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Extra - Gustavo narrando •

— Bem, qualquer notícia eu te aviso. Você tem certeza que não vai precisar de mais nada?

Rodrigo falou, enquanto estacionava o carro na porta do condomínio.

— Não, muito obrigada, irmão, tamo junto. Até depois, Paloma.

Me despedi, breve e fui saindo do carro. Eu tinha pressa.

Assim que saí, fechei a porta do carro e dei alguns passos em direção ao portão.

— Gustavo?

Ouvi Rodrigo me chamar novamente, dando uma leve buzinada.

Oi?

Virei-me, ô encarando.

— Nós vamos acha-la. Estamos com você, fica firme!

Rodrigo sabia que eu não estava bem e já me conhecia o suficiente para saber todas as coisas que, a essa hora, já se passavam na minha cabeça. Assenti e adentrei no prédio.

O apoio deles, nesse momento, obviamente era importante, mas eu não podia mais entrar em casa, sentir o cheiro da minha mulher e esperar com a bunda sentada na cadeira que alguém fizesse algo para traze-la de volta.

Fiz um café e tomei um banho. Em seguida, abri o Notebook e fui revisando o contrato que tinha feito com Leon.

Eu tinha sido muito inocente em pensar que uma conversa de rua seria resolvida civilizadamente. Meu olho foi pesando, o cansaço estava tentando me vencer. Tomei mais algumas goladas de café e anotei algumas pesquisas que fiz e seriam necessárias.

Depois de recolher tudo que eu precisava, juntei algumas peças de roupa dentro de uma pequena mala e subi em uma escada, abrindo um pequeno sótão que havia no quarto, peguei uma caixa e joguei em cima da cama.

Ali estava o antigo eu, de novo, a minha frente, todos os documentos da minha prisão, da boate, dos roubos, estelionato, mortes, dívidas passadas, absolutamente tudo. Tinham, juntamente fotos do meu pai e minhas duas antigas armas com meu nome.

Era estranho pensar em como me senti vivo assim que toquei nas minhas armas, mesmo que, aquilo parecesse estranho ao novo eu.

Coloquei a caixa ao lado da mala e me sentei na cama, a última vez que ouvi a voz de Gabriela veio a minha cabeça, juntamente com o pequeno filme que me passou.

                                      •

— Amor, você não sabe o quanto. Eu coloquei todo meu café para fora hoje mais cedo.

— Oi? Passou mal?

— Sim, longa história. Um cara estranho meio que parou atrás do meu carro no estacionamento, a editora estava sem luz, aí levei muitos sustos quando cheguei aqui, sensação estranha de estar sendo seguida, não sei explicar direito, também achei depois que foi coisa da minha cabeça mas nisso tudo, acho que minha pressão baixou com tantos acontecimentos.

— Um cara parou atrás do seu carro e te seguiu? Você passou mal? Por que você não me ligou, Gabriela?

— Tá tudo bem, amor. Foram só imprevistos.

Alguns minutos depois, eu já estava sentado na sala, com telefone em mãos.

• Início da chamada •

— Quem fala?

— Russo?

— Gustavo?

— Sou eu, mano. Você tá em Barbados?

— Que isso! Que saudade, meu mano. Mesmo lugar!

— Leste?

— Leste!

— Eu vou precisar da sua ajuda, mano..

— Qual foi?

— Chego aí amanhã, precisamos conversar.

— Claro, irmão... só vir! Leste sempre!

— Leste sempre!

Desliguei, pegando minhas coisas e saindo de casa.

[....]

Estacionei meu carro em uma esquina, antes da rua da editora. Peguei um boné e coloquei na cabeça, peguei minha arma e posicionei na cintura, em seguida, saí do carro, em direção ao estacionamento.

— Bom dia!

O atendente do estacionamento cumprimentou, me encarando.

— Eu quero as filmagens do dia quatorze, de todas as câmeras de segurança do estacionamento.

Pedi, impaciente.

— Senhor, infelizmente eu preciso acionar um pedido para o meu patrão e...

— Eu acho que você não entendeu, eu quero as filmagens da câmera do dia quatorze, agora!

Falei, tirando a arma da cintura e apontando para ele. Na mesma hora, ele assentiu com a cabeça e foi providenciando, mexendo no computador.

La puta llTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang