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Na segunda, depois das aulas, espero ansiosamente Levi sair pelas portas de entrada da escola

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Na segunda, depois das aulas, espero ansiosamente Levi sair pelas portas de entrada da escola. Tenho tantas perguntas, tantas dúvidas de como funciona esse novo mundo que adentrei. A maioria se trata do misterioso anel de pedra vermelha que ele carrega. 

Por sorte ele veio hoje, pois o avistei na cantina. Espero que ele me dê respostas! Finalmente ele aparece, com sua tradicional calça preta e jaqueta de couro que o dão um ar de bad boy, o que realmente é.

— Levi! — chamo-o. 

O mesmo olha para mim e deixa seus dentes brancos à mostra. Admito que, sorrindo, se torna mais atraente ainda.

— Manson! — Se aproxima de mim, abrindo caminho entre o tufão de pessoas que estão saindo. 

Lembro-me agora, vendo-o, de sua diversão naquela noite na Blood Kiss. Daquelas duas mulheres ao seu lado, querendo mais do que um simples contato. E ele não parecia se incomodar nem um pouco. Um sentimento estranho se apossa do meu corpo. Sinto arrepios na nuca ao me imaginar no lugar delas, insinuando milhões de coisas em seu ouvido. Não! Me privo da imaginação quando percebo que estou extrapolando os limites da nossa relação. Coloco-me no meu respectivo lugar, sou apenas uma presa que ele tem entre seus dentes. Nada mais.

— Gostou da sua recompensa? — pergunta, com um sorriso meia boca no rosto.

— Sim, você acertou na escolha — Sorrio.

— Apesar de não sentir o gosto das coisas, eu sempre faço boas escolhas.

— E você gosta de… beber sangue?

— Eu odeio beber o sangue das pessoas, mas é a única coisa que me sacia.

— Isso é triste. — Fazemos silêncio. — Jade Koch me ameaçou hoje.

— Ameaçou?! Por quê?

De repente sinto um incômodo, como se alguém estivesse nos observando, e realmente, é Jade quem nos observa de longe. Com braços cruzados e uma feição raivosa, ela sequer está prestando atenção no que suas amigas estão falando.

— Vem comigo — digo, puxando Levi para um local mais escondido.

— O que está querendo fazer, Manson? — Ergue uma sobrancelha, insinuando coisas.

— Perguntas, Levi, quero fazer muitas perguntas — Ele faz cara de decepção.

— Falando em perguntas, você ainda não me respondeu. Por que Jade te ameaçou?

— Por que ela acha que estou roubando você dela.

— E não está? Tenho passado mais tempo com você do que com qualquer outra pessoa.

— Isso é verdade, mas não foi porque eu quis.

— Nossa… eu sou o vampiro aqui, mas você quem parece estar sem sentimentos — Reviro os olhos. — Mas não se preocupe, caçadores têm que seguir um protocolo onde uma das regras é justamente não ferir humanos, então ela não fará nada com você.

— Vou confiar em você. Agora, me fale, qual era a relação de vocês?

— Tínhamos interesses mútuos. Nós dois queríamos um pouco de diversão, e o sexo entre um vampiro e uma caçadora parecia bem divertido.

— Mas por que ela estava com seu anel?

— Beber o sangue de um caçador é muito satisfatório, então, em troca disso, eu dei meu anel à ela como um voto de confiança que eu só beberia do sangue dela.

— Esse anel é tão importante para ser dado como voto de confiança?

— Existem bolsas de sangue humanas que, resumidamente, são pessoas que veneram vampiros e de forma voluntária doam seu sangue à nós em lugares próprios para isso, a Blood Kiss é um desses lugares. Porém, só podemos beber uma certa quantidade diariamente, mas esse anel me dá autoridade o bastante para beber a quantidade que eu quiser.

Me lembro da noite na Blood Kiss quando aquele homem vampiro me atacou, e depois da sua reação de medo quando viu Levi, provavelmente porque ele também  deve ter visto o anel e sabia o poder que ele representava.

— Isso explica por que eu acabei me encontrando com aquele assediador vampiro na Blood Kiss.

— Ele te feriu? — Seu tom preocupado junto com sua mão gelada na minha bochecha me pega de surpresa.

— Estou bem, minha meia-irmã que se feriu quando quebrou o copo na cabeça dele — Ele ri.

— Ela foi incrível! — Rimos.

Da Cor Do SangueWhere stories live. Discover now