Decisão

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Falar com Levy havia esclarecido muitas coisas na mente de Lucy, mesmo que ela gostasse de estar junto de Natsu aquele não era o jeito certo. Eles estão apenas machucando aqueles que os amam. Eles tinham que voltar. Quando ela esclareceu isso para Natsu a realidade pareceu atingi-lo como um trem, mas o que ela pretendia fazer iria magoa-lo mais ainda por isso não teve coragem de contar a ele, na verdade ela havia chegado a decisão sozinha não havia contado nem para Levy.

Quando eles voltaram para casa eles notaram como fugir havia sido uma péssima ideia. Todos estavam preocupados que houvesse acontecido a eles e enfrentaram noites mal dormidas e preocupações sem fim, além da busca pelos dois. Não atoa que levaram carão de todos os que conheciam, inclusive de Levy que já havia tido contado com a loira. Porém Lucy precisava fazer algo ainda, precisava resolver toda essa situação com o causador e razão principal da fuga: seu pai.

Ela precisou de alguns dias para se preparar para isso, mas estava decidida havia pensado numa solução e contava que seu pai aceitasse. Quando saiu de seu quarto em direção ao escritório de do pais seu coração estava a mil, cada passo parecia querer grudá-la no chão w o corredor parecia longe demais, mas ela precisava, se não iria viver em conflito com seu pai e era tudo que ela não queria ele era a única família que ainda lhe restava, e ele a amava, pelo menod era o que ela acreditava, que ela queria acreditar. Quando bateu a porta do escritório sentiu o coração vacilar, a decisão que tomou não só cortaria o coração de seus amigos e de Natsu, mas cortaria seu coração.

- Entre — ela ouviu do outro lado da porta.

- Pai precisamos conversar...

Natsu estava deprimido. Se alguém lhe dissesse antes que uma garota que ele conviveu apenas poucos meses ia fazer tanta falta ele não iria ter acreditado, mas era a realidade que ele estava vivendo, tinha uma semana que Lucy havia ido embora para outro país.

UMA SEMANA ATRÁS

Natsu e Lucy estavam relaxando no seu canto especial e parecia que tudo seria assim para sempre, mas tinha alguns dias que ele percebeu certa inquietude na namorada, ainda não tinha falado nada, pois esperava que ela mesma se abrisse para ele, estava ficando impaciente, mas respeitou o tempo de Lucy.

- Natsu, tem uma coisa que eu preciso te contar.

- O que é? — encorajou o rosado.

- Acho que você vai ficar chateado e mesmo que você me odeie quero que entenda que é para o nosso bem.

O coração de Natsu pesou com aquela afirmação, mas não a interrompeu.

- Quando fugimos eu tive tempo de pensar em muitas coisas em nós, nos meus pais, nossos amigos, essa escola. E eu amo tudo isso de verdade, não quero perder nada disso, e isso inclui meu pai, ele pode não ter me tratado tão bem assim desde que minha mãe morreu — Lucy não olhava para Natsu — e eu vim para essa escola para pelo menos encontrar um fragmento dos meus pais, um fragmento do amor deles, mas não encontrei.

Natsu engoliu em seco.

- Encontrei meu próprio amor — Lucy finalmente olhou para ele seus olhos brilhavam e olhando agora Natsu pensou que eram lágrimas — mas acho que vou ter que desistir dele.

O rosado sentiu o coração no pé, ela estava terminando com ele mas...

- Por quê? — ele disse a voz o traindo e os olhos marejados.

- Natsu, eu te amo mais do que tudo no mundo e eu não posso desistir de você — a loira falou rápido em uma única respiração ela precisava mostrar o ponto dela — eu vou te pedir algo muito egoísta e se você não quiser aceitar tudo bem.

A respiração de Natsu acelerou em antecipação.

- Quando voltamos eu conversei com meu pai. Sobre tudo e consegui convencê-lo para continuar em um relacionamento com você, mas eu sabia que ele não iria aceitar sem um preço. Ele é um homem de negócio e sempre quer algo que o favoreça. O problema é o preço...

- Q-qual...? — Natsu gaguejou sem conseguir fazer uma frase completa.

- Eu vou ter sair dessa escola.

- Ah... — Natsu sentiu certo alívio se ela apenas iria trocar de escola eles poderiam achar algum jeito de se encontrar.

- Vou estudar em.outro país.

Seu coração foi ao chão com o que ela disse.

- Esse é meu pedido egoísta Natsu, você... — Lucy não terminou a frase, mas ele havia entendido ela queria que ele a esperasse.

- Quanto tempo?

- Até eu me formar.

Eles estavam no segundo ano então um ano e meio. Ele conseguia esperar um ano.

- Mas ele realmente prometeu que não interromperia depois disso?

- Sim. Ele é um homem de palavra apesar de tudo.

Natsu ficou pensativo, a resposta era óbvia ele a amava, mais do que qualquer outra garota que ela já amou e se existissem almas gêmeas Lucy tinha que ser a dele. Ele esperaria um ano esperaria até mais tempo se precisasse, mas a decisão ainda era dolorosa.

- Vamos fazer uma promessa — disse Natsu surpreendendo Lucy — daqui 1 ano e meio vamos nos encontrar aqui, assim se por algum motivo perdermos contato temos isso como garantia.

- Sim — Lucy estendeu o mindinho, mas se arrependeu pensado que talvez fosse meio infantil fazer uma promessa de mindinho para algo tão importante, mas ainda assim sentiu o rosado entrelaçar o dedo no dela — até daqui um ano.

- Vamos aproveitar nossos últimos tempos juntos.

- Natsu desculpa, mas eu vou embora amanhã, não tive coragem de falar antes.

O rosado sentiu um buraco abrir sob os seus pés, mas tentou não demonstrar.

- Então vamos aproveitar nosso último dia juntos.

- Sim, me perdoa de verdade não ter dito antes, era muito difícil.

- Eu sei.

No final daquele dia eles se despediram apenas com a promessa de se reencontrar dali exatamente um ano e meio.

DIAS ATUAIS

Mas era muito mais fácil falar do que viver aquilo. A saudades da loira o consumiam, ele mal tinha disposição de fazer algo. Ele pensou que nunca odiaria Lucy, mas por alguns dias ele a odiou, odiou por ela não ter contado antes, mesmo imaginando como aquilo era difícil para ela, odiou por ela ter tomado a decisão sem ele e odiou por ela ter ido realmente embora, mas seu ódio logo se transformou em tristeza, ele a amava e sentia sua falta, mas precisava enfrentar aquilo por ela, ele sabia que ela provavelmente estava passando pelo mesmo, não adiantaria se afogar num poço de autopiedade.

Com o tempo ele aprendeu a conviver com a saudade, ela estava sempre ali, mas ele aprendeu a ignora-la, ela sempre voltava quando eles conversavam por mensagens ou por vídeo-chamadas, mas na maior parte do tempo ele convivia com ela.

Continua...

My dumb troublemaker, my weird nerdΌπου ζουν οι ιστορίες. Ανακάλυψε τώρα