30. ●

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ANDREW

Estava na cozinha com minha mãe, pai e irmão, não conversávamos, não tínhamos assunto até ouvi-la gritar.

- NÃO!

Scarlett pode ser estranha mas nunca fez isso, olhei para os outros confuso e segui o som até nosso quarto com eles atrás de mim.

Na cama o gato de Kevin rosnava enquanto ela se debatia, soluçava e chorava. Um pesadelo.

Me aproximei de si para acorda-la mas pareceu piorar.

- NÃO! EU NÃO ESTOU GRÁVIDA! - Gritou novamente. Olhei para os outros confuso.

- Scarlett acorde! - A chacoalhei em seguida sentindo ela me estapear e arranhar. Raiva. Senti muita raiva - Scarlett!

- Não! - Ela falou mais baixo e soluçou se rendendo - Não... Eu não estou... Não posso estar!

- Scarlett - Chamei novamente a chacoalhando me acomodando em suas pernas a mantendo parada. Apertava de forma desmedida seus braços.

- Não... - Negou soluçando.

- Scarlett! - Chamei novamente.

- Não... - Ela falou mas dessa vez era diferente, medo, receio saia de sua voz, ela se remexeu me empurrando - Andrew para! - A olhei surpreso - And por favor - Quase que implorou - Não estou grávida. - Já chega.

- SCARLETT! - Gritei.

- ANDREW - Gritou desesperada - NÃO!

- SCARLETT! - Ela acordou derrepente, me olhava mas não parecia me ver de fato.

Seus olhos pareciam perdidos, sai de cima de si e ela sentou, minutos depois se levantou quase caiu mas Kevin a ajudou preocupado.

- Você está bem? - Perguntou, minha mãe estava agitada.

Ela negou mais mudou de opinião.

- Estou bem.

Depois disso se trancou no banheiro.

5 horas depois e ela ainda estava lá. Olho no relógio novamente 13:40. Suspiro ansiosos e nervoso. Grávida?

Minha mãe arrastava os móveis do apartamento de um lado para o outro, suas mãos sangrariam logo, meu pai bebia chá e lia o memso jornal desde cedo e meu irmão ouvia as notícias no notebook dele movando sempre os olhos atento a todos nós.

- Já chega! - Disse minha mãe erguendo o corpo do chão. Meu pai fechou o jornal e cruzou as pernas a olhando, meu irmão fechou o notebook e tirou os fones já eu arrumei a postura - Vocês vão se arrumar e sair eu vou conversar com ela. AGORA! - Nos levantamos, arrumamos e saímos.

- Para onde vamos? - Perguntei no banco do carona enquanto saíamos do estacionamento subterrâneo do prédio que temporariamente estávamos morando.

- A ponte. - Respondeu Kevin do banco de trás do carro, meu pai concordou.

- Talvez ela não esteja. - Falei apoiado na mureta de concreto que imperia que caíssemos na água do rio, era limpo pelo menos.

- Ela esta. - Disse meu pai acendendo um charuto - Sua mãe foi da mesma forma. - Soltou a fumaça.

- O que vai fazer? - Perguntou Kevin - Mata-la mesmo?

- Não sei - Suspirei aceitando o charuto, tragando e passando para Kevin, soltei a fumaça - Não sei mesmo.

Insanos A Insanidade de Amar um Igual Where stories live. Discover now