Beautiful Love • Jikook •

15.1 - Um natal inesquecível

— Fiquei imaginando quando ele me deixar chupar outras coisas.

— TAE! — Enchi a mão de água e joguei dele. — Seu sa-fa-do!

Meu celular vibrou e vi que era o Jimin me mandando mensagem.

Amor da tua vida
┃Estou te esperando em frente ao restaurante ^^

┃tou indoooooo!!!

— Preciso ir agora. Como estou?

— Gato como sempre. Jimin vai querer gastar uma camisinha contigo.

— PARA GAROTO!

— Tô brincando. Ou não! Feliz Natal, coelho.

— Feliz Natal, tigrezinho. E larga de ser indecente. Ah! E mande mensagem pro Hoseok desejando feliz Natal e dizendo que está com saudade dele.

— Você acha mesmo que vou mandar algo assim?

— Acho. Tchau!

Saí do banheiro, me despedi rapidamente dos meus pais e fiquei feliz em ver que as coisas estavam indo bem. Caminhei até o restaurante onde havíamos combinado de nos encontrar. Eu não queria que meus pais vissem que meu encontro era com o Jimin e não com uma namoradinha da escola.

Assim que o vi, abri um sorriso gigante e ele fez o mesmo. Nos abraçamos por um tempo e, dentro do abraço, envolvidos pelos nossos casacos enormes, nos beijamos brevemente.

— Estava com saudade — falei.

— Eu também estava.

Saímos do abraço. Vimos vários casais transitando pelas ruas cheias, de mãos dadas, e doeu no meu coração saber que nós não podíamos fazer o mesmo.

Caminhamos lado a lado e contei sobre o Taehyung estar apaixonado pelo Hoseok.

— E você acha que eles vão namorar? — perguntou Jimin, curioso. Ele sabia um pouco sobre o lance dos dois.

— Uhum. Não sei muito da história deles, a de antes de eu chegar no grupo, mas vejo que eles se gostam muito e são atraídos um pelo outro.

— Isso é verdade. Espero que eles se permitam sentir.

— Assim como você?

— É... assim como eu — respondeu Jimin sorrindo.

Passamos o trajeto inteiro vendo os parques e as praças iluminados, ruas lotadas, casais, grupos de amigos e muitos turistas. Tiramos foto na árvore da prefeitura, fomos até o shopping, onde aproveitamos para comprar presentes para nossos amigos e, é claro, um presente para ele. Ele também comprou um para mim, mas claro que não sabíamos o que o outro tinha comprado.

Escolhemos uma cafeteria um pouco mais tranquila, com toda a decoração clássica daquele dia do ano, repleta de luzes e estrelas, perfeita para estar em um momento a dois. Pedimos chocolate quente e dois pedaço de bolo para acompanhar.

— Hora do presente! — anunciei.

Segurei meu presente com as duas mãos e entreguei.

Jimin agradeceu e, enquanto abria o embrulho, seus lábios formavam um bico tão fofo que tive que me segurar para não o encher de beijos ali mesmo.

— Whoa! Uma caneca! — ele falou, admirado.

— Tem escrito "Medicina". É para que você não esqueça dos seus sonhos.

— Que fofa. Vou tomar meu café todo dia nela. Obrigado, Jun — ele agradece, animado. — Agora o meu.

Ele pegou um embrulho retangular e me entregou. Abri com cuidado para não danificar muito o papel de presente, ele havia escolhido uma estampa de coelhinho e foi tão fofo que eu quis guardar.

Ao retirar o embrulho, vi um caderno todo lindo.

— É um diário. Você me disse que gostava, então escolhi um para que você possa escrever ainda mais sobre nós.

— Sobre nós?

— Uhum. Sobre nós.

Meus olhos se encheram de água e o puxei para um abraço apertado, segurando o choro.

— Feliz Natal, meu Jimin.

— Feliz Natal, meu Jungkook.

Ele deitou a cabeça no meu ombro e ficamos vendo a neve cair pela janela enquanto tomávamos nossos chocolates quentes.

— Sabia que se você declarar o seu amor durante a primeira neve do ano, vocês ficam juntos para sempre? — falei ao encostar minha cabeça junto à dele.

— Você acredita nisso?

— Acredito que não é a neve que fará as pessoas ficarem juntas para sempre, mas sim as suas vontades. Existem lugares que não nevam!

— Sorte a nossa que temos. É muito bonito.

— Muito bonito — respondi, olhando para ele e deixando um beijinho na sua testa.

Permanecemos calados, apenas vendo a neve cair. Jimin entrelaçou seus dedos aos meus e seu polegar fez um carinho no meu.

— Vou levar você comigo na viagem — ele disse.

— Vai? Como?

Ele segurou minha mão e a levou até sua cabeça e ao peito, no lado que fica o coração.

— Aqui e aqui.

— Não vai me esquecer nesses dois meses longe?

— É claro que não vou! A gente não esquece tão fácil assim de quem a gente gosta.

— Você realmente gosta de mim? — perguntei, inseguro.

— Mais.

— Mais?

— Eu sou... Jun... eu estou apaixonado por você — ele disse se virando para mim.

Paralisei e pude sentir como se tudo ao meu redor tivesse parado junto.

Nem todas as luzes da cidade nem todos os lugares mais belos existentes na face da Terra conseguiriam me encantar mais do que as palavras que saíram da boca dele.

Comecei a chorar de felicidade e ele me abraçou, deixando vários beijinhos pelo meu rosto. Não conseguia dizer nada, ele já sabia de tudo, e já havia se dado conta de que ele era a razão da minha felicidade.

[Continua...]

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