Insanos A Insanidade de Amar um Igual

25. Pega-Pega ●

AUTORA

Pelas câmeras A Família podia ver os participantes do "Jogo" saírem do gira-gira.

Sorrisos estampavam suas faces, suas pupilas dilatadas mostravam o quão exitante eram as cenas que se passavam nas telas a frente deles.

Estavam distantes do local em que o "Jogo" acontecia, mas estavam próximos de outra ação que os aquecia da mesma forma.

No local em que o Jogo acontecia, era possível ouvir gritos de desespero e dor, agonia.

O grupo de pessoas corriam desesperados por todo aquele local. Depois de saírem do brinquedo gigante redondo, atravessaram a passagem que os levou ao cenário de agora, uma caixa de madeira fechada nos quatro lados e teto, as paredes tinham espaços onde se podia colocar as mãos e pés mas apenas se tivesse tempo para isso.

Quinze cachorros de múltiplas raças corriam famintos atrás dos cinco participantes do jogo, ou melhor, agora quatro participantes já que Daniel o homeme com tatuagem de dragão estava morto, estirado no chão com nove cães ao seu redor devorando seus órgãos e pedaços, enquanto isso os outros seis cães latiam, rosnavam e pulavam tentando atacar e se alimentar como a dias não faziam.

- Quanto tempo acha que vão aguentar? - Perguntou Scarlert levantando da cadeira que estava em frente às telas e indo se sentar no colo do amado.

- Relaxe, logo eles se cansam. - Respondeu Evelyn sorrindo enquanto tricotava - Estou com fome querido.

- Eu também. - Disse Kevin concordando com a mãe.

- Tudo bem crianças, vou comprar algo para comermos. - Falou Benjamim.

♡♡♡

- Eu não aguento mais. - Disse Luciana chorando enquanto sentia seus dedos dos pés e mãos dormentes.

- Confie em mim Luciana, tinha uma saída lá e terá aqui também! - Retrucou David - Aguente só mais um pouco.

- Eu não consigo. - Respondeu soluçando.

- Dorothy ajude! - Mandou David e a mulher obedeceu afinal queria muito sair dali e Laura a outra moça começou a se mover também.

Foram minutos tensos para os quatro sobreviventes, o desespero começava a bater com força em todos enquanto do outro lado das câmeras pelas telas A família observava contente e sorridente o desenrolar das vidas alheias.

- Aposto 100 que ela solta. - Disse Scarlett batendo no braço de Kevin animadamente apontando para a tela onde mostrava Luciana.

- Não, 100 que David acha a saída. - Respondeu ele - E... - Falou erguendo o indicador - Luci vai se sacrificar! - A olhou sorrindo.

- ENCONTREI! - Gritou Laura do outro lado das câmeras, ao vivo.

Do lado oposto de onde estava um alçapão no teto se abriu.

- Isso! Muito bem Laura! Luciana vamos. - Chamou a mulher David.

Os cães notando a movimentação levantaram e latiram seguindo os corpos que a cada vez que se moviam desciam  mais próximos do chão.

A dois metros do chão David parou ao quase ter sua perna mordida por um dos cães raivosos e famintos e por sua sorte conseguiu chutar outro que pulou até si.

Todos estavam na mesma parede, suas mãos e pés doíam pela posição que estavam a horas ou minutos, haviam perdido a tempos a noção do tempo.

O alçapão estava no teto próximo da parede a frente a qual estavam, não era muito, talvez 25 ou 30 metros de uma parede a outra.

- Como vamos chegar lá? - Perguntou Dorothy desesperada com os sons dos latidos, rosnados e a dor que se espalhava por seu corpo. A dormência dos membros gerais.

- Eu... Eu vou atrasa-los! - Disse Luciana - Tudo bem, apenas... Apenas corram e não olhem para trás, nunca! - Repetiu o que lhe foi dito ao acordar ali e por mais que desejasse ninguém a impediu.

Pelas telas A família viu a mulher se afastar dos outros enquanto David gritava e de certa forma se agitava atraindo a atenção dos cães.

- AQUI! - Gritou a mulher enquanto chorava depois de pisar no chão.

Os outros ficaram em silêncio e os cães foram até o som, e, quando tiveram a chance correram, ignorando os gritos os soluços e choros, os rosnares, apenas correram até o que achavam ser a saída.