EMILLY | CAIUS VOLTURI
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𝓔𝓶𝓲𝓵𝓵𝔂 𝓡𝓲𝓬𝓱𝓪𝓻𝓭𝓼 tinha três paixões em sua vida. A primeira era viajar independente do destino; a segunda, trocar de visual; e a terceira, tirar fotos com sua polaroid.
Em seu vigési...
— Nunca demonstrei qualquer interesse por uma humana. — o vampiro negou.
— Se não tivesse demonstrado, teria me deixado no Palazzo, ou me matado. — ela rebateu, sorrindo doce, mas falsamente, para ele ao inclinar a cabeça para o lado, desmanchando o sorriso em seguida — Agora se explique.
— Não lhe devo nada. — ele virou a cabeça para o lado.
— Pela bisa Lucy, que descanse em paz, você vaime dar uma explicação. — Emilly insistiu — Eu não vou ser jogada no escuro por um simples capricho seu.
Caius suspirou frustrado.
— Mulher teimosa.
A Richards puxou a cadeira para mais perto da mesa, atenta para as próximas palavras que seriam ditas.
— Conheci Lucynda no final do século dezenove. — ele começou — Depois disso a vi apenas duas vezes.
— Só isso? — Emilly perguntou — Quantos anos ela tinha na primeira vez?
— Não sei. — Caius respondeu, pouco satisfeito com a situação — Mas levando em consideração os padrões de vida da época, diria que deveria ter entre quinze e dezessete anos.
— Demetri e Heidi a viram?
— Apenas Demetri, uma única vez.
— E ela era bonita?
— Levando em consideração o padrão de beleza da época, podia ser mais pálida.
Emilly rodou os olhos, suspirando pesadamente, insatisfeita. Ela não queria respostas vagas, mas aquilo parecia ser tudo o que Caius estava disposto a dar.
A não ser que ela mudasse de tópico rapidamente. Aquilo sempre deixava as pessoas despreparadas e desconcertadas, fazendo suas respostas serem mais elaboradas.
— E... por que você quis que eu voltasse para cá? — perguntou, menos inquisitiva e mais branda.
Como esperado por ela, Caius ficou sem palavras, mesmo que por pouco tempo. É claro que não duraria muito, pensou. Vampiros devem ter raciocínios rápidos.
No entanto, a resposta recebida lhe surpreendeu ainda mais do que sua pergunta fizera com ele.
— Eu particularmente não sei. — admitiu, suspirando frustrado — Faz séculos desde que me importei com alguém, e não fora com Lucynda.
— Então teve outra pessoa? — Emilly perguntou, sentindo-se repentinamente incômoda.
— Creio que já acabaram as perguntas.
Caius deixou uma nota de alguns euros em cima da mesa, se levantou e se retirou, evitando a pergunta feita. A moça, no entanto, o seguiu para fora do café. Erguendo a cabeça, só então ela notou o clima quente da cidade — estava muito focada em interrogar o vampiro anteriormente para fazê-lo.
Já estavam nos primeiros dias de setembro, a porta de entrada para o outono, mas o clima quente e fresco do verão ainda permaneceria, mudando gradativamente ao longo dos próximos dias.
O sol estava brilhando intensamente, e, por um momento, Emilly se arrependeu de não ter pego sua câmera polaroid para tirar fotos da paisagem sob o astro rei. Claro, entre todos, Caius estava se destacando com suas roupas pretas o cobrindo quase totalmente. Coisa de vampiro, pensou, se lembrando da conversa que tivera com Demetri.
Ele lhe explicara algumas coisas sobre sua raça, entre elas as opções de alimentação e as leis básicas que os vampiros deveriam seguir, além de desmentir um ou outro mito.
— Espera! — Emilly exclamou, o alcançando facilmente — Só mais uma pergunta.
Ele parou e a encarou, o rosto coberto pelo capuz que ele puxara para cima ao sair do estabelecimento. Mas a sombra do tecido não era suficiente para cobrir suas pupilas vermelhas muito densas.
— Fale.
— Você disse que nunca demonstrou interesse por uma humana. — Emilly começou, ouvindo uma voz dentro de si a alertando para não continuar. Ela ignorou — Mas... se não tivesse conhecido minha bisa-avó, então não teria me ajudado a sair do Palazzonaquela vez?
— O que? — Caius franziu a testa.
— Você me olha e vê a bisa Lucy. — ela continuou, olhando para os lados por um momento — Então teria sido melhor para você que nunca tivesse me visto, porque não precisaria me ajudar e nada disso teria...
— Conhecer Lucy foi um descuido meu. — o loiro admitiu, a interrompendo.
Mas, ele pensou, conhecerEmilly talvez fosse obra dos deuses. No entanto, ele reprimiu tal pensamento, preferindo explicar o que começou.
— Eu estava caçando. — disse — Tanto foco em enterrar um corpo me fez ficar descuidado com o que acontecia ao meu redor. Quando voltei a mim, ela já estava me importunando.
A Richards arregalou levemente os olhos. Não deveria estar surpresa, uma voz ecoou em sua mente. Ele é um vampiro, se alimenta de sangue humano. Demetri lhe disse que todos com olhos vermelhos seguem essa alimentação.
— Você é um assassino de sangue frio. — murmurou baixo.
— Um assassino de veneno frio amante da guerra. — ele corrigiu, sorrindo sombriamente debaixo do capuz — Não deveria ter se colocado no meu caminho.
Um arrepio frio passou pela espinha de Emilly, mas ela também o ignorou. Apesar daquela postura intimidadora, ela sabia que existia alguém fortemente mimado, como já imaginava antes. Ele estava acostumado a intimidar outros como Heidi e Demetri, mas não faria aquilo com ela.
— Bom, agora que eu me coloquei no seu caminho — ela começou, se aproximando dois passos — você vai ser obrigado a me aturar. E sabe por que?
— Por que? — ele arqueou uma sobrancelha.
Emilly sorriu docemente.
— Porque você é uma pessoa intrigante. — disse, cruzando os braços e repetindo seu gesto — E eu gosto de pessoas intrigantes.
— Precisará ter paciência. — ele alertou.
— Não me importo. — a ruiva pintada deu de ombros — Também gosto de desafios.
E naquele momento, Emilly sabia, sua vida poderia ter dois finais, mas em qualquer deles haveria derramamento de sangue dela, ou de outra pessoa.
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Ok, ninguém morreu. Tudo bem por enquanto 👀
E como prometido, aqui está o capítulo 12 ^^ O que acharam? Alguém pegou a referência a Instrumentos Mortais? ^^
Espero que tenham gostado do capitulo de hoje e até terça feira que vem ^^