❦ 𝕮𝖆𝖕𝖎́𝖙𝖚𝖑𝖔 𝟏𝟐

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Volterra, Itália

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Volterra, Itália

     EU VOU MATÁ-LO.

     Aquele era o único pensamento de Caius no momento, sentado na mesa mais escondida dentro daquele café minúsculo.

     Demetriprecisava fazer uma coisa. E ele conseguiu falhar em algo tão simples.

     Olhando para a xícara de café intocada, ele suspirou impaciente, fechando as mãos em punhos ao ouvir o som da sineta acima da porta pouco antes da mistura dos cheiros familiares de Demetri e da humana preencherem o local.

     Os passos apressados da mulher logo chegaram até si, mas ele permaneceu olhando para a xícara na mesa.

— Sinto muito, mestre. — Demetri murmurou — Ela descobriu de uma forma...

— Através de sua incompetência, eu diria. — Caius interrompeu, o encarando com um olhar sombrio — Saia.

     O mais novo inclinou o corpo discretamente e olhou de soslaio para Emilly antes de se retirar, mantendo a cabeça baixa enquanto desaparecia entre as pessoas do lado de fora.

     Ela se sentou na cadeira em frente a Caius, o encarando sem qualquer vergonha ou timidez. No entanto, não havia nenhum sorriso brotando em seu rosto, ou um brilho atrevido nos olhos.

     Naquele momento, Caius desejou poder ler mentes. Não fazia ideia do que poderia estar se passando pela mente daquela mulher, outrora sorridente, mas agora se parecendo mais com uma versão feminina sua. Uma versão ruiva. Que diabos esses humanos tem na cabeça para usar componentes químicos prejudiciais a longo prazo em seus corpos?

— É muito cínico... — ela murmurou, negando com a cabeça — Agindo naturalmente como se não soubesse de nada.

— Tudo o que sei é que terei o imenso prazer em matar alguém. — ele respondeu seriamente, não vacilando em momento algum.

— Talvez isso ajude a refrescar sua memória milenar.

     Com um sorriso forçado, Emilly pegou a foto de sua bolsa de mão e a jogou na mesa, arqueando uma sobrancelha. Ela se recostou na cadeira e cruzou os braços, esperando uma resposta.

     Caius olhou para a foto, arregalando levemente os próprios olhos. Como suspeitava, a humana pensou.

— Não esperava por isso. — ele respondeu enfim.

— Você conheceu...

— Os outros não precisam saber do conteúdo dessa conversa. — Caius alertou — Abaixe o tom de voz.

     Emilly bufou, batendo as mãos fechadas em punho na mesa, fazendo o pires da xícara tremer e um baixo tilintar ser ouvido.

— Não sei como, mas você conheceu minha bisa-avó Lucynda Leroy. — falou, quase em sussurro, se inclinando para frente — E algo me diz que o motivo de seu interesse por mim é unicamente isso.

EMILLY | 𝓒𝓪𝓲𝓾𝓼 𝓥𝓸𝓵𝓽𝓾𝓻𝓲                 ⁽ᶜᵒᶰᶜˡᵘᶤ́ᵈᵃ⁾Where stories live. Discover now