EMILLY | 𝓒𝓪𝓲𝓾𝓼 𝓥𝓸𝓵𝓽𝓾𝓻𝓲 ⁽ᶜᵒᶰᶜˡᵘᶤ́ᵈᵃ⁾

❦𝕬 𝕮𝖆𝖗𝖙𝖆 𝖉𝖊 𝕷𝖚𝖈𝖞

     Após isso, papai o convidou, a mando de mamãe, para jantar conosco na noite seguinte. Na outra semana, recebi o mesmo convite de sua tia. Convites e mais convites foram trocados entre as duas famílias até que, dois meses depois, houve a confirmação de que haveria um casório.

     Logo tive seus irmãos. Arthur e Lucian não me deram complicações durante as gravidezes, mas Richard —  ah, meu pequeno Richard — me fizera recusar grande parte das refeições por quase todos os nove meses. Graças ao bom Deus todos os meus filhos são saudáveis e exemplares.

     Não me prolongarei mais. Há apenas mais uma pessoa de quem gostaria de falar. Dois dias antes do baile em que conheci seu pai, enquanto eu traçava meu caminho até a costureira que fizera meu vestido, dei-me de cara com um homem enterrando algo na neve. Não me pergunte o que era, pois não fiz questão de fazer tal pergunta para o desconhecido.

     A conversa fora curta, principalmente por parte dele, que apenas se apresentou como Lorde Caius. Sua expressão irritada não me intimidou, mas soube que não deveria provocá-lo. O vi uma única vez, mas fora suficiente para notar a frieza em seu olhar e seu coração. Até o dia de hoje rezo para que o lorde encontre alguém que possa aquecer um coração tão frio e distante quanto uma montanha gelada.

     Por que citei um homem que vi apenas uma vez? Não sei explicar. Apenas senti a necessidade de falar sobre tal com alguém. Posso nunca mais vê-lo, mas ele continuará em minhas orações.

     Peço que me desculpe por tamanha carta, mas me despeço aqui. Se a leu, guarde-a com carinho.

     De sua querida mãe,

     Lucynda.