CAP 52

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Kiara Carrera

Me levanto do meu carpete com dificuldade, meu corpo está meio mole, começo a dar passos lentos até a minha cama quando que escuto um barulho de algo caindo, de uma altura média pelo impacto que escuto. Me apresso a chegar na sacada e encontro Jj caido no chão, ele tentou subir a minha sacada?

Esse garoto é louco?

Olho de relance para ver se ele está bem e o vejo tossir, tossir sangue. Meu coração dispara, corro para as escadas descendo imediatamente, dou a volta na casa encontrando ele caído com dificuldade de respirar.

- J, Jj fala comigo. - Lhe viro pois ele se contorce de dor.

- Não se mexe, pode fraturar algo. Digo segurando seu pescoço.

- Isso dói pra caralho!

- O que você foi fazer? - Pergunto segurando sua cabeça firme com as mãos trêmulas.

- Eu precisava falar com você. - Ele responde entre tossidas e em uma delas cospe sangue, meu Deus do céu o que esse menino foi fazer.

- Eu vou ligar para a ambulância. - Digo ao por as mãos em minha coxa mas esqueci que estou de vestido.

Vasculho seus bolsos em busca de seu celular, ao desbloquear a tela por saber sua senha um chat de conversa está aberto, ele estava mandando mensagens para mim. Saio do chat e ligo para a ambulância, sou atendida rapidamente, ainda bem.

- Alô, uma pessoa caiu de uma sacada do segundo andar, por favor venham para cá rápido. - Peço com a voz embargada.

- Iremos mandar uma ambulância para o local mas você precisa me dizer se ele está acordado ok? - A voz calma do outro lado da linha pergunta.

- Ele está. - Repondo rapidamente.

- Ok, como foi uma queda de uma altura razoável você precisa deixar ele imobilizado, ponha o celular no viva voz e tente deita-lo deixando o tronco alinhado com o corpo, priorize deixar o pescoço o mais imóvel possível a ambulância já está a caminho.

Em poucos minutos ouço as sirenes se aproximando, nem precisei falar meu endereço pois eles tem um ótimo sistema de rastreamento que utilizam em situações assim, os paramédicos agem de pressa pondo Jj em uma maca e o colocando na ambulância.

- Kie, por favor vem comigo. - ele pede ao prenderem a maca.

Caminho com ele até a ambulância, obvio que não deixaria ele sozinho. Não sei o que pode acontecer, uma simples queda pode causar uma fratura grave e talvez permanente, e não sei se eu iria conseguir me perdoar.

- Porque você fez isso Jj?

Pergunto enquanto vejo os paramédicos darem o que deduzo ser analgésico na veia para dor.

- Eu precisava falar com você, me explicar. - Ele tosse e cospe sangue. - Ai! - Ele choraminga de dor soltando a posição normal.

- Por favor senhor não se mova. - O paramédico pede e Jj tenta se manter parado sobre a maca.

- Kie.

Ele me chama pois segurava firme sua mão de olhos fechados.

- Eu nunca te trairia. - Ele diz assim que direciono meu olhar para ele.

- Desculpa. - Peço ao fechar bruscamente os olhos em arrependimento.

Eu não deixei ele se explicar, tirei minhas próprias conclusões da situação, não deixei ele dizer o seu lado e agora estamos aqui, em um momento péssimo, não sei o que pode acontecer com ele, Jj está literalmente cuspindo sangue e ele só queria falar comigo, me sinto péssima por não ter escutado ele antes.

Problem - JiaraOnde histórias criam vida. Descubra agora