Da Cor Do Sangue

13✔

Com as fofocas sobre a briga rolando no Instagram de fofocas da escola, acabei por descobrir que o motivo de terem derramado suco na minha cabeça foi Levi. Aquela garota e as suas amigas fazem parte do fã clube de Levi que armou isso para mim, tudo por causa de um boato de que estávamos juntos. O que eu não sei dizer se é mentira ou verdade, só saberei quando confessar meus sentimentos para ele e talvez ser correspondida. 

Não é coragem que me falta, mas uma oportunidade já que Levi está sumido. Pensando melhor, ele pode estar na Blood Kiss como da outra vez. Seria uma oportunidade perfeita!

...

— Cá estamos nós! — Respiro fundo, sentindo meu peito estufar dentro do vestido colado de cetim preto. 

Por fim, consegui entrar despercebida na badalada Blood Kiss para ir atrás do meu amor, ainda não sabemos se correspondido. Foi uma grande decisão para eu ter chegado até aqui, avaliando os prós e os contras detalhadamente, por isso não posso dar para trás agora. Sem contar que eu saí escondida de casa por estar de castigo. Talvez sintam minha falta no jantar, mas acho isso muito difícil de acontecer. Sigo para o bar me espreitando entre a multidão de pessoas.

— Boa noite, o que a senhorita deseja? — O barman me recepciona.

— Uma água com gelo e limão, por favor.

Beber álcool me daria uma certa quantidade a mais de coragem para fazer o que pretendo, mas quero lembrar do ocorrido depois. Além disso, eu sou menor, então sem chance para mim comprar bebida aqui.

— Aqui está, tenha uma boa noite! — Ele me entrega o copo com o que pedi.

— Obrigada! — Agradeço e vou à procura do tal ser vampírico que vim caçar.

Pensamentos vêm e vão e nada desse garoto aparecer. Nesse tempo, até pensei em inúmeras maneiras de dizer-lhe o que eu sinto, mas sei que na hora vou acabar travando ou esquecendo, então decidi simplesmente improvisar e falar o que meu coração mandar.

Já bebi cinco copos de água e estou prestes a fazer xixi na roupa, mas não vou desistir agora. Enfim, avisto o indivíduo saindo de uma ala VIP, com três botões da camisa social preta abertos, uma calça jeans preta que valoriza sua musculatura e cabelos desarrumados. É agora ou nunca! Levanto-me e quase corro até ele, tanto que tropeço e caio em seus braços. 

— Manson? — Sua voz rouca me dá arrepios na espinha. Como eu estava com saudade dela! 

Fico em compostura novamente e o encaro, levantando um pouco a cabeça para poder ver seu sorriso de príncipe encantado. 

— Oi — digo tranquilamente, mas com o coração quase saindo pela boca.

— Está sozinha?

— Sim.

— Vem comigo — Ele agarra meu pulso e nos direciona para a ala VIP. 

Entramos por uma porta que dá para um quarto luxuoso, pintado de vermelho do chão ao teto, com uma cama da mesma cor e pouca iluminação.

— Por que me trouxe aqui? — pergunto. 

Levi não responde, apenas se aproxima lentamente e agarra minha nuca com as mãos, encostando sua testa na minha.

— Preciso de você — sussurra.

Seus lábios sugam os meus enquanto ele me conduz até a cama. A excitação por saber o que vamos fazer quase me faz esquecer do meu propósito.

— Levi… — Mordo meu lábio inferior quando ele me joga na cama. — Levi, espera…

— Quietinha, Manson.

Suas mãos alcançam minha calcinha e a deslizam pelas minhas pernas, me deixando nua embaixo. Ele abre minhas pernas conforme se aproxima e sinto sua respiração em meu íntimo, que estremece ao toque de sua língua molhada. 

— Levi... — Gemo seu nome. 

Meus sons se intensificam ao senti-lo sugando meu clitóris e entrando com sua língua. Logo me esqueço por completo o que vim fazer para desfrutar de suas carícias. Seus movimentos constantes me fazem enlouquecer cada vez mais, e eu pressiono meu quadril contra sua boca quando o clímax chega. Por último, como um ato carinhoso, ele deposita um beijo na região, e depois se levanta desabotoando a calça. Mas tomada pelas emoções de estar sendo desejada, digo sem pensar:

— Eu te amo — Meu corpo gela.

O que eu acabei de fazer?! Levi para seus movimentos como se virasse uma estátua. Posso sentir sua surpresa de onde estou, e toda sua energia conflitante deixa o ambiente tenso, me fazendo levantar e ir até ele.

— Levi, eu… — Seus olhos vazios me fazem parar com a explicação sobre meus sentimentos.

Tento tocá-lo para reanimá-lo, mas o mesmo se afasta, como se eu fosse a coisa mais nojenta do mundo. Meu coração se aperta com suas ações que me repelem, me fazendo arrepender de ter contado a ele o que eu sentia. Seu olhar aterrorizado é a última coisa que vejo antes dele sair pela porta, fugindo de mim e dos meus sentimentos.

Inconformada, eu ainda visto minha calcinha e vou atrás dele para completar a humilhação. Mas ele foi mais rápido. Quando voltei para a pista, Levi já havia desaparecido de novo, e meu coração doeu sentindo que a solidão voltaria a ser minha única companhia.