❦ 𝕮𝖆𝖕𝖎́𝖙𝖚𝖑𝖔 𝟓

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Volterra, Itália

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Volterra, Itália

— ONDE ELE ESTÁ?

     Ninguém soube responder a pergunta de Aro, que apenas suspirou impaciente.

— Ele logo aparecerá. — Marcus murmurou entediado.

     Aro se virou para encarar o mais novo, que mantinha uma pose relaxada e despreocupada a, pelo menos, mil e duzentos anos consecutivos.

— Irmão, Heidi chegará logo. — disse — E acho que você se lembra o que aconteceu da última vez que Caius não se alimentou.

     Marcus sufocou uma risada fraca em um suspiro.

— Ele matou uma pessoa na Inglaterra. — respondeu, sem qualquer humor na voz — E outra na Espanha.

— Ele fica quase incontrolável! — Aro exclamou — Se ele não aparecer imediatamente, então eu...

— Você o que, Aro?

     O líder se virou, encarando a expressão de desdém no rosto de Caius, que se sentara em seu trono, com um olhar fulminante.

— Onde estava? — questionou.

— Não interessa onde eu estava. — o loiro rodou os olhos — Continue. Você o que?

     Aro suspirou forte, apertando a ponte do nariz com os dedos polegar e indicador direitos e fechando os olhos por um instante.

     Sim, ele sabia que precisaria lidar com a pirraça de Caius quando decidiu juntá-lo ao seu grupo. E mesmo depois de tantos séculos, ainda não conseguira se acostumar completamente com tantas características irritantes juntas. Caius era o mais ambicioso e vingativo que ele já vira — isso o agradava — mas também sabia agir como uma criança mimada quando queria.

     Respirando fundo, Aro colocou um sorriso forçado no rosto e se virou para o mais velho.

— Irmão... — chamou passificamente — Da próxima vez que quiser dar um passeio, avise-nos, ou pelo menos o faça em qualquer outro dia que não seja o da vinda de Heidi.

     Caius deu de ombros, virando o rosto para o lado. Aro rosnou por um momento antes de se recompor e se virar para as portas duplas, que logo seriam abertas. O cheiro dos diversos estrangeiros já era perceptível.

— Estava com a moça que viu ontem, irmão? — Marcus sussurrou entediado, mas ainda garantindo que Aro não ouvisse.

— Por que quer saber? — Caius ergueu a sobrancelha.

— Por nada. — o mais novo forçou um sorriso de canto; o primeiro em séculos — Mas chega um momento na vida de qualquer pessoa, imortal ou não, que tudo é tão entediante que qualquer distração é melhor do que nada.

EMILLY | 𝓒𝓪𝓲𝓾𝓼 𝓥𝓸𝓵𝓽𝓾𝓻𝓲                 ⁽ᶜᵒᶰᶜˡᵘᶤ́ᵈᵃ⁾Where stories live. Discover now