❦ 𝕮𝖆𝖕𝖎́𝖙𝖚𝖑𝖔 𝟏𝟑

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Volterra, ItáliaSetembro de 2016

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Volterra, Itália
Setembro de 2016

     CONFORME OS DIAS se passavam e o clima esfriava lentamente, Emilly se tornava cada vez mais próxima do sobrenatural — literalmente.

     A "casa inteira" que Caius falara quando ela ainda estava em Giverny ficava perto da praça central — e do Palazzo dei Priori — de Volterra, o que, no começo, a fez temer a noite. Perguntas como "e se um deles me atacar?" ecoaram em sua mente, mas felizmente tais pensamentos se distanciaram até que sumissem por completo.

     Ver Heidi novamente também lhe foi uma bênção. A vampira a princípio se desculpou por esconder sua verdadeira natureza, mas garantiu que jamais chegara a ver Florence, e que fora sincera quando falara que, pelo o que Emilly contara, a falecida realmente a lembrou de sua mãe — a que lhe acompanhou no começo de sua vida como ser da noite.

     A menção da avó não passou despercebida pela Richards, que sentiu seu ânimo murchar fracamente e seu sorriso tornar-se forçado. Ainda não se acostumara com a realidade de estar sozinha, mas pelo menos ela não chorava mais e estava longe do lugar repleto das lembranças.

— A senhorita também ficou muito bem com essa cor. — Heidi comentou, passando a mão pelo cabelo da mais nova — Combina com seus olhos escuros.

     Desde aquele dia, pouco mais de uma semana atrás, a venda da casa de sua avó também teve andamento. Finalmente encontrara um corretor que, por sua vez, foi honesto quanto ao preço de venda da casa. Ela havia sido valorizada em algumas centenas de euros graças as reformas feitas, como o conceito aberto e a cozinha quase nova e neutra. No entanto, o quarto principal — o de Florence — ainda era original, o que não era impressionante, mas não chegaria a afetar a venda do imóvel.

     Aquela notícia fez um peso sair das costas de Emilly, que precisaria apenas esperar pela ligação do corretor dizendo "temos uma oferta" para que se visse liberta de tantas memórias nostálgicas e, em certo ponto, doloridas. Alguns dos móveis já haviam sido vendidos, e a penteadeira estava intacta no mesmo lugar — em um futuro próximo ficaria com ela.

     As coisas finalmente estavam se encaminhando, uma notícia que fazia o vazio no peito de Emilly diminuir pouco a pouco. Alguns dias porém, eram mais difíceis, principalmente quando anoitecia e ela ligava para o número da avó, só então se lembrando que não haveria mais ligações para contar as novidades, ou para quem mostrar as fotos que tirasse com a polaroid.

     Felizmente ela dificilmente ficava totalmente sozinha. Quando Heidi estava em serviço — que ela logo soube ser "levar a refeição" aos "mestres", Demetri se arriscava em ir. Na primeira vez, Emilly murmurou um pedido de desculpas por ter quebrado o celular dele. 

— Não tem problemas. — ele respondera, dando de ombros — Consegui um celular novo, então sem ressentimentos.

     Eu não perdoaria, ela pensou, reconhecendo que havia sido um pouco bruta.

EMILLY | 𝓒𝓪𝓲𝓾𝓼 𝓥𝓸𝓵𝓽𝓾𝓻𝓲                 ⁽ᶜᵒᶰᶜˡᵘᶤ́ᵈᵃ⁾Opowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz