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A apresentação de Miguel acabou e todos nós fomos para a cantina. Assim que liberado pela professora, Miguel correu em nossa direção. Quando chegou perto, abri os braços e ele pulou em meu colo.

Ergui seu corpo e comecei a distribuir beijos por seu rosto.

— É o coelhinho da páscoa mais lindo que já vi. Totoso da dinda!

— E da mamãe também!

Paloma brincou, enciumada. Gargalhamos e Miguel apertou meu pescoço.

— Fiquei feliz que você e o didi vieram.

Ele sussurrou, com aquela voz fininha, se embolando nas palavras, em seguida, encarou Gustavo.

Miguel ergueu os braços, chamando Gustavo, que caminhou em nossa direção. Já por perto, ele puxou o pescoço de Gustavo, fazendo nossos corpos se colarem, com ele no meio.

Nossos rostos ficaram muito próximo um do outro e acabamos nos encarando. Miguel beijou nossos rostos.

— O dindi tá orgulhoso de você.

Gustavo sussurrou, sem parar de me encarar e beijou o rosto de Miguel.

— Obrigada, didi. Inclusive, eu quero um ovo do Dragon Ball!

Nossos olhos estavam congelados um no outro. Minha respiração começou a ficar ofegante. Aquilo havia me desconcertado um pouco. A tensão sexual que se formou ali era devastadora. Minhas pernas bambearam, enquanto eu tentava repetir na minha cabeça:

Foco no Miguel! Foco no Miguel!

— Para de perturbar os seus dindos.

Paloma interrompeu, pegando Miguel do meu colo, após alguns segundos em que ficamos congelados. Gustavo se afastou e desviou o olhar, ajeitando sua camiseta, desconfortavelmente.

Pisquei duas vezes, me virando e secando o suor da minha testa com as mãos.

— Vou comprar um ovo imenso para esse coelhão da páscoa!

Tentei disfarçar, falando animada.

— Yeeeh! Melhor dinda do mundo!

Ele gritou, colocando os braços pra cima e pulando. Coloquei também, imitando e sorrindo.

— Yeeeeh! Melhor afilhado do mundo!

— Eu não sei quem ensina esse menino a ser tão interesseiro. Criança! Eu não te ensinei isso.

Paloma brincou, bagunçando o cabelo dele. Gargalhamos.

— E digo mais, mamãe, estou com fome.

Miguel reclamou, levantando o dedo indicador. Ele era tão espontaneamente engraçado, eu me divertia com suas artes-manhãs.

— Também, filho. Estou azul! Vamos comer, amiga? Gustavo? Por Deus!

Perguntou ela, brincando.

— Vão indo, preciso ir ao banheiro antes.

Falei, precisava jogar uma água no meu corpo. Toda aquela tensão havia me consumido demais.

— Tá bom. Estamos na cantina.

Assenti para ela e fui indo na direção do banheiro.

Assim que entrei, me direcionei a pia. O banheiro estava vazio e eu agradeci por isso. Não queria parecer uma louca se jogando água na frente de outras mães.

Abri a torneira devagar, lavei as mãos e me encarei no espelho. Joguei um pouco de água entre o meu pescoço e fui descendo, até o meu decote. Fechei os olhos e lembrei-me dos olhos de Gustavo próximos ao meu. Eu ô odiava tanto por ser ainda mais gostoso quando estava bravo.

Minhas memórias sexuais se afloraram, a boca de Gustavo sempre passava pelo meu pescoço quando fodiamos. Aquela maldita boca vermelha, grande e gostosa.

Calor!

Ouvi a porta do banheiro bater com força e abri meus olhos, levantando um susto.

Pude ver aquela silhueta tão conhecida por mim, pelo espelho. Gustavo estava parado, me encarando, recostado na porta.

— O que você quer?

Perguntei, encarando seus olhos. Ele trancou o fecho do banheiro principal, me encarando de volta. Seus olhos queimavam e eu conhecia bem aquela postura de quem estava pegando fogo.

— Você!

Gustavo falou, vindo em minha direção igual um touro e me virando pela cintura. Sorri, maliciosa. Em seguida, ele segurou meu pescoço e apertou ali, me enforcando. Gustavo prensou minha cintura na pia e aplicou um beijão na minha boca, quente. Queimamos juntos.

La puta llOnde as histórias ganham vida. Descobre agora