18. ●

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ALEXY

A água caia sob minha cabeça. Eu inalava o vapor que subia e residia em todo o espaço, minha respiração estava lenta, meu coração calmo mas minha mente, estava tudo menos calma.

Como ela pode estar viva? Como eu vou mata-la? Eu vou mata-la? Como não souberam disso antes? Como ela está? Muito machucada? Queimada? Cortada? Desmembrada?

MEU DEUS! Grito em minha mente.

Apoio a cabeça na parede fria e suspiro, meus músculos tensionam e assim permanecem, até que outro corpo se junta ao meu.

Beijos são espalhados pelo meu pescoço, ombros e nuca. Suspiro. Suas mãos apertam minha cintura e sua cabeça repousa em meu ombro esquerdo.

- Tudo bem? - Pergunta.

Nego.

Ele me vira e beija minha bochecha, para em seguida me abraçar. Retribuo, encostando a cabeça em seu peitoral e finalmente relaxando.

Saímos do banho e fomos para cama, sem nos dar o trabalho de nos vestir deitamos e abraçados dormimos.

00:27 a.m
ANDREW

Batem na porta suavemente e por estar acordado levanto, visto um moletom e saio.

- Demoraram. - Sussurrei andando com eles até a sala.

- Ela não está pronta. - Afirmou meu pai ao nos sentarmos.

- Querido! - Contrariou minha mãe - Todos passamos por isso. Se sua mãe estivesse viva agiria da mesma forma. - O homem revirou os olhos e cruzou os braços relaxando no sofá.

- Ela está conosco a dez anos, deixe-a fazer o que quiser, o jogo é dela dessa vez. - Afirmei - Vamos apenas ajudar nossa pequena pupila.

- De acordo! - Minha mãe olhou para o companheiro.

- Ok. - Levantou as mãos em rendição - Vou ajudá-la - Levantou - E dormir, é tarde. Boa noite. - Saiu.

Ficamos em silêncio até minha mãe falar.

- Vou ter netos? - Me olhou.

- Talvez. - Respondi me deitando.

- Biológicos?

- Adotados, provavelmente. - Concordou.

- Está bem com isso? Ela não é como você - A olhei - Bipolar, agressiva, ansiosa, depressiva, pode de certa forma ser psicótica, pode matar por prazer porém ela não é como nós. Scarlett sente, ama, teme, sofre, chora. Você se importa com ela, assim como seu pai comigo e Kevin com você - Suspirou - Está começando a ama-la - Me sentei atento - Me lembro da primeira vez que seu pai chorou, por minha causa, foi nesse dia que soube que ficaria com ele para sempre, soube que ele me amava e então as dúvidas desapareceram e tudo ficou... Humm... Certo? - Sorriu - Kevin chorou por você quando foi embora por causa de Alana, e, ele chorou novamente quando você voltou. - Se levantou - Boa noite filhote - Beijou minha testa e foi para seu quarto.

Levantei depois de um tempo e voltei para o meu quarto, fiquei a observando dormir e sem perceber peguei no sono.

Insanos A Insanidade de Amar um Igual Where stories live. Discover now