❦𝕮𝖆𝖕𝖎́𝖙𝖚𝖑𝖔 𝕭𝖔̂𝖓𝖚𝖘: 𝖁𝖔𝖑𝖙𝖊𝖗𝖗𝖆 𝟏𝟑𝟗𝟖 𝖆.𝖈.

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Volterra, ItáliaAgosto de 2017

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Volterra, Itália
Agosto de 2017

   
     SE VOLTERRA costumava impressionar por suas construções antigas datando do século quinze, durante o festival tudo se intensificava.

     As fantasias quase realistas de camponeses, as músicas tocadas em instrumentos de corda, as feiras com queijo artesanal ao ar livre. Emilly não sabia para onde olhar primeiro.

— Vai se perder se continuar desse jeito.

     O alerta de Caius a fez parar e olhar para trás, apontando para tudo com um enorme sorriso enfeitando o rosto.

— Olhe para isso! — disse, sua voz visivelmente carregada de encanto — Esse festival acontece todos os anos e vocês nunca aproveitam.

— Depois de ver tantas vezes, acaba se tornando monótono. — ele deu de ombros, segurando o capuz do manto negro, se certificando de que não estivesse chamando a atenção — E a idade média não era tão feliz assim.

— Claro, claro. — ela balançou a mão enluvada — Tudo porque você viu Estêvão e os apóstolos nascerem de tão velho que é.

— Foram homens que marcaram época, apesar das formas horríveis como morreram. — o loiro comentou, olhando para os lados de soslaio, segurando a mão de Emilly e a puxando para um dos becos próximos — Se ficar no caminho, deixarei que seja atropelada.

     Emilly riu alto com o comentário, sabendo que não era verdadeiro.

—  Que amor. — disse ainda em risos — Você não faria isso, não comigo.

— Não duvide do que sou capaz de fazer, mulher. — ele alertou, mas ela pôde ver o fantasma de um sorriso brincar em seu rosto — Não é porque estou ligado a você que sou submisso.

— Claro que não é. — a Richards ironizou — Se lembra da noite anterior? Tenho você na palma da minha mão.

— Você pensa que me tem na palma de sua mão. — o loiro rebateu em um tom de voz encabulado — Mas sou eu quem tem as rédeas por aqui.

— Continua dizendo isso para si mesmo, mas ainda é cadelinho — Emilly ri.

     Caius negou com um manear de cabeça, mas não tentou rebater o que ela dissera. Apenas perderiam tempo, ele aprendera em um ano de convivência.

     Emilly era uma recém-criada difícil de se lidar, mas aos poucos soube dar ouvidos ao que Caius dizia — apesar de ter demorado meses para entender que não podia simplesmente negligenciar as leis e fazer qualquer coisa dentro da comuna italiana.

     Outra coisa que mudara ao longo daqueles doze meses fora seu laço. Os compagnos eram pouco conhecidos, e menos ainda sabia-se sobre tal relação sobrenatural. A teoria de Marcus, no entanto, estava correta; eles só sentiram o laço se formar após a transformação da jovem.

EMILLY | 𝓒𝓪𝓲𝓾𝓼 𝓥𝓸𝓵𝓽𝓾𝓻𝓲                 ⁽ᶜᵒᶰᶜˡᵘᶤ́ᵈᵃ⁾Where stories live. Discover now