechava em um retângulo aberto, no meio disso um grande estacionamento de pedras absorvia a água. Os quartos deste hotel eram padronizados e a maioria deles era utilizado por prostitutas, poucos civis sem esse interesse vinham aqui, no final, era um bom lugar para testemunhas se é que iriam vir para cá.

Me escoro na viga de madeira em frente ao vidro da recepção do hotel e continuo observando as gotas se chocarem a madeira da escada e espirrarem em mim.

- Nada ainda? - Questionou meu marido. Neguei e antes que pudesse responder a Van apareceu.

- Acho que ela acertou. - Falei e o olhei - Tirou o bigode. - Falei chocada e ele concordou e sorriu.

- Vamos nos preparar. - Concordei.

Insanos A Insanidade de Amar um Igual Where stories live. Discover now