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ALEXY
28 de Junho
18:00 p.m

- Podemos ir ao Caribe e de lá a África. - Falei enquanto trasavamos o itinerário de viagem.

- Quanto tempo ficaremos na África? - Perguntou And.

- No mínimo 5 anos. - Respondeu Benjamim brincando com um bolo de cartas. Ele fazia aqueles movimentos para mim, me ipnotizando com os números lentamente. 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, rei, rainha, louco, espadas, copas, ouro e paus. Ele não via os números, me deixava ve-los - Cresceremos lá, você trabalha com arte, Andrew com a mente, Kevin com tudo - Sorriu - Eu e Evelyn conhecemos algumas pessoas, ficaremos bem lá. - Todos concordaram.

- Como faz isso? Me ensina. - Pedi engatinhando pelo tapete peludo até os pés do homem observando bem suas mãos, seus dedos.

- Direita para cima, esquerda para baixo, os dedos do meio impulsionam a direção, polegar e mínimo seguram o bolo e o dedo que sobra junta e separa as cartas, foi assim que meu pai me ensinou. - Explicou e me entregou.

Me acomodei entre suas pernas e ele me ajudou nos movimentos. Separamos as cartas em dois grupos, giramos o de cima e juntamos ao de baixo, abrimos as cartas e juntamos novamente, separamos agora em quatro giramos o do meio para cima juntamos, abrimos as cartas, embaralhamos e repetimos o processo até eu conseguir sozinha, devagar mais foi.

- Você aprende rápido. - Concordei sorrindo.

- Ok, mas quanto ao plano? - Perguntou Kevin.

- É fácil. - Falei e olhei Benjamim que concordou - Como cubo mágico. - Concordou novamente - Bom, ao plano, vou precisar de vocês dois. - Falei e levantei apontando com as mãos ocupadas para o casal mais velho.

- Por que querida? - Perguntou Evelyn.

- Vocês serão os recepcionistas de um hotel ferrado - Expliquei voltando a sentar no tapete - Os detetives vão ou já devem ter iniciado o interrogatório, de lá as testemunhas vão ser levadas a um local para a proteção delas. Existem uns cinco ou seis lugares e hotéis dentro da região que os policiais consideram "seguros" principalmente pelo horário. - Dei de ombros - Será no Perfect Hotel, aqueles com luzes néon, é um motel mas todos dizem hotel então... Ham, quero os dois na recepção, Kevin você na agência disfarçado como motorista fique atento ao carro que vão pegar e And - O olhei - Eu e você vamos armar uma arapuca para os pássaros fujões. Todos de acordo?

- O plano é seu, você manda. - Disse And. Sorri.

- Bom, vocês decidem onde vamos morar eu vou passear um pouco. - Avisei me levantando, dei um selinho em Andrew e saí com as cartas em mãos e um sorriso satisfeito.

KEVIN
22:30 p.m

Cinco chicletes cem vezes mascados, três cigarros cem por cento tragados, quarenta músicas ouvidas, quatro caça-palavras completos, sendo tudo isso na ordem descrita para finalmente saírem pelo elevador.

Peguei meu celular e enviei um 'OK' para meus pais, segui até a Van e ouvi com detalhes o que diziam para mim e após fui para o banco do motorista começando a dirigir. No caminho tirei o chip do aparelho e o cortei jogando pelo caminho os pedaços, coloquei outro chip e comecei a atualizar.

Uma fina chuva caia, o suficiente para molhar a rua, empoçar em buracos e aumentar o frio já crescente. O silêncio da Van era arrepiante mais ignorei e voltei ao foco. Me olhou no espelho e vi meus olhos castanhos mel, além do óculos horrível e o papo em meu pescoço com a barba por fazer, eu estava horrível. Constatei. Ignorei minha imagem e foquei na estrada praticamente vazia.

BENJAMIN
22:30 p.m

No carro com o ar condicionado ligado observavamos a chuva fria, eu bebia café Evelyn chá. O movimento era inexistente no lugar.

Durante o bom silêncio o celular vibrou e depois de checar Evelyn me olhou.

- Vamos? Acabaram de sair. - Concordei e saímos do carro.

Levantei a gola do casaco e Eve fez o mesmo, juntei minha mão a dela e corremos ela com sua bota de couro e salto fino e eu com meu sapato social de bico quadrado.

No estacionamento pedregoso em frente a janela da recepção Eve torceu o tornozelo e caiu no chão, o recepcionista viu e veio ajudar, entre 25 e 35 anos.

- Obrigado. - Falei já dentro da recepção.

- Vou buscar gelo. - Falou e quando saiu eu o segui. Foi uma morte rápida e sangrenta, deixei o corpo escondido e voltei o caminho parando no banheiro e me limpando, aproveitei para mudar de visual raspando o bigode. Voltei a recepção e organizei checando nos papéis todos os quartos.

Agora só faltava chegarem.

Insanos A Insanidade de Amar um Igual Hikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin