Capítulo 12 - Uma tarde na praia.

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Desculpem a demora de postar essa história essa semana, mas estava me sentindo um pouco desmotivada. Espero que gostem do capítulo, e me deixem seus comentários como incentivo. Obrigada por lerem.

O outono ainda estava no começo, por isso algumas tardes costumavam ser bastante quentes. Não a ponto de se derreter de calor, mas ainda assim desagradáveis o bastante para que não fosse possível ficar do lado de fora sem proteção alguma.

Naquela semana, Anne vinha trabalhando bastante no jardim de sua casa, sempre depois da faculdade. Era um exercício de relaxamento, um momento no qual podia se deixar levar pela paz do lugar, e afastar de sua mente qualquer aborrecimento.

Desde o último domingo, quando Gilbert viera almoçar em sua casa, seu humor estava mais azedo do que nunca. Não sabia bem porque se deixava afetar tanto pelas atitudes daquele rapaz, que desde o início se mostrara nada confiável. Ela devia saber que o terceiro beijo que trocaram tivera alguma intenção, e que seu noivo não faria aquilo apenas levado pelo calor do momento.

Gilbert Blythe era ardiloso, como uma cobra prestes a dar o seu bote, e ela quase se deixara convencer dessa vez, mas percebera a tempo qual era o real sentido daquilo antes que fosse tarde demais.

Não gostava da maneira como se sentia com ele nessas situações, pois sua cabeça agia de um jeito e seu corpo de outro. Se não fosse o tipo de garota que não entregava seu afeto fácil a ninguém, até poderia se encantar por aqueles olhos castanhos, e cachinhos adoráveis, além daquela covinha no queixo que realçava sua beleza masculina. Mas felizmente, e para seu próprio bem, sabia como se proteger da falsidade que Gilbert pregava, com suas palavras mentirosas.

Ele dissera que ela era inesquecível. Para quantas garotas, ele falara a mesma coisa? Para quantas garotas, ele lançara aquele olhar de predador? E quantas garotas, ele beijara, prometendo um mundo que nunca lhes daria? Ela quase lavara a boca com sabão, apenas para tirar dela o sabor dos lábios de Gilbert, pois não queria se lembrar de nada que tivesse relação com aquele rapaz traiçoeiro.

Nada a convenceria a ter um filho com ele, mesmo que tivesse que passar os próximos cinco anos de sua vida trancada em um quarto sozinha, bem longe das mãos dele. Gilbert nunca tocaria nela de forma íntima, isso ela poderia garantir, e ele que ousasse passar por cima de sua vontade, que ela lhe daria uma lição que ele nunca mais esqueceria.

Tantos pensamentos controversos a deixaram zangada, por isso, ela atacou as ervas daninhas que surgiram no jardim com tanta fúria que Lindy que acabara de chegar lhe disse:

-Ainda bem que essas plantinhas não são o Gilbert, ou o pobre rapaz sentiria na pele a sua raiva.

-Quem disse que estou com raiva?- Anne perguntou de forma seca, tirando o chapéu da cabeça e enxugando o suor de sua testa com uma toalhinha de algodão.

-Pela maneira como acabou de responder, e sua expressão fechada me mostra sim que está muito zangada. - Lindy afirmou com todas as letras.

-E o que a faz pensar que estou zangada por causa de Gilbert?- ela perguntou, voltando a arrancar as ervas daninhas com mais calma do que antes.

-Porque ultimamente, seu mau humor tem sempre relação com o seu noivo. O que foi que ele fez dessa vez? - Anne bufou, respirou fundo, tornou a bufar antes de responder:

-Gilbert não é confiável. Tudo o que ele faz é para tirar algum proveito para si próprio.

-Então, o almoço foi pior do que você pensava - Lindy perguntou, se abanando por causa do calor.

Love Game- AU- Anne with an eWhere stories live. Discover now