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KEVIN
21 anos atrás

- Quem é o garoto filho? - Perguntou minha mãe enquanto observavamos o jovem pelo vidro do consultório da mamãe.

Horas atrás saímos do manicômio e viemos direto para o hospital onde minha mãe trabalha, consertamos direito a perna do garoto e o escondemos na sala particular da minha mãe. Ela era uma boa médica, da classe muito alta, muito procurada por ricos engomados.

- Franklin alguma coisa. - Respondi vendo o garoto se "arrastar" até os livros na prateleira atrás da mesa da mamãe - Ele prefere Andrew e eu escolhi Lee como sobrenome, ele é da família agora.

- Eu vou decidir isso. - Disse meu pai adentrando a sala, eu e ela fomos depois.

- Gosta de medicina garoto? - Questionou meu pai.

- Psicologia, quero entender minha mente, compreende-la, comecei a estudar no hospital, quero me formar e desvendar o psicológico de pessoas como eu e Kevin, ver até onde a loucura as leva - Sorriu - E também quero enlouquece-las, transformar os que querem me... nos prender em loucos, mostrar que eu não sou perigoso, eu sou previsível mais eles... eles não. Eles são piores que depressivos e psicopatas, usam máscaras para esconder suas monstruosidades, não passam de crianças assustadas que querem brincar com os mais velhos, com as pessoas que seus pais dizem ser erradas. - Ele sorriu de um jeito maníaco com os olhos pretos brilhando - A hesitação que sinto em matar é a mesma que eles sentem ao diminuir ou ignorar alguém, ao demitir ou espancar qualquer um, eu faço isso explicitamente, eles não e isso vergonhoso! - Suspirou.

- Quando tempo para a perna melhorar? - Questionou meu pai.

- 2, 3 semanas talvez. Não quebrou apenas deslocou o osso. - Explicou minha mãe.

- O que vai acontecer comigo? - Perguntou o garoto.

- Ficará conosco - Sorriu minha mãe - Eu sou Evelyn e este é Benjamim, mamãe e papai. - Sorriu esperançosa.

- Hum... - Me olhou - Tudo bem - Sorriu - Estou com fome mãe.

Semanas depois

- Onde vamos? - Perguntou o novo membro da família.

- Assuntos inacabados. - Respondi.

♡♡♡

Quando entrei na casa, não imaginei ter que ser resgatado pelo novo membro da família.

Sinceramente nunca imaginei que aquele garoto magricela fosse forte ao ponto de entreter um ex-militar e seu filho, mas lá estava ele, chutando, batendo, mordendo e sendo saco de pancada.

Eu me sentia sufocar com meu próprio sangue, aquele policialzinho novato havia me esfaqueado dez vezes, eram profundas as feridas.

Ouvi uma pancada e então algo caindo, o frio invadia meu corpo.

- Garoto... - Sussurrei, então senti algo se chocar ao chão próximo a mim, meu rosto foi virado e pude vê-lo sorrir. Retribui.

- Olhe. - Mandou.

O policial estava ali, me olhava enquanto Andrew cravava a faca nele, estômago, peito, rosto. Sorri. Era lindo a dor e agonia em seus olhos.

- Lindo... - Sussurrei apagando em seguida.

Insanos A Insanidade de Amar um Igual Donde viven las historias. Descúbrelo ahora