more than brotherly love

511 33 51
                                    

[ Não revisado, perdão qualquer erro]

A bela moça corria pela fria rua, a própria personificação do demônio a seguia, a mesma figura que a pouco matou seu marido, correndo pelas ruas vazias sabendo que alguma hora acabaria em um beco, por sorte despistou seu perseguidor, mesmo que por pouco tempo, já era alguma coisa, a bela moça carregava uma criança, a qual ela teve de deixar em uma caixa, não podia correr riscos, então deixando a pequena menina para trás a bela moça correu até o fim da rua, péssima ideia, a figura passou reto pela caixa, seguindo a bela dama e lhe dando um trágico fim.

Ao amanhecer os jornais enlouqueceram com a morte da bela mulher, um certo ruivo estava interessado no que acontecia na multidão em volta do corpo, mas um choro atraiu sua atenção, ninguém parecia notar, além dele, ao se aproximar do beco,viu uma caixa de mechendo, assim que a abriu uma linda menininha chorava, Arthur pegou a pequena menina no colo, levou a para casa, Molly cuidava de seu bebê, William. A mulher se espanta ao ver a garotinha.

-O que é isso, Arthur?- Molly tenta não falar alto e acordar o menininho que dormia em seu colo.

-Uma bela garotinha - Arthur tinha se encantado pela garota.

No início Molly não gostou da ideia, mas desenvolveu um amor pela nova integrante da família, mesmo com seus traços diferentes ao resto, amavam ela como se fosse dali, depois veio Carlinhos, Percy, os gêmeos Fred e George, Ron e a pequena Giny. S/n, o nome que Arthur deu com orgulho, tinha boa relação com todos, mas em especial com William ou Bill ,como a família chamava, e seu pai é claro.

S/n era protegidinha de todos , apesar de ser a segunda mais velha, Gui sempre cuidou muito dela,o amor que ele sentia pela sua garotinha era inexplicável, ambos estavam sempre juntos, sempre mesmo, poucas vezes se afastavam. Tudo ocorria as mil maravilhas, S/n e Gui estavam no 7 ano, em breve se formariam.

-Meu bebê já tá tão grande,ontem era tão pequenininha, agora já está uma linda moça - Arthur chorava para a filha tão amada.

-Obrigada papai- a menina abraçou forte o pai.

-Tchau minha querida - era vez de Molly de se despedir.

-Tchau mamã- S/n sempre soube que foi encontrada, mas isso não a empediu de amar e chamar as pessoas que cuidaram dela de mãe e pai, podiam não ser de sangue, mas eram de consideração.

Os irmãos entraram no trem, apenas dois ruivinhos ficaram para trás , os que ainda não tinham idade para entrar na escola.

O ano passou consideravelmente rápido, nessas férias os dois mais velhos não iriam viajar com o resto da família, iriam visitar os amigos, já que não os veriam ano que vem. Gui andava estranho, mas como ele não tinha dito nada, S/n esperou que ele viesse falar com ela, o que não aconteceu, até o dia que a garota resolveu perguntar o que estava errado.

S/n lia na sala, passava das 20 horas, quando a porta foi aberta abruptamente pelo irmão, raiva e tristeza transpareciam em seu rosto.

-Bill?- S/n nunca viu o irmão de tal forma, ele sempre foi tão doce.

-Não enche S/n- definitivamente ele não estava bem.

-O que aconteceu?- S/n insistiu, eles sempre contaram tudo um para o outro, eram melhores amigos.

-Nada... além disso, por que eu te contaria?- o garoto subiu as escadas.

-Porque eu sou sua irmã!- a garota subiu atrás do ruivo, preocupada.

-Você não é minha irmã, foi jogada fora e meu pais tiveram pena de você, mas você não é minha irmã, nem perto de ser, é só um peso nas despesas, sem você seria mais fácil- o ruivo gritou as palavras indo para o seu quarto com raiva.

S/n sentiu o coração falhar, um peso...era isso que ela foi durante todo esse tempo? Lágrimas escorriam pelo rosto da garota, ela não queria ser um peso, com apenas sua varinha,a garota saiu da casa, andando sem rumo, quais seriam seus próximos passos ? Nem ela sabia, ela só não podia voltar, algo se meche atrás dela, melhor alguém.

-Não quero conversar Bill!- as lágrimas ainda pintavam seu rosto, ela nunca quis atrapalhar tanto assim a vida daqueles que salvaram ela.

-Fico feliz em lhe informar que não sou esse que você chama - uma voz sombria, que causa arrepios responde.

Ao se virar, S/n sente angústia, medo, algo está muito errado, esse ser em sua frente encapuzado, era como uma lembrança, uma péssima lembrança.

-Te procurei por tanto tempo- a voz avançou - finalmente te achei- sua varinha levantou em sua direção.

-O que?- S/n estava tão confusa, mas pega sua varinha, recebendo um expelliarmos, fazendo sua varinha voar longe.

Sem opção S/n começa a correr de volta para casa, feitiços são lançados o tempo todo até que...

Um berro de sua amada irmã chamou atenção do ruivo, Bill cultivava um sentimento pela irmã, por mais que ela não fosse sua irmã de verdade, ainda parecia errado, isso o estressou muito , por que ficar as férias sozinho com ela, estava o enlouquecendo, ele querendo fazer loucuras com a beijar passavam todo momento em sua mente, ele não podia, porém cada dia mais se tornava difícil não fazer.

Bill voou pelas escadas, logo reconheceu que o grito vinha de fora, sua varinha em sua mão, junto de suor, estava tenso, com medo do que encontraria atrás da porta, devagar girou a maçaneta, a porta deslizou dando imagem da criatura encapuzada indo para a escura floresta, sua risada foi o último vestígio que estave ali, mais perto, ao poucos metros da porta, a garota se contorcia, raios verdes em seu torno, mais grito, aqueles raios a torturavam, seu corpo se machucava e implorava que parasse, mesmo que significasse o fim. Lágrimas escorriam, berros de dor saiam, o ruivo correu até a tão amada irmã, ajoelhou ao seu lado, pegou seu corpo fraco e dolorido, ainda não tinha acabado, mais gritos de dor, o ruivo com lágrimas nos olhos acariciava os cabelos da amada, enquanto a mesma se debatia com a dor de ser rasgada em cada centímetro de sua pele,  cortes se abriam a todo momento, mas nenhum sangue escorria, apenas a dor dos cortes existia, baixinho sussurrava o dono daqueles lindos cabelos.

-Shhh...vai passar- a cabeça encostada na de sua amada, lágrimas caiam de seu rosto para o dela- já já, vai ficar tudo bem, nós vamos entrar, comer alguma coisa, assistir  e eu nunca mais vou sair do seu lado, tá bom? Só mais um pouquinho, você vai ficar bem- ele sussurava tentando acalmar sua amada, mais um grito.

A menina cansada, desnorteada, doída, sentia sua vida se esvair, sentia a escuridão a tomando, sentia por deixar seu irmão, por quem foi apaixonada por tantos anos, sentia por seus pais, pelos seus demais irmãos, mas ela não aguentava mais, aquela dor, aquela tortura, ela sentia em deixá-los, porém sentia mais se ficasse, lentamente seus olhos se fecharam, ela estava em paz, com um nó na garganta por nunca ter confessado seu amor, entretanto finalmente a dor acabou...

-Não! Não, não, não!- o garoto desesperado grita- Por favor!- o ruivo abraça o corpo inteiro da garota- me perdoa! Me desculpa- o garoto implorava como se ainda pudesse ser ouvido- eu te amo tanto, queria ter feito tantas coisas e a última coisa que fiz foi te mágoar, me perdoe- deixando o primeiro e último selinho em seus brancos lábios, o garoto se despediu.

Isso não o fez afastar ou soltar a menina, não, ele chorou a noite toda, berrou até não ter mais voz, se amaldiçoou  até cair em loucura e por fim beijou a testa da amada que ele jurou proteger e cuidar.

Votem e comente

Pedidos

Um bem triste para você, anjo, SumOconnor

Bill Weasley - Imagines Where stories live. Discover now