— Você precisa parar... estamos na escola... do Miguel.
Falei, entre o beijo e ofegante, enquanto arranhava sua nuca. Gustavo levantou meu vestido até a cintura e me colocou em cima da pia, deslizando as mãos até a minha coxa.
— Você quer que eu pare?
Perguntou, parando o beijo e me encarando. Neguei com a cabeça, involuntária. Em seguida, ele foi colocando a ponta dos dedos em minhas bordas e massageou ali. Me contorci um pouco, inquieta.
— Isso, continua.
Sussurrei, ele sorriu. Gustavo massageou meu clitóris, bem devagar, enquanto eu soltava leves gemidos, apertando seus ombros.
— Tem alguém aí? Dona Léia! O banheiro feminino está trancado, cadê a chave-mestre daqui?
Uma voz escoou de fora da porta, dando murros que soaram bem altos. Levamos um susto e Gustavo tirou as mãos de mim. Engoli em seco e dei um pulo de cima da pia, abaixando o vestido.
— Meu Deus, e agora?
Perguntei, eufórica. A adrenalina e vergonha gritavam toda vez que alguém berrava de fora do banheiro.
— Xiu... Fala baixo e se ajeita.
Gustavo falou, sussurrando e caminhando até um dos gabinetes.
— Tem alguém aí? Será que alguma criança se trancou? Rápido!
A voz falou novamente, apreensiva.
— Vou ficar aqui, abre a porta e distrai quem tiver lá fora pra longe da porta.
— Merda... Tá.
Respondi, assentindo com a cabeça. Peguei minha bolsa e dei uma checada no espelho para ver se estava tudo certo comigo. Por fim, fui até a porta e abri, devagar. Me deparei com duas mulheres, uma que aparentava ser uma senhora e a outra, uma mulher, com um pouco mais da minha idade. A senhora, estava com um chaveiro na mão, pronta para colocar uma das chaves na porta. Meu rosto queimou assim que elas me encararam, confusas.
— Menina, que susto! Achei que uma criança havia se trancado no banheiro.
A senhora gritou, levando as mãos ao coração. Sorri amarelo para ela.
— Me confundi com o trinco. Achei que precisava fechar todos.
Que mentirosa horrível eu era.
— Ainda bem que não foi nenhuma criança que se trancou. Meu Deus, preciso fazer xixi.
A outra mulher disse, sem paciência e foi me atravessando. Dei espaço para que ela passasse e meu coração disparou.
Aí senhor, ela vai ver!!!!
Corri para dentro do banheiro e ela havia entrado no gabinete ao lado do que Gustavo estava.
— Veio ver seu filho?
A senhora insistiu na conversa, me tirando a concentração.
— Meu afilhado.
Falei, sem tirar os olhos do gabinete.
— Ah! Muito legal, ele é de qual turma?
Ela continuou. Acabei desviando meu olhar para ela, precisava disfarçar mais meu nervosismo.
— Eu não sei ao certo. Mas, foi lindo a apresentação, a escola tá impecável.
Comentei, sorrindo forçadamente.
— É porque você não sabe a trabalheira que dá tudo isso!
A mulher falou, abrindo o gabinete bruscamente. O som da porta escoou por todo o banheiro. Me assustei e desviei meu olhar para ela.
— Ainda tem a limpeza no final, Deus nos ajude.
A outra senhora complementou e as duas fizeram uma careta. Engoli em seco, olhando rapidamente para o gabinete de Gustavo e a mulher veio até nós, lavando as mãos.
— Vocês poderiam me mostrar onde é a cantina? Essa escola é tão grande, acho que não me recordo como vim de lá.
Pedi, mentindo e apressando a saída delas dali.
— É assim mesmo. Na minha primeira vez aqui, me perdi, acostumar foi um custo. Vem com a gente.
A mulher respondeu, me chamando, enquanto elas iam na frente. Suspirei aliviada ao passar pela porta do banheiro, saindo.
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La puta ll
RomanceO segundo suspiro entre nós dois parecia o último. O que era real? O que era nós dois?