❦ 𝕮𝖆𝖕𝖎́𝖙𝖚𝖑𝖔 𝟏𝟎

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Giverny, FrançaDois Dias Depois

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Giverny, França
Dois Dias Depois...

VOCÊ NÃO PODE ir.

     Heidi suspirou ao ver a decepção e frustração no rosto de Emilly.

— Sinto muito, senhorita, não posso me afastar do meu trabalho por muito tempo. — explicou — Mas o mestre mandou outra pessoa para ficar com você.

— Não quero outra pessoa. — a mais nova resmungou, cruzando os braços — Você me entende. Entende minha dor.

— E eu fico feliz que tenha sido de grande ajuda para a senhorita. — Heidi sorriu, segurando suas mãos nas dela — Mas eu preciso voltar ao meu trabalho.

— E quem vai ficar comigo enquanto isso? — Emilly perguntou, fazendo careta.

— Agora é a senhorita que está agindo como uma criança mimada. — a mais velha observou, sorrindo.

     Emilly abriu a boca, mas a fechou em seguida, bufando ao perceber que Heidi estava certa. Droga, pensou. Talvez ela estivesse agindo como uma criança mimada, mas em tantos anos nunca encontrara alguém que a ouvisse e compreendesse tanto quanto sua avó.

     Heidi era uma verdadeiro achado para ela, e apenas a suposição de ficar sozinha naquela casa, se preocupando com várias coisas ao mesmo tempo — arrumar corretor imobiliário principalmente — a deixava assustada. Eram muitas memórias nostálgicas, muita solidão e muito silêncio.

     Heidi era simpática, e apesar de não fazerem nada juntas, sua companhia era o suficiente para que se sentisse um pouco melhor.

— Prometo que ele é uma boa pessoa. — murmurou.

Ele? — Emilly questionou — Não quero ficar sozinha com um homem que sequer conheço!

— Emilly! — Heidi exclamou, franzindo a testa — Demetri é uma boa pessoa. Ele pode ser um pouco extrovertido e... brincalhão, mas é uma boa pessoa.

— Mas...

— E o mais importante, o mestre confia nele.

     A Richards se calou ao ouvir a última parte. Não sabia por que, mas, nos últimos dias, quando Heidi dizia que Caius — ou mestre como ela gostava de dizer — confiava, ou dizia tal coisa, Emilly acabava cedendo.

     Não tinha uma explicação, talvez seu subconsciente a alertasse de que contrariá-lo poderia não ser uma boa decisão, ou ela apenas estivesse fragilizada de mais para se opor.

     Ela suspirou, cedendo totalmente.

— Está bem... — murmurou — Mas eu quero falar com ele.

— Demetri ou o mestre?

— Caius. — Emilly respondeu firmemente, retomando a postura de antes — Liga para ele ou qualquer coisa do tipo.

EMILLY | 𝓒𝓪𝓲𝓾𝓼 𝓥𝓸𝓵𝓽𝓾𝓻𝓲                 ⁽ᶜᵒᶰᶜˡᵘᶤ́ᵈᵃ⁾Where stories live. Discover now